Caminho das máscaras
Castelo grande e habitado.
Muitos aposentos iluminados.
Decorados ao gosto de cada hospede.
Seus habitantes privilegiados.
O castelo sempre em festa.
As vestes dos habitantes por eles próprios confeccionadas.
Habitantes de faces descobertas.
Habitantes que preferem máscaras.
Máscaras do bem que iluminam.
Mascaras do mal que contaminam.
Todas interagindo como bons vizinhos.
Interligadas compartilham.
Cada uma com suas provisões.
Guardadas pelos caminhos onde andaram.
Algumas escrevem para si um crachá.
Em letras garrafais se denominam críticos destrutivos.
A ironia é que ninguém se lembra de ter aberto a porta para nenhum...
Algumas usam um crachá de juiz...
Julgam sem terem sido nomeados em nenhum edital...
Tão difícil identificar os poderosos, bons e maus.
Tem época que toca uma melodia triste nos corações.
Todos a ouvem no castelo, bons e maus. Sem exceções.
São queridos os habitantes reais.
Mascaras transparente, imanam energia luminosa.
Sem egoísmo iluminam a escuridão de tantos.
São assim os que trazem em suas provisões à ética.
Habitam no castelo, perseguidos pela escuridão das máscaras antiéticas.
Mais tem aqueles que enjoam de fugir da escuridão.
Esvaziam seus aposentos e vão iluminar outro castelo.
A fama dessa escuridão é comentada longe...
Não são bons esses comentários não...
Mais alguns habitantes ainda insistem em iluminar
sem distinção.