"Mestre Pô."
Vivia em uma caverna, devia ter de quarenta e cinco a cinqüenta e cinco anos.
Ficava horas observando um galho de árvore, onde estivera pousado um pássaro.
De repente levantava fazia reverência à árvore, e mansamente ia para outro lugar.
A princípio por curiosidade, depois por devoção, começaram a aparecer discípulos.
Às vezes alguém passava pela estrada e deixava alguma comida, o xingava e mandava trabalhar. Nas duas situações, ele agradecia com um sorriso e uma reverência. Tinha duas peças de roupa que trocava todo dia. Ao trocar, já lavava a outra, para o dia seguinte. Sua navalha era cega, então sempre estava machucado, pois rapava a cabeça e a barba diariamente. O número de discípulos aumentou tanto que teve de mudar de caverna.Aquela já não comportava tamanha quantidade de gente. Um repórter inglês, famoso desmistificador, foi visitá-lo. Era um homem de posses e sempre ganhava algum dinheiro ilícito para poupar ou elogiar alguém. Quando chegou à estação, uma verdadeira multidão estava com ele para assistir o confronto. O repórter parecia um cavaleiro medieval, com luvas brancas, enorme chapéu com véu, parecia uma bailarina, tinha até trejeitos. Mestre Pô, sem saber estava sentado em uma pedra, em contemplação. O repórter, não gostou, o adversário era um mendigo. Ligou o gravador, e seus colegas anotavam o que falava sarcasticamente. Grande mestre Pô, tudo bem? O mestre fez a reverência, que sempre fazia. -Mas você sendo tão famoso, não tem uma biblioteca? Não tem móvel, Não tem nada? Cadê suas coisas? Mestre pô perguntou: - onde estão suas? Mas eu estou de passagem, e o sapientíssimo respondeu: - Eu também. Mestre Pô se levantou, e de suas vestes tirou uma maçã. É o melhor presente, que ganhamos dos céus, porém, para saboreá-la, temos que ser sábios.
São três situações.
Primeira: Se estiver verde, é ácida, e lhe trará dores de estômago.
Segunda: Se estiver muito madura, estará amarga, lhe trará dores de estômago.
Se estiver no ponto, será uma delícia e levará embora suas dores.
Virou as costas e saiu.
O repórter falou:- Espere você passou uma mensagem sublime e reverenciou o mestre.
Foi este repórter que fez com que todos conhecessem a alma boa e simples de mestre Pô.
Quando morreu em seu inventário havia:
Um canivete velho, uma sandália gasta, duas batas velhas, uma navalha velha, um livro em língua desconhecida e incrível, milhares de fotos de crianças, moças, rapazes, e velhos dentro de um baú, Pressupõe-se, que foram visitas, pois seus discípulos foram proibidos de comentar a respeito.
Segundo mestre PÔ:
A melhor arma é um sorriso.
A melhor comida, mel e flores.
A melhor bebida, água e leite.
O melhor amigo, o cão.
O melhor dia, o de hoje.
O mais honesto, a criança.
A Terra é apenas o ponto, para que daqui, você escolha seu caminho.
Quando decidir, o que você quer, irá embora.
Continua.
OripêMachado
Vivia em uma caverna, devia ter de quarenta e cinco a cinqüenta e cinco anos.
Ficava horas observando um galho de árvore, onde estivera pousado um pássaro.
De repente levantava fazia reverência à árvore, e mansamente ia para outro lugar.
A princípio por curiosidade, depois por devoção, começaram a aparecer discípulos.
Às vezes alguém passava pela estrada e deixava alguma comida, o xingava e mandava trabalhar. Nas duas situações, ele agradecia com um sorriso e uma reverência. Tinha duas peças de roupa que trocava todo dia. Ao trocar, já lavava a outra, para o dia seguinte. Sua navalha era cega, então sempre estava machucado, pois rapava a cabeça e a barba diariamente. O número de discípulos aumentou tanto que teve de mudar de caverna.Aquela já não comportava tamanha quantidade de gente. Um repórter inglês, famoso desmistificador, foi visitá-lo. Era um homem de posses e sempre ganhava algum dinheiro ilícito para poupar ou elogiar alguém. Quando chegou à estação, uma verdadeira multidão estava com ele para assistir o confronto. O repórter parecia um cavaleiro medieval, com luvas brancas, enorme chapéu com véu, parecia uma bailarina, tinha até trejeitos. Mestre Pô, sem saber estava sentado em uma pedra, em contemplação. O repórter, não gostou, o adversário era um mendigo. Ligou o gravador, e seus colegas anotavam o que falava sarcasticamente. Grande mestre Pô, tudo bem? O mestre fez a reverência, que sempre fazia. -Mas você sendo tão famoso, não tem uma biblioteca? Não tem móvel, Não tem nada? Cadê suas coisas? Mestre pô perguntou: - onde estão suas? Mas eu estou de passagem, e o sapientíssimo respondeu: - Eu também. Mestre Pô se levantou, e de suas vestes tirou uma maçã. É o melhor presente, que ganhamos dos céus, porém, para saboreá-la, temos que ser sábios.
São três situações.
Primeira: Se estiver verde, é ácida, e lhe trará dores de estômago.
Segunda: Se estiver muito madura, estará amarga, lhe trará dores de estômago.
Se estiver no ponto, será uma delícia e levará embora suas dores.
Virou as costas e saiu.
O repórter falou:- Espere você passou uma mensagem sublime e reverenciou o mestre.
Foi este repórter que fez com que todos conhecessem a alma boa e simples de mestre Pô.
Quando morreu em seu inventário havia:
Um canivete velho, uma sandália gasta, duas batas velhas, uma navalha velha, um livro em língua desconhecida e incrível, milhares de fotos de crianças, moças, rapazes, e velhos dentro de um baú, Pressupõe-se, que foram visitas, pois seus discípulos foram proibidos de comentar a respeito.
Segundo mestre PÔ:
A melhor arma é um sorriso.
A melhor comida, mel e flores.
A melhor bebida, água e leite.
O melhor amigo, o cão.
O melhor dia, o de hoje.
O mais honesto, a criança.
A Terra é apenas o ponto, para que daqui, você escolha seu caminho.
Quando decidir, o que você quer, irá embora.
Continua.
OripêMachado