A ETERNIDADE DA ALMA
A ETERNIDADE DA ALMA
Confesso que eu vi o meu corpo deitado em uma urna mortuária, entre quatro velas acesas a me iluminar, rezas, cânticos e ladainhas a me velar.
Os amigos aproximavam-se do caixão cabisbaixos, tristes e exclamavam: parece estar dormindo falavam! Isto realmente eu estava, mas naquele momento eu não sabia que era sono da eternidade.
A minha esposa muito conformada lamentava os meus filhos descontroladamente choravam e os meus netos em suas inocências me abraçavam.
Papai e mamãe num abraço constante me amparavam. Na cabeceira do caixão estava Jesus com a sua luz a brilhar e a me abençoar. Olhei serenamente para a parede e vi a cruz que eu transportava recostada e eu não sentia mais o seu peso. Divisei nitidamente Jesus e perguntei estou sonhando? Jesus calmamente respondeu: está filho sonhando o sonho da eternidade da alma, hoje mesmo estará comigo na casa de nosso Pai.
Eu vi meu corpo descendo a sepultura e Jesus na minha mão segurava, papai e mamãe me apoiavam, minha esposa de lágrimas me molhava, meus filhos em soluços se desmanchavam e os meus netos ao meu corpo se abraçavam e no mar da eternidade minha alma mergulhava.