Crönm, O Lobo Solitário capítulo 10
Ao caminhar pelo longo deserto, pronto para achar os algozes de Thomas Orion, Lobo Solitário avistou ao longe uma grande fumaça sugir ao horizonte. Ele sabia que o motivo de sua desgraça estava a caminho, só que agora ele estava preparado para seus inimigos. Seus inimigos chegaram bem mais numerosos, mas Lobo Solitário resistia bem aos ataques, e a partir dalí matou 13 dos 20 que vieram lhe matar, encravando-lhes a espada sobre o crânio de cada um em ataques selvagens e saltos prolongados para tal. Só que, mesmo com a armadura que o protegia bem, ela não poderia lhe proteger do cansaço, pois mover o peso da espada e mais o da armadura exigia um grande esforço, ainda mais sobre as cinzas aos seus pés que o cobria pouco a pouco. Esforço sobre-humano esse que Lobo Solitário fez para matar 13 dos centauros cruelmente. Nenhum homem conseguiu matar 1 se quer até aquele dia, mas em 5 minutos, mais da metade já pairava ao chão. O cansaço venceu o jovem bárbaro, e sua falta de disposição expos ao inimigo fáceis ataques sem defesa.
Afinal eram 7 contra apenas 1 e mesmo assim, Lobo Solitário se dispusera a lutar. Seus olhos de jade refletiam a mais pura insanidade que o ódio poderia provocar, e seu corpo só não era multilado, pois a armadura que lhe protegera era bem resistente. Até que então, Lobo Solitário saiu de si. Sua fúria dominou sua mente e seu semblante se tornou maligno. Ele em si estava apenas vendo a escuridão agir por ele, a multilar e destroçar todos seus inimigos em poucos segundos. Mas não parou por ae, sua fúria era tanta que rastreou as pegadas de onde tais demônios surgiram e foi até lá acabar com todos por sua frente.
Os esqueletos centauros uma vez já foram centauros de verdade, até que um dia, um maldito necromante foi aprisionado em suas humildes e belas florestas. Naquele tempo, as florestas eram as mais belas de todo aquele mundo, mas a mera presença do necromante fez tudo mudar. Os centauros era uma grande raça que dominava toda aquela extensão. Acredita-se que eram os primórdios do mundo e viviam em contato com todos os deuses através de seus rituais.
Com a presença do necromante, sua flora e fauna fora desaparecendo, e de suas cordilheiras que lhes protegiam do mundo a fora, emergiu-se um gigantesco vulcão. Dizem alguns bardos que os centauros tinham um contrato de exploração com o reino humano de Korzmith, cujo território ocupava todo o deserto até aquelas florestas dos quais era impossíveis de se penetrar. Os humanos extraiam tudo que precisavam das florestas com a ajuda dos centauros que garantiam que sua terra não fosse devastada. Mas um belo dia, o príncipe Darkzhar de Korzmith, ouviu que os feiticeiros de sua terra viviam falando de um milagroso líquido que provia do ventre da floresta. Tratava-se da seiva de uma árvore única que morava no coração da floresta, do qual se comia os frutos para aumentar a longevidade dos centauros. Então o jovem príncipe queria a seiva da árvore para curar sua humilde esposa, cuja obtinha uma incurável doença que nascera com ela. Mas os centauros negaram o pedido do príncipe pois uma vez que a árvore entrasse em contato com 1 ser humano, ela jamais produziria frutos novamente.
O príncipe Darkzhar, condenou os centauros de traição e então a chamada Guerra das Raças começou. Depois de 500 anos de guerra, muito pouco se sobrou de ambos os lados e a tal árvore foi mantida intacta pelos centauros. Porém, os grandes feiticeiros de Korzmith queriam vencer essa guerra a qualquer custo e optaram pela ajuda dos Magos da Tempestade para sua empreitada. Os Magos não sabiam o que aconteceria ao mundo perante a decisão deles, mas sabiam que o mundo estaria em grande perigo se Kharaus Bal'tyr, O necromante de Korzmith continuasse vivo. Eis então que os grandes Magos da Tempestade, subjulgaram a guerra e isolou o Kharaus dentro da floresta dos centauros, mantido aprisionado pela eternidade, sem nunca poder tocar na árvore dos centauros, que era isolada com o poder reunido de todos os magos para que nenhum humano a tocassem.
Os centauros com a presença do necromante, sem poderem tocar na árvore, morreram com o passar do tempo, mas tal era o poder de Kharaus que fez de seus corpos mortos vivessem, porém sem frutos de obter controle sobre eles. Os centauros no entanto, asseguraram que ninguém jamais poderá viver naquelas terras, pois eles, mesmo mortos, ainda temem o contato humano com sua grande árvore. Agora tais centauros foram controlados por um espectro, provido das mortes da guerra, que permaneia para si, todo o item de valor que provém dos cadáveres mortos pelos centauros. Isso tudo por que a guerra começou a partir da ganância de ambos os povos, e agora os espíritos dos mortos não pensam em mais nada a não ser em riquezas.
Por causa do grande cataclisma ecológico provocado pelo aprisionamento do necromante, Korzmith hoje, nada mais é do que um pequeno reino no meio do imenso deserto que se formou, pois o relevo das cordilheiras, juntamente com as nuvens de fumaça que permeiam o vulcão, impede com que a massa de ar frio chegue ao longo do deserto, impedindo assim com que nuvens de chuva se formem.
Lobo Solitário despertou dentro de uma grande caverna iluminada, mas ele não lembrava do que tinha acontecido até os centauros lhe atacarem no deserto. Sentia seu corpo cansado, mas não lembra de ter feito esforço e se deparou com todos os seus inimigos ao chão, mortos sem piedade e observou um grande corpo esquelético com uma gema quebrada na testa, parecendo ser o líder dos demais. Ele não entendia como aquilo ocorrera, mas suspeitava ser obra de sua imensa fúria. Ao olhar ao redor, se deparou com uma imensa quantia de jóias e ouro. As únicas coisas que lhe chamavam atenção eram anéis, brincos e braceletes pois seus brilhos eram estranhos e seus adornos mais ainda. Sentiu pela primeira vez o prazer de se enfeitar, mas não via graça naquilo. Apenas tentou se tornar mais diferente do que costumava ser em sua tribo.
Carregou sacos cheios de moeda, pois sabia que serviam de troca por comida. Aprendeu administração e economia enquanto tomou posse de seu antigo reino, mas nunca gostou de negócios. Sua antiga espada ele carregou dentro de uma das sacolas do qual conseguiu prover para levar consigo pelo deserto, e sem saber o que tinha acontecido, reclamava por não conseguir se lembrar do que ocorrera, pois queria ter matado aqueles seres com as próprias mãos, mesmo assim, caminhou pelo derserto, sem rumo ou direção pensando no que faria agora em diante pois perdera tudo que mais conseguiu amar na vida...