Crönm, O Lobo Solitário capítulo 2
Com suas armas apontadas ao jovem guerreiro tribal, os Arkih gruninham com ódio e pareciam querer acabar com a vida de Lobo Solitário. Porém, não intimidado pelos estranhos seres que lhe ameaçavam, ele apenas pensava em fugir daquele lugar que mais parecia o inferno. Os Arkih, no entanto, não mostraram compaixão e tentaram matá-lo de uma só vez. Os ataques dos Arkih pareciam com os ataques dos tigres que Lobo Solitário enfrentou em suas terras, graças a isso e as suas grandes habilidades, ele conseguiu escapar dos ataques lançandos pelos feroses Arkih, rolando por baixo de suas lanças e derrubando-os em seguida, agarrando suas pernas quando se levantou. Logo em seguida, ele correu perdido em meio a aquela cidade dos infernos procurando por algum lugar que se parecesse com uma saída.
Depois de andar pelo que parecia ser a via principal e nada achar, ele se deparou com o fim da cidade e um grande fosso. Quando olhou para trás aquela horda de Arkih começaram a tacar lanças e mais lanças em direção ao jovem guerreiro bárbaro. Sem saída, Lobo Solitário se lançou ao abismo, pensando ser menos doloroso que as lanças dos hostis Arkih. Com a sorte dos diabos, a baleia jorrava água pelas costas e naquele mesmo abismo em que ele pulou, era o lugar de escape. Jorrado a mais de 50m da água, Lobo Solitário conseguiu mergulhar novamente quase desmaiando pelo impacto. Quando se deu conta, já estava boiando com o corpo todo dolorido. Algumas horas depois, ele se recuperou novamente, mas sentia-se fraco pela fome. Quando conseguiu mover-se, viu uma plataforma pequena emergir da água, como se fosse posta ali magicamente para que ele subisse. Curioso, Lobo Solitário subiu na plataforma que acabou de lhe aparecer. Assim que subiu na plataforma azul de pedra ornamentada com pedras de jade e ouro e uma linguagem estranha, viu outra igual surgir a frente, parecendo mostrar um caminho. - Sou aquela que, curiosa com seu destino, vim ao seu encontro tentar entender o que o mais belo e forte dos homens vem até meus aposentos, profanar meus sonhos.- Disse uma voz feminina vindo de todos os lugares ao mesmo tempo.
- Sua presença parece acordar os amaldiçoados e despertar-lhes um ódio e um fuvor sem igual. Nunca pensei que uma maldição viva como você chegaria aos portões dos deuses passando pelo grande guardião. Sua vinda até aqui deve ser de muita importância para que o guardião deixasse que você passasse.- Finalizou a voz.
- Não sei do que está falando, apenas segui um objeto brilhoso pelo ar e fui engolido por uma baleia enorme até chegar aqui, ainda passei por um caminho com armadilhas que se não fosse minhas habilidades, eu estaria morto. Não sei que maldito lugar é esse, mas eu estou sem rumo e apenas quero comer e seguir meu caminho. - Respondeu Lobo Solitário com nervosismo.
- Posso oferecer o que você quiser, mas preciso que liberte-me de minha maldição. Estou fadada a permanecer neste templo pela eternidade, pois os deuses querem que eu não mais os controle. Porém meu corpo pertence a esse lugar, e somente uma espada pode guardar, tanto meu corpo quanto meu espírito. Mas depois que eu alojar a espada, despertarei somente depois de muito tempo.
- Se tiver comida, eu farei qualquer coisa mulher.- Respondeu Lobo Solitário com uma cara bem animada.
- Ótimo, pois não quero apenas que me liberte, já que fará qualquer coisa. Quero que me possua também, afinal, um ser tão belo como você, não deve ter existido em toda história desse mundo. E também, faz 10 mil anos que não durmo com ninguém.
- Como assim lhe possuir? - Indagou Lobo Solitário.- Não sou um espírito ou deus para fazer tal coisa.
- Digo possuir assim.- A bela e jovem mulher surgiu ao lado dele na ultima plataforma em que estava, como se tivesse sido formada pela neblina que ocultava o local e encostou o corpo no do jovem bárbaro, e começou a acariciá-lo de forma bem voluptuosa. A mulher de aparência exuberante estava nua, tapadando apenas sua intimidade por seus longos cabelos que se moviam sobrenaturalmente. Lobo Solitário permaneceu imóvel, enquanto a mulher lhe acariciava de modo que nenhuma outra mulher havia feito antes, tocando-lhe nas partes íntimas e o beijando. Logo os dois começaram a cópula que durou por horas. Por mais cansado e faminto que Lobo Solitário estivesse, ele conseguira aguentar até o fim, pois seu vigor físico parecia ter se tornado desumano.
