Mirabela- O amargo sabor do destino - Continuação -
Mirabela aproxima-se do quarto e com um chute certeiro abre a porta bruscamente já com a arma apontando em direção á D.Vaggio, que encontrava-se deitado em sua cama sob as massagens de Fabricia. Esta ao vê-la, corre em sua direção.
- Mirabela, que bom que você veio, ele está planejando me matar!
Segurando firme a arma, agora com as duas mãos, ela se dirige a Fabricia num tom agitado.
- Quando a mamãe me falou do seu desaparecimento eu logo imaginei que estivesse aqui, Fabricia.. - E ela continua, sem tirar os olhos de D.Vaggio, e com a arma o tempo todo apontada para ele.
- Sai daqui agora Fabricia! Corre e não deixa que te vejam. Lá na frente tem um carro preto estacionado, entra nele e me espera!
Fabricia de pronto obedece ás ordens de Mirabela e logo se afasta correndo. Enquanto que com os olhos dominado pelo ódio e as duas mãos firmes na arma, ela se dirige á D.Vaggio.
- Agora somos nós dois, maldito!
Ele que se levantara da cama assustado, tenta dialogar com ela, talvez como numa maneira de negociar a sua própria vida. E vestindo lentamente o roupão branco, lhe diz:
- Calma garota! Você não é assim, não tem esta violência toda.
- E você acredita mesmo nisso?
- Mirabela, meu amor, vamos conversar, não foi bem isso que eu te ensinei lembra?
Ah, não? e o que foi então? a ser uma moça boazinha e a só fazer o bem! foi isso? RESPONDE DESGRAÇADO! FOI ISSO?
Pela primeira vez na vida, D.Vaggio encontrava-se transtornado e com muito medo. Sentia-se totalmente abandonado. Ele que sempre estivera cercado por capangas á lhe darem cobertura, ele que sempre brincou com a vida das pessoas indefesas, agora se via alí. Entregue ás mãos de Mirabela, uma mulher disposta a matá-lo, uma mulher que não lhe pouparia a vida, mesmo que ele implorasse. E o pior, seria morto por sua própria "cria". Ou seja, por uma mulher que ele mesmo a ensinou a matar.