O Mundo de Libellule

Não cheguei à conclusão se o mundo de Libellule é bonito. É diferente.

Onde se olha se vê artes, estátuas, monumentos, e obras onde expressam totalmente a felicidade do artista. Se ouve vozes melosas entoando lindas melodias, seres observando e escrevendo.

Não é um mundo cheio, poucos seres povoam .Seres lindos,cada um com algo marcante, sejam seus olhos, sua boca, seu corpo, sua cor, seu cheiro. Cada ser é diferente e belo a seu modo.

Vê- se os seres apressados,não de uma maneira ruim, eles estão apressados, porém felizes.

É um mundo bem simples, todos têm onde morar, mas ninguém está preocupado com coisas materiais, ninguém se preocupa se sua moradia é melhor do que a do outro, ninguém se preocupa em ter um meio de transporte extravagante, ninguém se preocupa com essas coisas supérfluas.

E eles tem motivo para isso, eles não se preocupam com bens materiais, porque todos tem algo mais precioso para se preocupar, eles se preocupam em buscar sua felicidade.

No mundo de Libellule as pessoas nascem em casulos, ficam neles até atingirem a fase adulta,onde sua metamorfose está completa, quando saem de seus casulos todos tem exatamente trinta dias para viver, para buscar algo qual a faça feliz. É uma corrida contra o tempo.

Muitos seres encontram sua felicidade na arte, na musica, na escrita, no conhecimento.

Mas a maioria encontra um motivo para ser feliz em outro ser, encontra a felicidade em um amor, em um companheiro. Trinta dias com alguém que se ama é uma eternidade.

Libellule completou sua metamorfose, ela começara sua corrida em busca de algo que a faça feliz.

Libellule ouve uma voz suave e incomparável, uma voz que arrepia até a alma, Libellule se sente feliz com aquilo e vai atrás de voz tão magnífica, encontra alguém produzindo aqueles sons maravilhosos e vê que esse ser está feliz com isso. Libellule tenta encontrar a felicidade na música, fica alguns dias tentando se comparar ao ser que conseguia ser tão maravilhoso. Libellule percebe que ainda sente um vazio dentro de si. A música conseguiu dar paz a ela, mas não trouxe a felicidade plena que ela procura.

Libellule decide ir atrás de outra coisa, anda alguns dias e vê pessoas moldando, esculpindo, transformando nada em arte, Libellule se maravilha com aquilo e acha que encontrou a felicidade. Começa a pintar, desenhar, esculpir, modelar, construir, inventar.

Passou dias e Libellule ainda sente o vazio. Libellule está em conflito consigo mesma, pois ela não encontrará a felicidade, não encontrará o motivo por sua vida, não encontrará algo que consiga dizer que sua vida valeu à pena.

Sentindo algo que não imaginava, Libellule estava triste, começou a colocar em folhas tudo o que estava sentindo, começou a escrever, inventou poemas e descreveu seus conhecimentos adquiridos em seus dias.

Libellule andando por seu mundo começou a observar os casulos, começou a ver os seres saindo de seu ninho em busca da felicidade. Libellule no momento que olhou um ser que havia completado sua metamorfose soube o que era felicidade, atração, paixão. Foi amor a primeira vista. E era recíproco.

Libellule tinha apenas mais um dia de vida.

Libellule aproveitou esse dia, mostrou a musica, mostrou a arte, mostrou os poemas. Mas agora ela não estava sozinha, ela reviu tudo isso acompanhada, agora ela estava completa.

Libellule aproveitou cada instante da sua vida.

Libellule voltou para seu casulo e foi embora sorrindo.

Beta Leite
Enviado por Beta Leite em 21/03/2011
Código do texto: T2861546