LEMBRANÇAS DE ITABERAÍ -8 (Vovô e o Saci 1)
O SACI PERERÊ DO VOVÔ JOÃO CALDAS
PARTE 1
Em Curralinho não há ninguém que não conhece essa estória. Houve até gente do exterior com o bolso recheado de dinheiro nobre que ousara a compra do neguinho. A fama é que ele era um amuleto para ganhar dinheiro. Mais muito dinheiro mesmo, um montão. Logo que o Coronel receberá a sua honrada patente, fazia uma das suas diárias visitas à chácara que ficava um pouco pra cima do Rio das Pedras. Ainda não havia a ponte naquele local e era ali a passagem de boiadas, viajantes e toda a novidade que demandava a Velha Capital. Na época da seca, era tão raso o rio que dava até para atravessá-lo a pé.
Meu avô sempre o fazia em sua imponente charrete puxada por dois cavalos de cores constratante e sempre bem aparados. Numa dessas passagens enxergou algo vermelho no buraco em um dos galhos da velha gameleira. Muito curioso desceu da charrete, amarrou os cavalos dentro dágua e foi ver do que se tratava. Ao se aproximar sentiu um forte cheiro de fumo, mercadoria da qual era comerciante, mas desta vez não consegui pelo cheiro identificar a safra do produto. Quando olhou dentro buraco levou um baita susto o neguinho de Gorro Vermelho, também assustado, num salto pulou do buraco começando a correr “mactolamente” do meu avô que o chamou:
Goiânia, 01 de agosto de 2008.
CONTINUA PARTE 2