Crönm, O Lobo Solitário capítulo 4

Enquanto andava seguindo o estranho objeto mágico voador, Lobo Solitário indagava-se sobre o que lhe acontecera, seu corpo seguia automáticamente sempre precavido com os perigos iminentes da floresta, enquanto sua mente vagava-se nas lembranças de como chegou até ali. Até que o jovem bárbaro se deparou com uma enorme encosta, como se a floresta onde vivia fosse em meio a um enorme vale ou abismo. Um pouco depois de caminhar, ele conseguia enchergar em meio as folhas das enormes árvores uma caverna de formato oval, como se fosse escavada por mãos humanas. Lá chegando, o odor de mortos que emitiam da caverna o deixava desnorteado e com nauseas, parecia que aquele local foi almadiçoado por um massacre. Porém o objeto mágico adentrou a caverna estranha, cujo os adornos eram pedras preciosas cravadas nas paredes em formatos de caveira, cada uma de cor diferente. Lobo Solitário seguiu cautelosamente para dentro da caverna, olhando para todos os lados empunhando sua nova espada.

No entanto, ao caminhar pela escuridão daquele lugar, o jovem bárbaro sentiu um arrepio na pele ao ouvir um grunir de alguma criatura estranha. Quando sua visão se acostumou a escuridão, ele avistou uma criatura horrenda, que mais parecia uma massa nojenta humana do que criatura. Quando olhou aos seus pés, observou uma enorme quantidade de cadáveres ao chão e supôs que aquela horrenda criatura fora o algoz desses que não se levantavam mais. A criatura possuía braços e pernas, porém completamente desproporcionais ao seu tronco, que era de formato arredondado e com enormes buracos na barriga. Aquele ser poderia ser um humano deformado se não fosse sua enorme barriga estranha cheia de buracos e feridas, e seus braços que eram grandes e fortes, o suficiente pra aguentar todo o peso daquele ser. Lobo Solitário pensou em dar meia volta, porém percebeu que lá fora o tempo estava pra mudar, e a chuva chegaria em breve.

Como aquelas florestas são tropicais e muito densas, poderia haver enchentes, principalmente perto dos rios e lagos como havia percebibo aos que estavam proximos antes. Sem escolhas, o rapaz empunhou bem sua espada e correu em direção ao ser para tentar matá-lo em apenas um golpe. Porém a criatura reagiu estranhamente e com um reflexo absurdo, socou o jovem bárbaro de volta pelo caminho que veio.

O golpe realmente foi potente, como se fosse um enorme tronco de uma árvore caindo em seu corpo. Lobo Solitário balançou a cabeça tentando se recuperar do impacto, e logo catou sua espada para tentar outro ataque, dessa vez ele não via escolha a não ser bater na criatura ao mesmo tempo em que ela lhe vir a bater. Então, ele correu em direção a criatura e apoiando-se na sua grande espada, saltou com ela em punho e girou seus braços para realizar um golpe usando tanto o peso da espada quanto o peso do corpo. De certo o golpe funcionou, mas a criatura reagiu ao mesmo tempo em que a gigante espada cortava-lhe a carne, socando Lobo Solitário de volta ao mesmo lugar. A criatura gritava de dor e girando seus braços querendo acertar quem lhe fizera esse ataque. Foi aí que o jovem bárbaro percebeu que a criatura não conseguia enchergar na escuridão e dessa vez ele sabia que outro ataque que ele fizesse como aquele mataria de vez a criatura, porém ele estava arrebentado e cansado, e jamais iria imaginar que com 2 ataques seu corpo já iria enfraquecer, e seu cansaço era iminente, pois realizar um golpe como aquele portando aquela espada deixaria qualquer um em má condições.

Mas o clamor pela batalha era mais forte no coração dele, ele não poderia se recusar a tentar o ultimo ataque mesmo que lhe custasse a vida, pois foi treinado para isso.

Então, abaixou a cabeça e segurou firme sua gigante espada e correu na direção da parede, logo atrás da grotesca criatura, pisando nos adornos para conseguir mais altitude e quando seu corpo estava bem acima da criatura, Lobo Solitário realizou novamente outro ataque como o anterior, jogando seus braços para a frente do seu corpo e usando o peso da espada e o próprio peso para causar mais dano. Dessa vez a criatura foi partida ao meio, e suas víceras nojentas emitiam um odor putréfato que o deixava enjoado. Logo sua mente foi escurecendo pois seu esforço foi sobre humano. E em pouco tempo ele desmaiou segurando ainda sua espada.

Quando acordou, o jovem bárbaro se deparou com uma mulher maravilhosa, e nua em pé, enquanto seu corpo se regenerava estranhamente. Logo ele percebeu que o objeto voador estava ali e indicava uma gaiola acima da mulher. Ele se levantou e falou:

- Quem é você mulher? E por que eu ainda estou nessa caverna?

- COmo ousas falar assim comigo depois de invadir minha caverna? Você matou meu bichinho de estimação, acho que me deve um enorme favor, além do mais, eu lhe curei enquanto deveria ter te matado.- Respondeu a mulher nervosa.

- Então perdeu uma ótima chance, pois aquele ser ou coisa não parecia ser um bicho, muito menos um ser humano, seja lá o que aquilo era, ameaçou minha vida e eu não tive escolhas a não ser matá-lo.

- Entendo, então, já que matou meu homunculo e invadiu minha caverna, terá que me fazer algo em troca. Terá que me dar filhos, já que nenhum ser humano jamais conseguiu chegar até aqui dentro.

