UM PASSEIO INESQUECIVEL

UM PASSEIO INESQUECIVEL

Éramos seis,sete casais,neste passeio, eu, fora convidado a participar, por conhecer a região, onde faríamos caminhadas pela mata,e em muitas destas caminhadas, poderiam vir a acontecer incidentes considerados como normais,mas não foi o que aconteceu...Na data combinadas, apresentei-me ao Píer onde embarcaríamos em uma escuna, que nos deixaria na Ilha para onde iríamos e lá permaneceríamos por aproximadamente uma semana...Começaram a chegar os casais, e nos apresentamos uns aos outros, enquanto enbarcávamos as nossas bagagens pessoais. A embarcação, bem sólida, tinha aproximados 30 pés, bem aparelhada, equipada com rádio,GPS,

Bom calado,mas alguma coisa estranha...percebi que a escuna tinha tão somente um bote salva-vidas,...talvez pequeno para o numero de tripulantes e passageiros a bórdo.

Mesmo assim, mantive-me com o pensamento nos casais, procurava estudar as pessoas presentes, daí a não pensar em nada que se poderia dar errado em um simples passeio de escuna, já que o tempo que permaneceríamos embarcados seria de mais ou menos de duas a três horas.

No horizonte, delineava-se ao longe, o contorno da ilha, nosso destino, e deixei de preocupar-me com meu excesso de zelo. Cada momento em que nos aproximávamos da Ilha, eu ia deixando de transparecer nervoso, daí a aproximação de uma das tripulantes, que puxando conversa comigo, deu a perceber minha preocupação, e questionou-me, em voz baixa, encostando seu corpo próximo ao meu,para falar, o que causou-me certo constrangimento, pois estando bem próxima, sua boca de meus ouvidos, pude sentir seu perfume, forte, envolvente. Como se já amigos fossemos a muito tempo, apoiou seu braço no meu,devido o balançar da escuna, e seu roçar em minha péle, me fez lembrar-me de que a muito tempo não tinha um contato tão agradável tão perto de mim, lembrava-me uma amiga que conheci em uma tarde em Salvador,na Bahia, pela sua semelhança em seu falar carregado, seu sorriso aberto e seus dotes físicos.Descrevo-a como loira, alta,olhos azuis, cabelos curtos, seios grandes, alias o que me chama a atenção em uma mulher, são os seios fartos Chamava-se Yolanda, e estava neste passeio desacompanhada, como eu.

A única diferença era que eu ,como convidado,não conhecia a todos os presentes, e também sentia-me ali, um pouco desambientado. Yolanda, compreendendo a situação, procurou apresentar-me aos demais, ela era também convidada pelo organizador do passeio, sendo o coordenador, seu primo Alfredo, Yolanda era bióloga marinha, já estivera na Ilha antes, para estudos submarinos, era mergulhadora também. Dentre os casais tinha um deles que destacava-se pela facilidade com que faziam o outros rirem, alegres, o casal logo fez amizade com Yolanda, e comigo,deixando-nos também mais enturmados. Marcos e Marisa, passaram a fazer parte das nossas conversas, ele, Engenheiro, ela, Arquiteta. Ambos se consideraram marinheiros de primeira viagem, por nunca tiverem a oportunidade de navegarem em alto mar. A Ilha , já bem próxima da chegada da escuna, apresentava-se com praias lindas, resplandecentes de sol, o que faria a felicidade de quem procurasse tranqüilidade, estar solitário, pois não avistei moradia nenhuma na praia, que passarei a chamar praia da traquilidade.

Mas como não era a praia onde poderíamos atracar, passei a observar o local para onde estávamos nos dirigindo, pelo tamanho da Ilha, ainda navegamos por bem uns vinte a trinta minutos. Chegamos finalmente ao píer, e para surpresa minha e encantamento de todos, vimo-nos como chegados a uma enseada, mar tranqüilo, onde podia-se avistar diversas enbarcações, pessoas passeando em Jet Skis , outras , aproveitando a mansuetude do mar, aproveitavam para curtir o dia ensolarado,à praia, e a beleza do local.

Ocupávamos-nos de desenbarcar nossos pertences, quando nos chegaram próximos, Alfredo, que nos apresentou ao Fernando,proprietário da pousada onde permaneceríamos quanto desenbarcados. Em um Jipe, fomos levados á Pousada, e alojamo-nos. Coube-me uma suíte, por estar sozinho, independente de que eu tenha dito de que ficaria bem em um quarto simples, acabei aquiescendo o local. Yollanda, ficou em uma outra suite próxima, e os demais, divididos em andares inferiores, mas bem instalados, já haviam hóspedes na Pousada, e assim, alojados, nossa programação foi neste dia da chegada, descansarmos , ficamos à apreciarmos o entardecer, vistos de abrolhos existentes no canto da praia

Um espetáculo magnífico de se apreciar. Diga-se de passagem em companhia de Yolanda, foi mais bonito ainda.

No dia seguinte, ao amanhecer, a natureza se nos ofereceu outro espetáculo, o nascer do sol, em toda sua plenitude. Estávamos deslumbrados, Todos os nossos companheiros, estavam a assistir este milagre da natureza, quando um fato nos chama a atenção... Uma fumaça densa, pelos altos da ilha, assusta os moradores e turistas, brigadas de incêndio se formam, distribui-se serviços, equipamentos e comunicadores. Ofereço-me para acompanhá-los, no que fui aceito, pela minha experiência em mata fechada, pelo tamanho da Ilha, aí então começa o inesquecível “passeio” que redijo para você, leitor...

