MORTINHA POR ARRASAR ...
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Fui visitar o Solar dos Mortos…
Arrasei como alma que se quer penada.
Se o vento do Sul voltar à tardinha, em forma de sentinela zelosa, devolver-me-á
O sorriso que se quer triste.
E depois este pranto lento,
De alguém que perdeu o sono e jamais o encontrou,
Derramará gotículas que se querem nuas, porque são salgadas.
E em sintonia depravada,
Em busca de recordações vivas, mas que já não respiram,
Rasgará flores e corações em forma de pensamento
Que se perdeu na paisagem dos dias.
E rodopia e baila e continua.
Porque o sentir morreu de morte lenta.
Não sabia morrer de repente!
E o vento do Sul não veio à tardinha.
Ficou por aí suspenso em parte ingrata.
E o dia que jaz, porque se quer vivo,
Virou as costas e enloqueceu.
Fui visitar o Solar dos mortos.
Acendi mil velas sem calor.
Depois fugi, como alguém que se quer gente
E está despido de si…
Parto sozinha. Não levo saudades…
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