O cerco de Rafinän

Muralhas da cidade de Rafinän. Elfos arqueiros lançam saraivada após saraivada de flechas no inimigo. Abaixo, orcs caem em meio ao campo de batalha sangrento. A infantaria élfica tentava ao máximo segurar o portão. No entanto, a cada orc caído, outro tomava seu lugar, como se o exército invasor não acabasse nunca.

- Continuem lutando, soldados! – gritou o Rei dos Elfos, Ringëril Ciryatan. – Defendam sua pátria! “Pela Deusa! Precisamos de reforços”, pensou.

A luta se desenrolou por horas, até que os defensores não puderam mais segurar o inimigo, que destruía tudo por onde passava. Árvores eram queimadas, casas destruídas e crianças e idosos que ficavam para trás eram executados sem piedade por monstros sem coração nem emoção.

A guarnição sobrevivente, junto com o resto da população, se reuniu no centro da cidade, em meio a um círculo feito de folhas e plantas, que se juntava como se fosse um castelo natural. O Rei Elfo ali chorou, não escondendo a tristeza pelo seu povo. Quando os orcs invadiram o castelo, toda a esperança se acabou. O fim estava próximo.

E então o veio o som. Um som agudo e alto, acentuando-se acima dos gritos de batalha, do choro e do choque de armas. Um som de uma corneta de guerra. Os reforços haviam chegado. Naquele momento, toda a esperança que havia se diminuído a quase nada voltou com uma força imensa atingindo níveis inimagináveis.

Os elfos lutaram com mais vigor, de um modo tão feroz, que os orcs começaram a temer por uma derrota. Do outro lado, humanos e anões descansados chegavam e atacavam a retaguarda inimiga, desmoralizando rapidamente o inimigo.

Com uma imensa bravura, os aliados lutaram contra a brutalidade e a crueldade. A noite caía quando os orcs perceberam a derrota. Vários abandonavam as armas e fugiam aos montes, cada um em busca de sua própria sobrevivência.

Os reis aliados se encontraram, celebraram a vitória e lamentaram a perda de soldados corajosos e civis inocentes. A batalha havia sido ganha. Apesar de todas as mortes, da destruição e do sangue derramado, como que para confirmar a vitória, o sorriso de uma criança élfica se destacava iluminando a noite escura.

Fernando Lancaster
Enviado por Fernando Lancaster em 03/02/2012
Código do texto: T3477860
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