A guerra dos cavaleiros brancos por um coração - III (A Clareira dos Três Caminhos)
III - A Clareira dos Três Caminhos
Estavam parados no meio da clareira num silencio infinito apenas perturbado pela brisa do vento que chegava aos poucos balançando os eucaliptos, com perfume suave da primavera. A clareira abria-se em três caminhos, e a duvida não os deixaram seguir. No mapa o desenho só marcava um caminho, que no momento havia se tornado três. Sabiam eles que algo os surpreenderiam, e que quando menos esperassem os cavaleiros apareceriam, era uma armadilha, Esther num movimento involuntário apertou a mão dele entre os dedos, e soltou rapidamente seguindo pelo reflexo já treinado de pegar o arco e fecha que estavam presos nas costas, a escuridão e o silencio se impôs definitivamente, não se ouvia mais o vento... os eucaliptos não balançavam
Como um choque térmico uma flecha cortou o silencio com um zumbido, raspando no braço e a cortando levemente... Atacaram, atacaram, atacaram...
Esther e Phillip desviavam de flechas e revidavam de forma com que os membros do corpo já estavam anestesiados - resultado do antídoto que tomaram antes de sair do castelo-, não se sabia quantos cavaleiros haviam escondidos na escuridão que havia tomado a clareira num instante, choviam flechas, e o que parecia interminável acabou em menos tempo do que o coração de Phillip contava, e só terminou quando o corvo piou... As flechas cessaram. Era dias das bruxas e o toque de recolher dos cavaleiros brancos se dava ao pio do corvo.
Depois que os inimigos se foram, haviam vultos jogados nas extremidades da clareira, cavaleiros feridos, sem olhar para traz seguindo os instintos tomados pelo pulsar de seu peito Phillip acenou com a cabeça para o caminho da esquerda e começou a andar em direção a passos lentos sem pressa, Esther foi logo atrás sem nenhuma palavra, tirando do bolso um folha de açúcar e colocou sobre o braço cortado e o seguiu em silencio...