Enquanto Evelin dormia-parte quinze

Enquanto Evelin dormia-parte quinze-Ronieberg

Eu sei oque você é. Eu disse entrando na cozinha.Susan se assustou e por pouco não derrubou o copo de sangue que trazia nas mãos.Depois de muito pensar decidi que estava na hora de termos uma conversa franca e por isso não lhe dei chance de escapar.Fui logo falando sobre as cartas e sobre o diário.Por um momento achei que ela fosse negar,porém com uma expressão triste,a moça confirmou oque eu lera.Disse que há muitos anos fizera a escolha pela transformação.Na época estava noiva e os preparativos para o casamento já se iniciara,quando sua mãe lhe falou sobre a maldição que acometia todos os primogênitos da família Fielding.Na noite em que completávamos a maioridade,o espirito de um antepassado ,adentrava em nosso quarto e através de uma dolorosa mordida a transformação era consumada.Perguntei-lhe se não havia um jeito de enganar o espirito ou de se esconder e ela disse que não.Muitos até tentaram mas acabaram mordidos ou trucidados.Susan falou ainda que se optasse pela não transformação,passaria a ser odiada e evitada por todos-inclusíve- pelo noivo e isso ela não iria suportar. Quis saber como é que fazíamos para deixar claro nossa recusa pelo vampirismo e ela levou-me a sala, e de dentro de um livro tirou uma espécie de pergaminho onde estava escrito uma oração que deveria ser feita pouco antes de deitarmos,na noite do vigésimo primeiro aniversario.Através de Susan soube que meu pai já estava casado há quase um ano,quando completou a maioridade e por ter recusado a transformação atraiu a aversão de quase toda a cidade e principalmente a da minha mãe.Oque tia Belinda contou não era toda a verdade.Meu pai amou minha mãe até o fim e era ela quem nunca deixou que ele se aproximasse de mim.Meu pai passava a maior parte do tempo na fabrica de meu avô e era lá que ele bebia,já que não era aceito nas tabernas.Oque aconteceu realmente na noite em que meus pais morreram ainda é uma incógnita.Um segredo que tia Belinda levou consigo para o túmulo. (fim da décima quinta parte)