Kemurigakure - Cap. 11 - No Reino dos Macacos

A floresta era bastante densa, composta por plantas dos mais variados tipos e árvores enormes. Sons de pássaros ecoavam de todo lugar e uma brisa agitava as folhas criando um ambiente até certo ponto bem agitado. Se esse lugar fosse uma floresta comum não haveria motivo de preocupação, mas Jorubo sabia que todo cuidado era pouco quando se tratava dos reinos animais.

Jorubo tentava manter a calma e avançava cuidadosamente por entre as grandes raízes, parando sempre que escutava algo estranho. Seu pai o transportou através da invocação reversa para um local próximo a Garutama, a antiga aldeia do povo-macaco.

O clã Kempa tem uma antiga tradição. Todo iniciante a invocador de animais deve passar por uma avaliação dos anciães da vila. De acordo com o comportamento do aprendiz, um determinado reino é escolhido como primeiro desafio para a realização de um pacto de sangue, ou seja, o contrato realizado com uma espécie animal. Jorubo não sabe o porquê, mas o reino dos macacos foi escolhido para ele. Portanto, teria que encontrar a aldeia mais importante do reino e aceitar o desafio imposto pelo pretendente ao pacto.

Não demoraria muito para que encontrasse Garutama. Mas a medida que Jorubo avançava sentia algo estranho, como se estivesse sendo observado o tempo todo. Olhava para todas as direções e não encontrava nada, mas a sensação não passava. Até que resolveu parar e se esconder embaixo de uma grande raiz.

Embora soubesse que não era tão bom em percepção quanto Naomi e o chato do Ukyo, quem quer que estivesse na sua cola estava fazendo questão de ser notado. Provavelmente se mostraria logo. Jorubo sacou uma kunai e aguardou por alguns minutos. De repente viu algo passando por uma moita a uns trinta metros de onde ele estava e resolveu não perder tempo. Sacou uma secunda kunai e partiu correndo na direção do suposto alvo.

Assim que saiu em disparada, uma sombra o encobriu.....

Olhando para cima Jorubo avistou algo saltando em sua direção. Com muito esforço conseguiu esquivar da investida de um macaco de pêlos brancos. Ele quase o atingiu com um golpe do tacape que carregava.

---- Para um garoto grandalhão você até que se move bem --- falou o macaco ---- Danta! Vamos, saia daí, a isca funcionou! --- um outro macaco saiu da moita onde Jorubo tinha visto um movimento anteriormente. Ele também portava uma arma presa às costas, um tacape com ponta espinhosa.

---- Esse é um daqueles malditos shinobi --- falou o outro macaco enquanto se aproximava ---- Na certa estava se dirigindo à Garutama para pegar mais um dos nossos irmãos em seus rituais. Sinto lhe dizer humano, mas essa tradição não mais continuará, pois nós, Os Andarilhos Caçadores, não permitiremos.

Ainda agachado, Jorubo lançou suas kunais na direção dos dois macacos rebeldes. O primeiro deu um salto para trás e conseguiu se esquivar da arma, que cravou-se no chão. O segundo retirou o tacape das costas rapidamente e interceptou a kunai no ar. A arma ficou pregada na madeira do tacape.

---- Essa agressão não ficará impune --- disse o macaco chamado Danta ---- A partir de agora considere-se um prisioneiro dos andarilhos.

MiloSantos
Enviado por MiloSantos em 19/04/2012
Código do texto: T3622671
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