MIRABELA- O AMARGO SABOR DO DESTINO -CONTINUAÇÃO -
A Vida mudara muito para Fabricia que vivia depressiva e quase não saia de casa. Passava a maior parte do seu tempo trancada em seu quarto e quando adormecia era quase sempre acometida por terriveis pesadelos. Nestes pesadelos o fantasma de D.Vaggio era constante.
Certa noite ela acordava aos gritos de pavor por sentir a presença tenebrosa daquele homem aproximar-se dela com uma arma apontando-lhe, quase que apertando o gatilho. É socorrida pela mãe que entra em seu quarto muito assustada.
- Fabricia! Filha o que houve?
- Mãe, Por favor me abraça! Eu tive um pesadelo!
- Filha, Você está suando! Acalme-se!
Desesperada, Fabricia abraça a mãe totalmente dominada pelo pânico.
- Estou com muito medo, mãe! Aquele homem quer me matar!
- Calma meu amor! Eu estou aqui e aquele homem já está morto. Acalme-se que vou buscar um copo d'agua com açúcar!
Fabricia na realidade estava com a síndrome do pânico, em todos os lugares via a tenebrosa e lúgubre figura de D.Vaggio. Sua respiração era ofegante e ela vivia suando, o que obrigou os pais a procurarem um tratamento psicológico para a filha.
Passou-se uma semana, Santiago vai ao encontro de Mirabela num velho galpão abandonado onde ela encontrava-se ao lado de outras pessoas, que, assim como ela haviam sido esquecidos pela vida. E desta vez Santiago não foi sozinho, Levara alguém com ele. Ao vê-los os olhos de Mirabela brilham de felicidade.
- Pai! Santiago!
Num gesto abrasador ela corre para abraçá-los. Porém, ao mesmo tempo em que sente-se feliz com a presença do pai, Também assusta-se ao vê-lo.
- O que aconteceu gente? A minha mãe.. Ela...
-... Isso mesmo filha! Sua mãe faleceu! O enterro será daqui há meia hora!
- Queremos levá-la conosco, Mirabela! Para que possa se despedir de sua mãe pela última vez.
Com as duas mãos no rosto ela se revolta chutando e socando a velha parede numa reação descontrolada. Gritando como um animal ferido, ela desabafa.
- É mais um membro da minha familia que se vai! - Num ímpeto, chuta forte uma lata velha - Droga de vida!
O senhor Ulisses a abraça forte, tentando acalmá-la.
- Calma, Filha! Você ainda tem a mim, o seu velho pai!
- Até quando? Até a policia encontrá-lo também?
E fitando o pai bem dentro dos olhos, ela continua: - Esqueceu-se de que o senhor também é cria de D.Vaggio? Que mesmo depois de morto aquele desgraçado continua ceifando vidas?
Lentamente ela dá pequenos passos e num gesto de meditação volta-se para eles.
- Depois do enterro de minha mãe eu vou me entregar para a policia!
- O quê?
- É isso mesmo! Eu tinha esperanças de ver minha mãe com vida! Eu achava que poderia visitá-la ainda. Por isso ainda não tinha me entregado. Agora que isso já não é mais possivel, Não tenho mais o que fazer aqui.
E voltando-se para Santiago, Ela continua: - Santiago, ainda faltam vinte dias para que fique pronto o teste de gravidez que fiz, Depois você passa lá para pegá-lo, Apesar de que eu tenho certeza que estou grávida.