Amor Para sempre

Amor Para sempre

Rodoviária Novo Rio

Viajei de carona em um Caminhão que fazia Transporte de Café, o Motorista parou ali em frente a Rodoviária; atravessei e me sentei ali naquele banco no ponto de ônibus

A movimentação era intensa gente para todos os lados chegando e saindo eu

Fiquei ali por um tempo, Sozinha no meio de tanta gente; Até que

Veio uma senhora escura corpo bem cheinho, e me perguntou :-

O que faz ai menina, você mora por aqui?

Não eu vim do interior.

To vendo; e você tem parente aqui no Rio?

Não eu vou procurar um trabalho em casa de família.

Há aquela garota ali sabe de uma; vem cá Jurema fala do trabalho pra moça ela quer

Jurema falou:- Eu sei de uma Senhora que está precisando, mas é lá no Leblon!

Se quiser, eu te levo lá fica perto do meu trabalho.

Quando Jurema me apresentou, dona Laura falou:- gosto de gente do Norte, por que não tem preguiça, eu já tive uma menina aqui vinda do norte, era muito trabalhadeira.

Comecei a trabalhar naquele dia mesmo; Lá eu tinha o quarto de empregada, eu fiquei Morando no próprio Emprego; Tudo corria normalmente, enquanto pude trabalhar.

Até que meu filho nasceu; Trabalhei até no dia de ir para o hospital; quando tive Alta voltei contando de começar logo a trabalhar, .Dona Laura a patroa me disse:- agora você terá de arrumar outro lugar para ficar aqui não dá Para ficar com criança. ela me dispensou, e eu não sabia o que fazer; peguei meu filho e saí;

Estava sentada no banco da praça pensando no que fazer da minha vida,

Passou Jurema, e perguntou:- O que faz ai Mulher?

A megera te dispensou; quando eu vi que você estava de barriga, eu sabia que ia ser assim, só que eu também não vou poder te ajudar, minha casa é pequena, e meu marido

É muito enjoado.

Logo depois, veio dona Marcelina; perguntou:- menina, o está fazendo aqui com essa criança no Sol?

Eu perdi o Emprego dona Marcelina;

Por causa da criança a patroa não quis mais você eu presumo;

È ela disse que não daria para eu ficar com criança na casa dela. Que eu arranjasse outro lugar.

Vêm comigo.

Assim que chegamos, ela falou para o marido:- a megera do quinhentos e cinco, pois essa pobre mulher na Rua com a criança. Pode isso? Eu trouxe-a para cá agente não tem mesmo ninguém. Só eu queria que fosse a Loja, comprar um Carrinho para o neném.

O Senhor Fernando se explicou:- Posso comprar só não dá para ir hoje. que estou muito atarefado.

Dona Marcelina disse:- tudo bem me dá o dinheiro que eu mesma vou; eu compro o carrinho, Eles trazem aqui. E o Senhor Fernando tirou do bolso o dinheiro, e deu na mão de dona Marcelina.

Enquanto conversávamos, ela perguntou:- e o pai do seu filho, Matilde, é vivo, ou aconteceu alguma coisa com ele?

Não dona Marcelina, não aconteceu, ele é vivo sim.

Eu vou contar: eu estava com sete anos quando meu pai faleceu; Minha mãe foi trabalhar na casa de uma família era um casal que tinha um filho com onze anos; o Nome dele è Marcos Paolo, fomos estudar no mesmo colégio; de forma que agente estava sempre juntos; ele tinha mais tempo de que eu porque quando eu chegava Da Escola, ajudava minha mãe nos afazeres da casa; Dona Rosa que era a dona da casa, era muito Enjoada, mas não se incomodava com nossas brincadeiras; fomos crescendo, e as brincadeiras foram mudando, ficando cada dia mais sérias; passou a ser apertos e beijos por fim saia do quarto dele vinha dormir no meu; e descobrimos que estávamos Seriamente apaixonados um pelo outro; a mãe dele sabia ela já tinha percebido as fugidas dele a noite em direção ao meu quarto.

Quando tinha completado dezessete anos minha mãe faleceu; Aí dona Rosa me chamou.

Matilde eu quero ter uma conversa com você; Estou te avisando que as coisas aqui a partir de hoje vão mudar; se quiser continuar morando nesta casa, você terá de fazer o trabalho que sua mãe fazia; outra coisa, se afastar do Marcos; você sabe que ele só quer se divertir com você e eu tolerei até agora, por tua mãe.

Quando ela falou com Marcos, Ele a enfrentou, e disse:-

Se a Senhora continuar maltratando a Matilde, eu fujo com ela daqui.