Formamos grupos avançados de acordo com os presentes, e avançamos em direção a torre densa de fumaça, avistada da praia. Em sentido de aproximação, fomos caminhando por trilhas, antes para passeio, usadas para caminhadas, até o ponto que não mais poderíamos avançar, passamos então a usar nossos facões para abrir picadas meio a mata, até a origem da fumaça. Cada avanço, a respiração mais forçada, a caminhada mais difícil, até o ponto em que, ao entrarmos em uma ravina que nos deu acesso a uma clareira já queimada. Via rádio, informamos à base (montada na Pousada) da real amplitude do fogo e passamos as coordenadas, para equipes em terra de combate a incêndio, para que aviões apropriados (dos utlizados em incêndios de grande porte) jogassem água em abundancia no foco principal do fogo. Equipes , também via rádio controlavam a róta dos aviões, e o fogo foi debelado em poucas horas.

No retorno à praia, pude perceber antiga construção abandonada em meio à mata, o que me chamou a atenção foi que não havia trilha ou caminho até o local. Decidi-me a retornar àquele local em oportunidade próxima.Na caminhada de volta, perguntei sobre a construção a um antigo residente da Ilha, e o mesmo disse que sendo ele já de idade avançada, sempre ouvira falar que um povo havia a muito tempo construído um casarão, mas os moradores , com o passar dos tempos, foram indo embora, ou morrendo, até queda família que ali morava, restaram um casal, que decidiram mudarem-se

para o continente, abandonando de vez o local. Nunca mais falou-se do local, da casa, e agóra, estava eu ali, “ressuscitando” o assunto da casa. Não era para se haver, pois na Ilha aquele pedaço de terra era esquecido pelos moradores...Um ar de mistério envolvia as palavras do bom velho que narrava-me a respeito do casarão da Ilha. Que pediu-me para mudar de assunto.

Perambulei pela área próxima ao vilarejo do píer, colhi informações, e resolvi comentar o assunto com minha amiga Yolanda, e ela resolveu me acompanhar em minha empreitada, com promessa de uma aventura. Consultei a alguns dos casais, do desejo de acompanhar-me e a Yolanda, e comentamos com o organizador do passeio, tendo ele, Alfredo, achado interessante fazermos uma caminhada até o local.

Combinamos para o dia seguinte, e fomos todos prepararmos os equipamentos apropriados que necessitaríamos nesta empreita, tais como cordas, lanternas, roupas apropriadas, ferramentas, enfim, tudo o que nos parecia de alguma utilidade, e os colocamos em mochilas, par melhor transporte até o local. Iniciaríamos assim, bem cedo esta “aventura” à casa abandonada, nesta Ilha “misteriosa”, e encantadora, pela sua beleza nativa.

Mais um fim de tarde. Yolanda, aproximando-se de mim, vinha a procura de companhia, pois encontrava-se solitária,precisava de um ombro amigo...abracei-a,seus olhos úmidos não escondiam o choro, que aflorava-se com o abraço, e , neste clima, procurei teus lábios, beijando-a com amor, sendo correspondido, e sem percebermos estávamos nos procurando, tal a carencia de carinho que nós,procurávamos nos braços do outro.

Palavras trocadas, sussuros, carência de ambas as partes, procuramos nos conter tal a fúria incontrolável de nossa arrebatadora paixão explodida.

Fomos para nossos aposentos, depois de arrufos, afagos, beijos acalentadores e a explosão de desejo de sexo. Combinamos nos ver em minha suíte, pelo fato da mesma ficar em local mais afastado dos demais, e recolhi-me à suíte, preparando um banho, estava secando-me quando leve batida á porta fez-me voltar meus pensamentos à realidade. Abrindo a porta, deparei-me com Yolanda, envolta em um roupão, linda, cabelos ainda úmidos, suavemente perfumada, o mesmo perfume que usava quando da primeira vez estive tão próximo. Afastei-me,dando-lhe passagem, e ela, estendeu os braços, envolvendo-me num abraço desejoso,me beijou.Ficamos abraçados, como se não existisse mais nada em nosso redor, fechando a porta com os pés descalços, Yolanda tira seu roupão,deixando-me vislumbrar que nada mais além de uma calçinha ela usava, Seu corpo estonteante, seios volumosos e mamilos endurecidos, exaltava todo o seu desejo por mim.

Abraçados estávamos, e em trocas de beijos ardentes. Fomos para o quarto, amamo-nos e assim, passamos a noite amando-nos. Já amanhecia quando finalmente os primeiros raios do sol atingiram nossa janela, já era hora de levantarmos, Yolanda foi para seu quarto e eu depois de um banho reconfortante, desci ao salão do café.

Encontrei os companheiros em uma conversa animada,todos prontos para o passeio a casa, aguardávamos a chegada de alguns retardatários, enquanto isto, fui inspecionas os equipamentos, não deixando também de verificar as lanternas e pilhas, sinalizadores, etc. No momento que verifcava os detalhes, estando com a atenção voltada, Yolanda chegou-se por minhas costas, abraçou-me e me beijou, vi que estava bem, mais disposta, sem vestígios de sentimentalismo, cheia de amor. Outros também perceberam, apenas sorriram,compreendendo que entre nós havia um certo relacionamento, afinal eles estavam com as respectivas esposas, eu solteiro,e Yolanda, bem deixemos isto de lado,devemos aproveitar em curtir nosso passeio,o resto fica pra depois...

Julio Piovesan

21/03/2011