Crönm, O Lobo Solitário capítulo 8

Lobo Solitário e Thomas Orion avistaram uma enorme encosta de uma enorme montanha atrás de ambos logo que começaram a andar pelo deserto das cinzas, e não conseguiam enchergar mais nada do que um ao outro. A unica coisa que sabiam é que atrás de ambos havia uma enorme sombra, digna de se chamar de montanha. Mas a visão de ambos estava muito limitada, pois parecia ser noite já e Lobo Solitário sugeriu:

- Por essa montanha deve haver algum lugar para nos abrigarmos até conseguimos tempo para caminhar, andar sem enchergar por esse lado desconhecido deve ter fudido a vida de muitos outros. Então...veja, acho que avistei uma caverna, vamos ver se tem algum animal.

Logo ambos caminharam até o local, reconhecendo assim uma carvena com as bordas da entrada esculpidas. Não se dava pra enchergar muito, mas pareciam desenhos estranhos e disformes. Então, sem demoras, adentraram a escura caverna tentando achar o fim de suas propriedades. Thomas usou uma feitiçaria para iluminar seu caminho, e ambos com sucesso chegaram ao fim da extensa caverna. Porém ao invés de animais encontraram uma bela e sombria armadura negra montada com simbolos estranhos. Ao lado havia uma espada e um escudo presos a um pedestal e ao fundo havia um enorme altar com um cadáver a eras morto, quase se deteriorando. Thomas se aproximou e disse:

- Por Aluhntra, isso é o resto de um ritual macabro, deve ter ocorrido orgias e mataram uma virgem para invocar algum demônio. Essa armadura me parece pertencer a algum cavaleiro negro ou necromante maníaco...espere, eu vejo, vejo pessoas sendo mortas aqui a eras atrás...um mago sombrio, um divino cavaleiro sendo transformado em demônio...um vulcão em erupção por mais de 500 anos soltando cinzas...tem mais...uma linda mulher...morta...no altar...demônios surgindo...magos aparecendo...um ser aprisionado. ALUHNTRA...NÃO...NÃO

PODE..POR QUÊ VOCÊ?...NÃOOO...NÃAAOOOO...AHHHHHHHHHHHHHHH!!

Lobo Solitário tentou amparar seu companheiro, porém ele desmaiou de repente e de seu livro surgiu um brilho. Lobo Solitário não entendeu nada e apenas esperou afoito para que seu companheiro despertasse.

Horas após, Thomas despertou assustado, gritando e segurando seu pescoço. Sentia-se sufocado e começou a torssir. De sua torsse surgiu uma sombra ao chão que com uma gargalhada mortal sumiu da visão de ambos.

- Antigos espíritos, que inferno de lugar é esse? - Disse o jovem bárbaro segurando sua espada. Thomas parecia assutado demais e pediu a Lobo Solitário para saírem daquele maldito lugar o mais rápido possível. O jovem bárbaro entendeu a situação daquele lugar, e não pestanejou em sair rapidamente daquela caverna. No lado de fora tudo parecia ocorrer bem, pois o dia já estava claro e dava para se caminhar tranquilamente, e assim o fizeram, temendo sempre os perigos pelo deserto.

Enquanto caminhavam pelo deserto das cinzas, ambos Lobo Solitário e Thomas Orion perceberam um tremor no solo fazendo as cinzas sobre seus calcanhares moverem subitamente. Logo esse tremor começou a aumentar cada vez mais, mas os dois já estavam avistando a floresta de espinhos, pois no decorrer da caminhada, a visão de ambos já conseguia enchergar um pouco mais além da tensa chuva de cinzas, que logo cessara, assim sobrava apenas o céu cinzento e o chão coberto de cinzas. Ao longe se enchergava apenas a grande fumaça das cinzas do chão a serem levantadas.

Logo Lobo Solitário percebeu que aquela coisa que estava por vir deveria ser muito grande, ou então era em grande quantidade e logo começou a correr em direção a floresta sombria, cujo os galhos das árvores se contorciam e formavam espinhos de seus juncos e troncos. A aparência macabra daquele lugar assustaria qualquer um que o observasse ao longe, porém os dois jovens aventureiros estavam desesperados demais para fazer objeção quanto ao lugar. Mas seus esforços foram em vão, pois antes que

conseguissem alcançar a floresta, o ser ou os seres os alcançou e os cercou, não dando chance para que nenhum dos dois escapassem.

Logo Thomas desesperadamente gritou:

- Pelos deuses, são Centauros esqueletos. Não iremos sobreviver a isso, tem muito deles.

Lobo Solitário também não se sentia bem em relação aos seus inimigos e espantado gritou:

- Porra! Será uma lâmina comum capaz de cortar o inimaginável? Minha espada talvez não tenha bastante efeito contra esses demônios, mas é melhor lutar do que morrer sem erguer os punhos.

Então o combate subitamente começou, mas o que era para ser uma luta, virou um massacre. Lobo Solitário não conseguia acertar aquela horda de 15 centauros esqueletos, cuja as espadas eram serrilhadas e bem afiadas. Seus cascos eram bastante rígidos para meros esqueletos, e suas estruturas ósseas estavam intactas. Pareciam crias do mal prontas para destruir e saquear todo e qualquer inimigo que adentrasse seu território. A luta não demorou muito para terminar. Ele balançava sua espada pronto para matar com apenas um golpe um de seus adversários, mas apenas derrubou 3 enquanto seu corpo era castigado pelas espadas serrilhadas.

Aos poucos sentira sua respiração falhar pelo enxofre do ar e seu esforço era cada vez maior a medida em que balançava sua espada. Esperto, tentara acerta-los em seus calcanhares para derruba-los, mas a movimentação deles sobre aquelas cinzas pesadas eram muito mais rápidas que os movimentos que ele fizera. Seu corpo já enegrecido com as cinzas e seu suor mesclado mal tinha forças para toca-los pois os cortes que eles faziam eram precisos, acertando-o nas articulações dos braços e das pernas para impossibilitar a movimentação dele, arrancando pedaços e lhe perfurando a carne com aquelas espadas cerrilhadas que o castigavam mais a cada recuo que a lâmina fazia de seu corpo. Em menos de meia hora de luta, ele desmaiou, estava praticamente a beira da morte, jorrando sangue aos montes, enquanto seu amigo mago nada podia fazer a não ser morrer em vão...

Luiz Fernando Pires
Enviado por Luiz Fernando Pires em 04/01/2012
Código do texto: T3422179
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