- Está louca mulher, eu nem te conheço, além do mais, você mesma disse que iria me matar.

- Pois é, não lhe matei por causa de sua aparencia, realmente, em todos esses meus milênios de vida, jamais pensei encontrar um humano tão belo assim. Agora venha, você precisa me pagar.

Então bela mulher deitou em cima do jovem bárbaro enfraquecido, e sem forças para movê-la acima de seu corpo, dando-lhe um beijo lascivo e de plena volúpia. Porém Lobo Solitário ouvia alguém clamando para que ele não fizesse isso e logo percebeu que havia um ser na gaiola que gritava e berrava, mas ele não dava atenção a criatura ou humano minusculo que habitava aquela pequena gaiola bem no alto da caverna. Então, depois de algumas horas de prazer, a mulher acabou dormindo em um sono muito profundo, enquanto ele parecia revigorado.

Ele andou até a gaiola e libertou o pequeno anão que lá estava e então perguntou:

- Pequeno ser, você que me mandou aquele objeto que voava como os pássaros?

- Sim, fui eu, eu pedi ajuda a todos que eu pudesse encontrar, no entanto a carta lhe achou e te indicou o caminho correto, creio que passou por grandes dificuldades devido ao seu estado. Mas vamos deixar de lado essa conversa chata, eu me chamo Gnojghilotumaniocleiogannidorimapetrus, mas me chame de Gan.

- Escute pequeno diabólico, graças ao seu treco eu quase morri várias vezes em 1 só dia então acho que você me deve uma ou melhor, várias. Só não te mato agora pois seria covardia matar uma criança adulta que nem possui armas para se defender.

- Certo, certo, eu te devo várias então grandalhão, mas acho que você cometeu um grande erro a fuder com a puta ali. Aquela vadia é uma bruxa milenar que aumenta seus poderes a cada vez que fode com alguém e tem filhos, e meu povo sempre tentou lutar contra ela, mas a vaca me prendeu e matou os meus amigos e parentes. Acho que só existe eu no mundo e agora você acabou de estragar a porra toda. Viu a mulher pelada e já foi encontrando o primeiro buraco pra se enfiar. Esses humanos, sempre comentendo os mesmos erros.

- Escuta seu anão de merda, eu num vim até aqui pra ser chingado e também já te libertei, é melhor irmos logo embora desse lugar. E se me chingar de novo...

- Já sei, já sei, vai rodar essa espada ae até tentar me atingir, dae eu morro, meus poderes vão pro caralho e você fica preso nessa floresta dos infernos. Olha que fim feliz pra você. Acho que nessa altura do campeonato, seu pai tá por ae querendo enfiar a espada dele no seu rabo e te assar na fogueira da festa da lua.

- Como sabe disso seu esperma de cogumelo? És um bruxo também?

- Esperma de cogumelo é a senhora sua mãe que teve o desprazer de te parir. Se você não reparou poço de inteligência, eu so um duende, UM DUENDE, não um anão nojento que faz armas e mais armas e ficam anos sem tomar banho, fedendo em frente a fornalha. Bom, eu não te devo explicações, então vo te guiar até o fim dessa porra de floresta, dae você pode fugir ou se matar ou fazer o que bem entender. E ve se não sai por ae fudendo a primeira que lhe abrir as pernas, em outros mundos isso pode causar DSTs e você pode perder a sua espada de baixo, sabia?- O duende por um momento silenciou-se e olhou para o rosto do jovem bárbaro que nada entendia. - Bah, deixa pra lá você nunca vai entender isso mesmo ou se for, vai entender daqui a um tempo, seu futuro é sombrio e vejo que você vai fazer muita merda, mas também, que se foda, esse mundo é uma bosta mesmo.

- Cale-se pequeno graveto de árvore, não entendo nada do que você diz, só me leve pra longe dessa floresta e me guie para onde eu posso fugir. E pelo amor dos deuses e grandes espíritos, cale sua maldita boca.

- Tá bem, tá bem, mas você sabia que...

E então, Lobo solitário seguiu o pequeno duende que se dizia único naquele mundo. E por dias caminhando sem nenhum perigo com pausas a noite, o duende enchia os ouvidos do jovem bárbaro com histórias sobre outros mundos. Porém, Lobo Solitário nunca entendia lhufas do que o pequenino lhe dizia até que ambos chegaram ao fim da floresta, em outro paredão enorme, que não se diferenciava daquele que eles sempre avistavam ao leste. Parecia uma anorme cadeia de montanhas conjuntas que não parecia ter fim. Lá chegando, Gan disse:

- ...então eu sai com 3 prostitutas ou meretrizes daquele mundo e depois nós fomos pra cama, mas tenha cuidado quando encontrar meretrizes, elas podem te roubar, ou melhor, elas sempre te roubam se você não tomar cuidado e...Ah chegamos, até que enfim. Bom grandalhão, é só escalar essa porra toda ae que você vai sair em um ninho de dragões selvagens. Dae é só seguir sempre em frente que você vai encontrar inúmeros reinos por ae.

- Certo duende, ou esperma de cogumelo, espero nunca mais vê-lo, nem essa floresta, então, até nunca.

- Você vai me encontrar novamente, cérebro pedra e vai ser daqui a um tempo. Hahahaha!

- Pro inferno maldito anão.

Lobo Solitário então escalou a enorme montanha dos ninhos dos dragões selvagem, procurando um novo destino a ser seguido...

Luiz Fernando Pires
Enviado por Luiz Fernando Pires em 03/01/2012
Código do texto: T3419432
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