Redenção
Um anjo caído, asas abertas, espada em punho,
Na outra mão o livro da minha vida de pecados,
Dos amores espalhados e dos espinhos.
E no caminho, em minha defesa um anjo altivo,
Em uma das mãos, o relato dos meus sonhos,
Dos segredos, medos e desatinos.
Tudo foi jogado e pesado numa pequena balança,
De ferro forjado em raios vindos do desconhecido,
Debates acirrados, ânimos findos.
Veredito anunciado em coro, por anjos, condenado,
Sem direito de apelação às alturas,
Acordar e rever a minha vida foram as penas a serem cumpridas,
Levantei-me assustado como vindo da loucura,
Mesmo depois sabendo ter sido um sonho,
Todo o dia paro e penso (...) agradeço pela vida,
e que não seja breve.