Sangue de Dragão - Cap. 32

--- Tarlius Mostra Suas Capacidades ---

Vinda de Grennmória, a comitiva de do mago Arlam Fucalt chega ao forte Ulsther por uma segunda entrada, às margens do rio vermelho. Ele foi recebido na sala de comando.

---- Seja bem vindo Arlam --- saudou Gunta sorridente ---- Chegou atrasado, a luta já começou.

---- Me admira você não esta nela meu amigo, já que está recuperado dos seus ferimentos --- respondeu Fucalt.

---- Realmente gostaria muito de estar lá fora combatendo ao lado dos meus companheiros centauros. Mas tenho ordens do próprio Gai-Khan para escoltá-lo. Já destaquei um grupo para isso.

---- Agradeço muito Gunta --- disse Fucalt olhando para a lua ---- Se a profecia estiver correta. Se eu não interpretei a data com imprecisão, hoje devemos estar muito atentos ao céu a nossa volta. O grande desafio vem do ar meu amigo, vem do ar.

“Espero que esteja certo velho mago” pensou Gunta enquanto contemplava as estrelas por uma janela.

Do lado de fora a batalha continuava. Centauros e magos travavam uma luta acirrada, enquanto isso um grupo de magos centurianos e soldados corriam em direção ao forte tomado pelo inimigo. Liderando este grupo estava Tarlius, tenente da centúria, e ao seu lado estava Azura. Eles tinham passado pelo meio da formação de centauros e tinham como objetivo chamar a atenção dos arqueiros elfos, que já estavam causando muitos estragos.

Posicionando seu poderoso arco, Lantara, a líder do esquadrão de arquearia, deu sua ordem:

---- Muito bem companheiros! Vamos causar algum estrago, preparem suas flechas! Mostraremos que também sabemos manipular o fogo!

Toda linha de arqueiros se prepararam esticando seus arcos com flechas especiais, carregadas com o elemento fogo.

Se deslocando pela planície, Tarlius visualizou os arqueiros apontando suas flechas.

---- Preparem-se para as flechas! Ao meu sinal, posição aleatória! --- gritou Tarlius. Eles ainda estavam a duzentos metros do forte. Tinham muito a percorrer e precisavam manter-se vivos.

Lantara deu o primeiro sinal. Uma chuva de flechas foi disparada. Em pleno ar elas adquiriram a forma de pequenos cometas de fogo, impressionando as tropas inimigas.

Tarlius arregalou os olhos. Aquela mágica era diferente. Ele deu também seu sinal. O grupo desfez o bloco e se dispersaram, assumindo posições aleatórias e correndo em zigue e zague, para dificultar serem atingidos. Mesmo assim, o resultado não foi como esperado.

Os mísseis de fogo atingiram o solo com violência, explodindo com o impacto. Muitos soldados e magos caíram depois desse ataque. Mas a tropa conseguiu manter o avanço. Tarlius visualizou o fosso repleto de água que passava em frente ao forte. Precisava chegar até a água. Para isso se aproximou de Azura.

Mais flechas foram disparadas. Os soldados colocavam seus escudos para se defenderem, e os magos usavam as magias que conseguiam lançar com rapidez, mesmo mantendo o deslocamento, o que era muito difícil para os novatos.

No meio da corrida Tarlius se aproximou de três soldados e pediu cobertura. Os guerreiros obedeceram posicionando seus escudos de forma a defender o avanço do centuriano. Azura seguia logo atrás, acompanhado pelo restante do agrupamento, ainda em formação aleatória.

Notando a manobra defensiva de Tarlius, a elfa Lantara resolveu acabar com o seu avanço. Preparou duas flechas ao mesmo tempo e disparou-as com precisão. Ao se transformarem em dardos de fogo, elas se uniram, criando uma grande bola de fogo.

---- Tarlius, cuidado! --- gritou Azura. Tarlius olhou para cima e teve apenas dois segundos para se esquivar. Foi o que ele fez. Empurrou os soldados e saltou para o lado.

O míssil de fogo ampliado atingiu o solo gerando uma grande explosão. O impacto arremessou os soldados a uns três metros de altura e cinco de distância, e gerou uma cratera fumegante no local. O que restou da tropa, uns quinze membros, continuou o avanço com coragem. Mais uma saraivada de flechas e tudo acabaria.

Os elfos observavam a determinação dos oponentes. Prepararam mais um disparo. Desta vez acabariam com as esperanças tolas dos humanos. Mas os magos ainda tinham uma última carta na manga.

A apenas dez metros do forte, e do seu principal objetivo, o fosso que cercava a fortaleza, Tarlius deu suas ordens.

---- Magos de fogo comigo! Magos de terra, destruam o portão principal! O restante faça a escolta! --- Assim, Tarlius, Azura e mais três magos partiram numa direção, enquanto que um único centuriano saiu em direção ao grande portão de madeira do forte, acompanhado por quatro soldados.

“Mesmo totalmente indefesos, esses magos ainda dividem suas forças numa manobra louca” pensou Lantara.

---- Disparem ao meu comando! --- disse.

Embaixo, Tarlius de repente parou de correr e fez um sinal para que o restante continuasse.

---- Concentrem sua magia nos elfos da muralha! Vou lhes dá cobertura! --- ordenou, enquanto se concentrava no fosso.

Tarlius é um mago do elemento água. Ele liberou sua técnica mais forte.

---- CASCATA DE ÁGUA REVERSA!

Não acreditando nos seus olhos, Lantara viu a massa de água do fosso subir na forma de uma imensa cortina líquida, chegando a passar mais de dois metros por cima dos seus arqueiros. Eles perderam a visão.

Azura e os demais magos do elemento fogo estavam concentrados com bolas de fogo nas mãos. Entendendo o plano de Tarlius, aguardavam o momento certo.

---- Atenção! Agora! --- gritou Tarlius, que desfez a magia fazendo com que toda a água despencasse ruidosamente. Azura disparou sua bola de fogo, seguido pelos demais.

Surpresa e sem reação, Lantara viu as bolas de fogo explodirem em cima da muralha, levando a vida de muitos elfos.

MiloSantos
Enviado por MiloSantos em 07/02/2011
Código do texto: T2776782
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