MORTINHA POR DECORAR ...

Trágico o ritmo do meu sorriso lado a lado com sombras e recuos. Sortilégio abalado pelo chão onde me folheio.

Rejeito um cenário de cores como quem rejeita a verdade crua, encurralada num grito.

Neste contento descontente de permitir o que não basta, sendo que não me sei sentir só na solidão da partilha, são salgadas as horas… é concreto o vislumbre da evidência resumida no gesto que não chegou a ser.

Lapidada ou moldada, deslizante como um lápis que se quer de carvão, vou desenhando passagens e sem fugir apago as pegadas quando penso para onde vou.

Não adianta perguntar! Nem eu sei se cheguei, muito menos se ainda estou.

Ninguém sabe de cor a cor da minha ausência…

Paula de Eloy
Enviado por Paula de Eloy em 14/06/2011
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