MORTINHA POR DECORAR ...
Trágico o ritmo do meu sorriso lado a lado com sombras e recuos. Sortilégio abalado pelo chão onde me folheio.
Rejeito um cenário de cores como quem rejeita a verdade crua, encurralada num grito.
Neste contento descontente de permitir o que não basta, sendo que não me sei sentir só na solidão da partilha, são salgadas as horas… é concreto o vislumbre da evidência resumida no gesto que não chegou a ser.
Lapidada ou moldada, deslizante como um lápis que se quer de carvão, vou desenhando passagens e sem fugir apago as pegadas quando penso para onde vou.
Não adianta perguntar! Nem eu sei se cheguei, muito menos se ainda estou.
Ninguém sabe de cor a cor da minha ausência…