Ele me falou, mas Eu sabia que não poderia fazer isso, ele não trabalhava, ainda estava se formando; e se faz uma besteira dessa, ia se atrapalhar e eu não me perdoaria por isso Nem a mãe dele.

Agüentei mais uns dias, e resolvi fugir; dona Rosa queria tanto me humilhar, ela chegou a organizar uma Festa;

Dona Marcelina espantou-se: como assim Matilde, que uma festa organizada pela dona da casa te humilharia?

A festa não dona Marcelina, ela mandou fazer um uniforme de servente, para eu usar durante a festa; Acho que não existe pessoas de tão mal gosto, a não ser na intenção de humilhar; Marcos quando percebeu aquele vexame, ele foi a cozinha, me perguntou.

O que é isso, Minha mãe enlouqueceu? Tira essa roupa agora, com dona Rosa eu me entendo.

Imagina, Se eles descobrem minha gravidez; seria muito pior eu nem imagino o que ela seria capaz. E Marcos enfiaria os pés pelas mãos ia fazer besteira.

Foi ai que eu decidi aproveitei o movimento na casa, arrumei minha mala, joguei pela janela dos fundos, e sai pela porta da cozinha. Foi assim que vim parar no Rio de Janeiro. Grávida e sem dinheiro Meu filho está aí, e o pai dele nem sabe que ele existe. Mas o que eu poderia fazer, coloque-se no meu lugar, e me diz; o que a Senhora faria?

Quando paolinho estava Com dois anos, dona Marcelina e o Senhor Fernando, me chamaram para me dizer:-

Arrumamos uma Creche para levar seu filho; Lá ele passará boa parte do dia. E você terá mais tempo, até mesmo se quiser estudar.

Esse casal, não tinha filhos; faziam tudo para o meu como se fosse deles.

Paulo Sergio foi crescendo, e acostumando com tudo que era bom. Eu tinha vezes ficava preocupada, perdia o sono pensando: caso eu saísse da casa deles, como que eu ia mantê-lo naquele ri timo? Tomei uma decisão:- Seguir o conselho deles: voltei a estudar para conseguir uma renda melhor, caso saísse dali; cheguei a Faculdade, me formei com ajuda deles.

Aos sete anos, paolinho já estava na primeira Série; daí desenvolvia a cada ano, com quatorze, foi para o Colégio Militar. Lá começou a praticar Esportes, aos dezesseis anos ganhou a primeira medalha; e continuou vencendo competições importantes.

O senhor Fernando e Paolo Sergio conversavam muito; ele chegou a dizer:- paolinho, não precisa se preocupar, Com nada enquanto for bem nos estudos, eu quero que seja um vencedor. Estou disposto a bancar tudo que depender;

As vezes eu fico com vergonha, penso até em arrumar um trabalho que eu possa fazer sem prejudicar os meus Estudos; Assim eu ganho pelo menos para comprar as coisas que eu preciso sem estar pedindo minha mãe, ou me aproveitar da sua bondade. O Senhor já faz muito; Eu reconheço.

Nada disso; foi bom falar isso vejo que é uma pessoa que merece; Não pense nisso, pode continuar seus Estudos como está, E quando terminar, você vai direto para a Faculdade pode Começar a pensar no que deseja fazer, porque já não está muito longe; o senhor Fernando continua:- eu fiz uma Caderneta pra esse fim. Haverá dinheiro para cobrir todas as suas despesas de Faculdade. E agora vou fazer uma para você movimentar tirar o que você precisar, não fale mais em trabalhar enquanto estuda e pratica Esportes. Estamos conversados?

Paulinho diz:- Senhor Fernando, como vou recompensar todo esse seu empenho em me ajudar?

Será muito simples Paolinho, tenha sucesso; essa será a maior recompensa que posso Ter. Vou explicar:- Eu não tenho um filho, para quem eu possa fazer isso, e eu tenho condição de fazer;

Veja bem; Se eu não tenho filho, você não tem pai; Sendo assim, vamos juntar nossas forças e fazer de você o filho que eu queria ter.

Paolinho, e Carlinho um amigão dele, os dois receberam um convite para participar de um torneio.

Esse amigo disse:- paolinho eu não vou, por que meu pai está com dificuldade financeira, não pode me dar o dinheiro da despesa, e passagem; Paolinho comentou que perdeu a vontade de ir por que o amigo não ia.

Senhor Fernando perguntou:- por que o Carlinho não vai? Vai sim se o problema é só esse, fala com ele que o dinheiro que você tem dá para o que for necessário para a viagem dos dois.

Por que o senhor faria isso pelo meu amigo? Justamente por isso, seu amigo.

