Crönm, O Lobo Solitário capítulo 7
Lobo Solitário e seu filho Urso da Neve desceram a grande montanha com sucesso, e caminharam por um bom tempo pela floresta. O jovem bárbaro seguiu pela floresta muito bem atento aos perigos que poderiam aparecer, mas o maior perigo que eles possuíam era a fome. A descida da montanha demorou dias, e seus suprimentos terminaram rápido pela grande fome de ambos. A única coisa que lhes poderia suprir essa falta eram as frutas nas árvores. E assim Lobo Solitário o fez. Catou frutas nas árvores para alimentar tanto seu filho quanto a si mesmo. Porém o que o jovem bárbaro não sabia era que uma das frutas era muito venenosa. Trata-se de um teixo, cujo fruto pode causar um ataque fulminante no coração. Lobo Solitário achava ser uma fruta que vem dos descampados de sua terra, mas esta era uma fruta capaz de matar um mamute com apenas 1 pequeno pedaço de seu todo. O jovem Lobo saciou sua fome com as demais frutas maiores, e as pequeninas, inclusive o teixo, foi dado para seu filho.
Logo ele percebeu a mudança de estado de seu filho, então, desesperado, percebeu seu erro e carregou seu filho por selva adentro, procurando ajuda desesperadamente. Por uma sorte dos diabos, ele achara uma cidade estranha em meio a floresta. Trata-se de uma cidade esculpida nos troncos das árvores grandes e expessas, cuja as folhas são do tamanho de uma baleia. Suas raízes cobrem todo o chão em um raio de kms de comprimento. O tamanho das árvores chegavam a intimidar, e a fazer pensar que qualquer ser humano comparado a elas sejam meras formigas. No alto da montanha, Lobo Solitário havia avistado a imensidão das árvores, mas elas estavam tão longe que pareciam ser árvores normais. Mas agora de perto ele sabe o quão grande elas realmente são.
Ignorando todos os cumprimentos que lhe fizeram, Lobo Solitário chegou pedindo socorro imediato, desesperado por seu filho estar a beira da morte. Rapidamente o povo local o ajudou a carregar seu filho para dentro de uma árvore e com tamanho espanto, todos alarmavam ser uma doença muito mortal de aspecto irreversível. No entanto, uma mulher cheia de tatuagens segurando um cajado semi nua, contou ao jovem bárbaro que existia uma cura para aquela doença, e essa cura se encontrava no deserto das cinzas, logo após a floresta de espinhos. Tal mulher disse que o percurso demoraria meses para ser concluído de caminhada e que o jovem só teria 1 semana para conseguir a cura, pois seu filho não passaria disso.
Alarmado, Lobo Solitário chegou a sacar a espada nervoso para que conseguisse a cura, mas a mulher o consolou dizendo que havia uma academia de jovens magos perto daquela floresta cujo os poderes podem levar qualquer um a qualquer lugar. Imediatamente o jovem bárbaro perguntou a mulher em que direção eles se encontravam, e ela respondeu dizendo que um deles já estava ali na porta o esperando. De repente, a porta abriu-se e nela pairava um jovem mago que se apresentara chamando-se Thomas Oriun, estudante de magia do instituto arcano dos Magos do Tempo. Logo contou que esperava a chegada do jovem bárbaro a uns dias e sabia que iria acontecer tal imprevisto, afinal, os Magos do tempo tem o poder de prever alguns acontecimentos. Então Lobo Solitário sacou sua espada e encostou no pescoço de Thomas puto da vida dizendo:
- Se sabia que isso iria acontecer, então por que vocês não fizeram nada para evitar?
- Nã..ão po-podemos interferir no..no..no tempo, mas-s posso te contar coisas que irão acontecer...
- Então se vocês sabem o que vai acontecer, já previram que eu irei te matar aqui mesmo não é?
- Na-na verdade s-sem mi-minha ajuda você jamais con-conseguirá cura para seu filho... n-ninguém mais vai se disponibilizar a ajudá-lo se você me ma-matar.
- Humpf. Então presumo que sua vida vai servir de troca pela do meu filho. Se ele viver, você vive, mas se ele morrer, eu mesmo faço questão de te matar.
- Tu-tudo b-bem, m-mas temos p-pouco tempo. Irei apressar o portal para nossa ida até o deserto das cinzas.
O jovem mago riscou o chão o qual estavam, pronunciando palavras estranhas. Seus lábios moviam de forma estranha entre grunhidos e palavras dilexas passando a mão sobre o solo e em seguida uma mão a outra. Logo fechou os olhos até o local em que riscara, fazendo um desenho estranho de 3 pontas com os lados arredondados. De repente o local começou a brilhar fazendo surgir um feixe de luz do solo esbranquiçado cobrindo a área dos rabiscos
- Es-está p-pronto.
Imediatamente, o jovem bárbaro pisara sobre o local seguindo de Thomas. Os dois mudaram de lugar rapidamente, chegando ao um local do qual não dava para se enchergar a um palmo do nariz. Um tipo de neve estranha caia dos céus. Uma neve cinza com cheiro de enxofre, o ar quase sem oxigênio e o chão coberto pela neve cinza. Parecia que chovia cinzas do céu sem parar, porém quando elas chegavam ao solo, elas já se encontravam frias. A respiração de ambos se encontrava em dificuldade pois o ar estava com muito mais enxofre e outros gases tóxicos do que oxigênio. No entanto, tais gases são mais pesados e descem rápido para o solo evitando assim um axficiamento, porém dificulta-se a respiração pois um pouco desses gases são inalados. Lobo Solitário e o jovem Thomas seguiram dificilmente pelo deserto de cinzas, então o jovem Thomas criou um campo de ar em volta de ambos para conseguirem respirar melhor esfregando as mãos e balbuciando palavras estranhas novamente. De fato a magia do jovem rapaz ajudou a ambos a respirarem melhor, e sua longa caminhada pelo extenso deserto de cinzas continuara...