MIRABELA- O amargo sabor do destino- continuação-
Finalmente Mirabela, Santiago e o senhor Ulisses chegam ao cemitério onde o corpo da senhora Albertina está sendo sepultado. E dentro do carro de Santiago os três conversam.
- Mirabela, você tem certeza do que vai fazer? Acha mesmo que consegue enfrentar esta gente toda de cara limpa?
- Tenho certeza sim, Santiago! Eu vou me entregar a policia mesmo não vou? Então por quê temeria?
Acariciando-lhe de leve o rosto, Santiago lhe diz: - Pense um pouco meu amor! Talvez você esteja se precipitando.
O senhor Ulisses que estava no banco de trás, também a adverte:
- Minha Filha! Você está mesmo preparada para enfrentar estas pessoas? Não se sabe do que esta gente é capaz. Podem até te lincharem!
- Estou decidida pai! Não importa o que estas pessoas vão dizer de mim. Quero tocar no caixão de minha mãe e ver o seu rosto pela última vez.
- Tudo bem! Eu ficarei aqui mesmo! Logo após o sepultamento pretendo voltar á Espanha, espero não ser visto aqui. Santiago, você acompanha Mirabela até o cemitério?
- Claro, senhor Ulisses irei para protegê-la!
- Seria melhor você não se expor comigo Santiago! Logo logo chegará aos ouvidos de seus pais que o filho deles esteve no sepultamento da mãe da criminosa e acompanhado da própria criminosa.
- Ora vamos logo Mirabela! Não estou nem um pouco preocupado com fofocas desta gente!
Mirabela e Santiago aproximam-se devagar, e logo são bombardeados por olhares curiosos e assustados. Porém o silencio prevalece, ninguém é capaz de lhe dirigir uma palavra sequer. Ela lentamente aproxima-se do caixão de sua mãe, o abraça e chora copiosamente. Comentários maldosos, cochichos e insinuações invadem aquelas pessoas presentes. Mas o silencio logo é quebrado por alguém que grita lá do fundo do cemitério.
- É A CRIMINOSA! A TAL DA BELA CRIMINOSA!! ASSASSINA, LADRA, ESTELIONATÁRIA. O QUE FAZ AQUI? DEVERIA ESTÁ NA CADEIA!