A BORBOLETA AMARELA QUE AMAVA O CÉU (A lenda da rosa azul) Imagem AIleonardo

                                                                    Texto com áudio


Uma bela Borboleta amarela há dias voava desolada entre as flores de um bonito jardim sem lhes dar a mínima atenção. O motivo de visível desamparo era a paixão sentida pelo Céu, cujo maior desejo era beijar-lhe a face azulada de felicidade. Suas pequeninas asas a impediam de alcançar seu maior desejo. Como conseguiria ela,  frágil que sendo,  viajar ao infinito?

Ziguezagueando em voos rasantes seguia ela seu solitário destino de viver sem conseguir estar bem perto do Céu amado. E de lá do alto, o Céu, o amor pela Borboletinha correspondia.  Conhecia, assim como ela, as impossibilidades que impediam de acontecer aquela excepcional união. Como poderia ele, imensidão que era, conseguir viver o amor com aquele pinguinho de Sol alado? Havia muito mais do que a distância nessa incapacidade de amar.

Em um dia de muitas nuvens, onde o cinza roubara o sorriso do Céu, ele com o coração cheio de amor, chorou. E uma lágrima delicada azul desceu quentinha penetrando no chão fofo da Terra. Algum tempo depois, no lugar onde lágrima do Céu caíra, nasceu uma flor de beleza extraordinariamente singular. Uma rosa azul!

Era manhã de Sol claro,  voava solitária e desiludida a Borboleta amarela. Entre choros e lamentos, ela se deparou com algo realmente belo. Imaginou como pôde não ter notado antes tamanha graça entre as flores do jardim. Uma rosa azul! Era um pedacinho do Céu em flor. E pela rosa azul suas asas bateram apaixonadas.

E bem lá nas alturas, o Céu em esplendor explodia  com intenso azul jamais visto! O Céu inteiro sorria por conseguir viver o amor entre a Borboleta amarela e ele através do pedacinho do céu na Terra, a rosa azul.  Feliz, a Borboleta ficou a bailar em torno da flor amada, azul de paixão!