Mortinha por encantar ...
Brindo ao desencanto, mais ou menos, refugio-me na figura que um defunto plagiou, sopro a vela, atiço a fogueira e a paixão continua medíocre.
No vazio da distância suspendo-me pela causa de um gesto oferecido e a meia-noite permanece intacta, o meio da noite também. Pretendo atrasar-me, digo eu, e anuncio o espanto. Num socorro sem alivio, corro só, como quem se esgota na despedida e despida permanece, mas de distância, sendo assim ainda não chorou de saudade quem se fez de contente. Assim sendo volto a anunciar o espanto!
Com quantos gestos de indiferença se destrói a velha nota de rodapé onde foi escrito “para sempre…”
E depois há uma voz rouca que me chama, talvez queira saber a quem pertence, mas não ainda!