Entre tantos acontecimentos bons, Dona Marcelina, eu percebo que as coisas estão boas, e vão melhorar mais ainda; eu conheci uma menina na Faculdade, o nome dela é vivia e ela me prometeu trazer noticias do pai de Paolinho; ela mora perto de onde ele Morava quando vim para cá.

Vivia disse:- eu viajo nesse final de semana, e vou tentar descobrir alguma coisa sobre o tal Marcos Paolo.

Vivia chegou a Vitória, e procurou informar-se; falando com Gilberto, ele respondeu:

O quê Vivia você não sabe quem é Marcos Paolo? Um Médico famoso na praia do Canto, Só pode ser ele, esse nome não é muito comum.

Não eu vou procurar então, para levar o endereço para uma amiga o nome dela é Matilde, estuda na Faculdade; faz Medicina. Procurei o Endereço, e fui até a Clinica lá falei com uma Assistente, o nome dela é Ester; Batemos um longo papo, e ela me disse:

Essa mulher deve ser algum caso antigo do Doutor, se não ela não estaria interessada em noticia dele; Mas acho que ele não tem ninguém importante na vida dele; por que nunca se viu ele com ninguém; não conversa quase.

Vivia e Matilde, se encontra, Matilde ansiosa pergunta: E ai vivia tem alguma noticia ou não deu para descobrir o paradeiro dele?

Claro amiga eu estive na Clinica dele;

Clinica? Ele tem uma clinica?

Tem amiga, conversei com a assistente dele ela me disse que ele é solteiro, e parece não se interessar por nenhuma mulher em especial; se é isso que desejava saber, o caminho parece estar livre.

Não vivia não é isso Marcos foi meu colega de infância, eu queria saber como ele está ou se ainda está lá onde fomos criados; Laura que estava com elas, e presenciou a conversa, disse:

Esses colegas de infância, costumam deixar tantas lembranças algumas que agente não esquece nunca.

Vivia fala:- E Laura, do jeito que você está dizendo, parece até que tem um colega de infância. Que deixou marca!

Laura diz:- Pior que tenho mesmo e é um que eu até pensava que seria o meu amor eterno.

Saímos dali eu fui para a casa onde eu vivia com meu filho, só que ai, eu tinha um pensamento: visitar a minha terra. E para isso Preparei-me, no mês seguinte eu fui. Chegando na Rodoviária, não pensei em mais nada peguei um táxi rumo ao endereço que Vivia me dera; quando sai do táxi eu caminhei direto para a clinica

Marcos disse: eu estava na janela do meu consultório, vi o pessoal que estavam na rua ficaram olhando aquela mulher; linda alta, cabelos compridos vestido vermelho,

Ao entrar na recepção a atendente perguntou:

A Senhora tem consulta marcada?

Não meu assunto é particular vim para falar com Doutor Marcos Paolo.

A moça pediu meu nome para me anunciar, eu respondi: moça eu vim do Rio de Janeiro para falar com Doutor Marcos pode pedir para que ele me atenda?

Ela ter falado com ele certamente assim: tem uma louca quer falar com o Senhor mas não quis se identificar, ele saiu do consultório, e me vendo pediu um tempo aos demais, e me convidou:-

Por favor, entre; assim que entrei ele ficou na duvida, e me perguntou:- qual é o assunto que lhe trás aqui?

Eu vim lhe trazer uma noticia que não sei se vai agradar; você não se lembra de mim? Não está me reconhecendo? Estou tão velha assim?

Matilde, por que Matilde? Quanto tempo eu esperei por uma explicação, e você não apareceu; por que sumiu sem deixar pista, para que eu pudesse procurá-la?

Justamente por isso, eu não queria que me encontrasse;

Que mal eu te fiz, Matilde para me deixar assim?

Marcos você não me fez nenhum mal; eu Fuji por medo de sua mãe.

Tudo bem que tivesse medo da minha mãe; realmente ela não é fácil até hoje, mas eu prometi que se ela continuasse a te maltratar, eu iria embora com você.

Eu sabia Marcos, que cumpriria sua promessa, e seu futuro, Como ia ficar? Hoje tal vez estivesse trabalhando pesado para criar o nosso filho ou filhos; Eu pensei nisso quando sai; sofri muito se quer saber, mas consegui suportar.

Claro você está linda, nem parece que o tempo passou para você; e agora, está casada tem filho? Não Marcos casada não mas um filho eu tenho. Quantos anos? Dezessete;

Logo depois que saiu daqui?

É isso mesmo Marcos vejo que não esqueceu;

Como poderia esquecer se você foi a única mulher da minha vida; Sei que não imagina, Mas eu sofri muito com a sua ida embora, você me abandonou.

Perdoe-me, mas naquele momento, eu não via outra saída; essa era mina única opção.

O que você pensava que minha mãe poderia fazer com você?