- Realmente, não achei que um ser humano conseguiria aguentar horas. O guardião agiu certo em lhe escolher, realmente vale a pena lhe seguir por este mundo mesmo que na forma de uma espada. Não se preocupe, você poderá ter meu corpo de novo, mas preciso de um longo tempo de descanso para me adequar perfeitamente. Enquanto isso, tente pegar a espada do Deus Esquecido, e então lhe seguirei até o fim do mundo meu querido.- Sussurrou ela aos ouvidos do rapaz. - Pense nos prazeres que eu posso lhe dar se o fizer, mas você deve estar bastante faminto e cansado. Mais a frente tem minha ultima oferenda, de uma jovem e bela mulher que nunca se esqueceu de mim, mesmo depois de milênios trancafiada nesse maldito lugar, você realmente vai precisar de forças para concluir esse serviço por mim.- Completou acariciando o proprio corpo de forma sedutora.
Em seguida surgiu uma plataforma maior com uma símbolo oval ao meio pintado de dourado. O desenho começou a brilhar e dele surgira uma cesta de comida fresca acompanhado de uma garrafa de bebida. Lobo Solitário, sem pestanejar, correu até o local que ela indicara, de encontro a apetitosa oferenda, comendo como se estivesse sem se alimentar por eras. Logo então se levantou e ouviu as instruções que ela lhe indicara, cruzando um corredor aberto aos céus, rodeado pela intensa neblina por mais ou menos 2 horas. No trajeto ele se viu apenas andando em linha reta sem nenhum declive, e sabia que mesmo com a neblina ao redor, ao seu lado havia o que ele achava ser um longo lago, pois jamais vira o mar antes. Por incrivel que pareça, não havia cheiro algum naquele mar em que havia se lançado anteriormente, muito menos cardumes de peixes os quais era acostumado a encontrar nos lagos em que mergulhava. Até que encontrou um arco ornamentado diferente a frente. Quando chegou em frente ao arco que dá inicio ao pátio do templo do Deus Esquecido, Lobo Solitário se deparou com várias estátuas de centauros diferentes uns dos outros em suas feições, roupas e armas, abrindo um imenso e largo corredor até a porta do que parecia ser um templo. Ele caminhou até a porta, observando ao redor. O pátio parecia ser infinito pois não se dava para enchergar seus limites nem para os lados e nem após a grande casa negra com pilastras ornamentadas em ouro. O que parecia ser um templo, possuía uma enorme entrada e um teto único bem distante do chão em forma de um V ao contrário.
Acima das pilastras, havia uma grande pedra horizontal que sustentava o teto, cuja possuia escritas estranhas como as que havia encontrado nas plataformas que subiu anteriormente. Na entrada da "grande casa" como ele pensava ser, possuía uma pequena escadaria com um tapete vermelho até seu ultimo degrau. Quando olhou para dentro do templo semi escuro, iluminado pelas janelas nas laterais proximas ao teto, visualizou uma espada em cima de um pedestal cravado ao chão o qual brilhava com o feixe de luz vindo de uma das janelas. Dentro do templo havia a mesma arquitetura que observou do lado de fora, teto, piso, pilastras e adornos feitos de uma pedra reluzente negra com adornos dourados e língua estranha o qual nunca vira antes. A espada possuia uns 2 metros de comprimento, com adornos pelo cabo da espada e pela lâmina branca reluzente cuja contrastava com o cenário ao redor, com inscrições parecidas aos que haviam nas pilastras e paredes do templo. Então, sem qualquer receio, ele caminhou todo o trajeto até chegar a espada, que ficava de frente a uma enorme estátua de um grande ser sentado sem rosto. A estátua, possuía um porte físico perfeito de um grande guerreiro e em seu braço direito, podia se observar um gigante broquel. Seu cabelos longos batiam na altura do peito nu e sua cintura era coberta por uma calça larga. Em seus pés haviam uma parte de armadura que cobriam sua canela até seus joelhos. Seu braço esquerdo estava posicionado como se estivesse segurando alguma coisa, porém nada havia. O rapaz pegou a espada e logo ouviu uma voz grave, vindo de todos os lugares ao mesmo tempo ecoando por todo o templo:
- Se quer minha espada, terá que provar que é apto a usá-la.
Lobo Solitário começou olhar ao redor assustado com a voz, tentando encontra-la em algum ponto específico do local. Quando olhou para trás, o jovem bárbaro se deparou com um enorme centauro, maior do que as estátuas que estavam a porta, carregando uma lança gigante, uma armadura completa de combate coberto por um elmo que seguia até seu pescoço adornado com chifres grandes e majestosos e com olhos em chamas de ódio...