Comigo não sei; naquela hora eu não pensei em mim, e sim em você; pensa um pouco; como ficaria dona Rosa, se soubesse que eu estava Grávida,

Se acontecesse eu assumia a responsabilidade Mas isso agente não iria deixar acontecer;

É mesmo Marcos agente não ia deixar acontecer, e então por que não fizemos isso? O

Que quer me dizer Matilde?

A Marcos, eu não quero dizer você é que parece não querer entender

Está me dizendo, que quando saiu daqui você estava grávida? E nunca me procurou para falar sobre a criança, quanta coisa eu poderia ter feito e não fiz; quanta dificuldade deve ter passado, e eu aqui sem nada saber; como se eu fosse um irresponsável; onde está eu quero conhecer; é menino, ou menina, o nome?

É um rapaz. Seu nome é Paolo Sergio.

Que legal Paolo Sergio; Ele deve ter uma imagem péssima de mim;

Não, ele não tem imagem ruim de você; ele sabe que o pai dele é uma pessoa de ouro, Tanto que tem vontade de conhecê-lo;

E por que ele não está aqui com você?

Nosso filho é muito inteligente Marcos; Ele sabe que você não tem conhecimento da Existência dele, por que eu não contei; ele sabe que eu fui covarde, Fuji; mas sabe também que foi por medo de atrapalhar seus planos; Fiz essa maldade com nós três acreditando que estava fazendo por amor. Só que me custou muito caro.

E agora o que pretende fazer? Volta para cá, ou vai continuar sua pirraça comigo?

Isso não é verdade, eu não te fiz pirraça, nem tinha motivo para fazer; Voltar agora seria quase impossível, eu ainda não terminei a Faculdade, o paolinho está estudando,

Temos uma vida ativa lá.

E por que você não vem viver aqui comigo e o nosso filho?

sua mãe, vai aceitar que vivamos juntos Marcos, você acha que ela vai aceitar nosso filho?

Ó Matilde meu amor, não somos mais crianças; Minha mãe não manda na nossa vontade; Se ela não aceitar o Paolo Sergio, será problema dela, sei que isso não vai Acontecer.

Vamos agora a casa dela, e abramos o jogo, e veremos qual vai ser a atitude dela em Relação ao neto.

Você disse casa dela não é sua?

Claro que não; eu tenho minha própria casa; depois iremos para minha casa, ou se preferir, nossa casa.

Dona Rosa diz: você sumiu, não se teve mais noticias, ficamos preocupados, mas o tempo foi passando, agente imaginou: Ela deve estar bem, noticia ruim vem rápido

Isso foi que eu sempre falei com Marcos.

Mãe nós viemos aqui, por que Matilde veio trazer uma noticia importante; ela quando saiu daqui, ela estava Grávida e tem um rapazinho, isso significa, que Senhora tem um neto;

O que! Neto? Se ela estivesse esperando um filho seu, não teria ido embora;

Mas foi mãe, e ela já me explicou por que. E sou obrigado a dar-lhe razão; hoje depois de tantos anos, a Senhora se comporta desse jeito, imagine se ela falasse na ocasião?

Naquela ocasião você não tinha nada a oferecê-la, agora sabe que você está bem,

Inventa um filho, pois ela sabe que você é um bobão, acredita em tudo;

Sabe de uma coisa, eu não preciso ficar aqui ouvindo essas idiotice não vou-me embora

Não Matilde espera aí, eu também vou; só quero que a minha mãe saiba, que não sou tão bobo assim; se eu não acreditasse, poderia pedir um exame; mas não preciso disso para Acreditar em você e a Senhora minha mãe está avisada; eu vou com ela para o Rio De Janeiro, conhecer meu filho; se não aceita ele como neto, é problema seu; Ele não Deixará de ser meu filho.

Está vendo marcos, essa reação de sua mãe seria muito pior; e você seria capaz de tomar A mesma decisão eu sabia que seria assim.

De volta ao Rio de Janeiro agora de forma diferente; Matilde e Marcos encontram o filho; Marcos fica encantado com a educação do filho.

Senhor Fernando e dona Marcelina, gostam muito de Marcos e dizem: a decisão é sua mas na minha opinião, para viverem untos já que se amam, seria uma decisão mais prática você ir com ele que já tem um projeto de vida realizado lá claro que vamos sentir mas o que pode fazer não se pode ter tudo.

Dona Marcelina diz: não sei como será viver sem vocês mas como disse o meu velho Não podemos querer tudo e ainda mais quando se trata de um amor tão bonito.

Matilde se transferiu para o Espírito Santo com o filho, mãe pai e filho viveram felizes para sempre.

jômuniz
Enviado por jômuniz em 16/01/2007
Código do texto: T349337
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