Mirabela- O amargo sabor do destino- continuação-

... continuação do capitulo anterior.

Com as mãos fracas e trêmulas, a senhora Albertina ergue o braço em direção á Mirabela. E com uma voz embargada a chama:

- Filha, venha aqui!

Ela corre em direção á mãe: - O que quer, mãe?

Soluçando muito, a mãe também chora pedindo-lhe perdão:

- Me perdoe, Mirabela! se puder, me perdoe, por favor!

Mirabela abraça-a e carinhosamente, lhe diz: - quem tem que lhe pedir perdão sou eu! eu sim! Vê no que me transformei? em uma bandida foragida!

A mãe fita-lhe um olhar sábio e atencioso. E balançando a cabeça lentamente, conclui:

- Você não tem culpa de nada, filha! Você nunca teve culpa de nada e eu sempre soube disso! Armaram uma cilada para você, não foi?

Ela e Santiago entreolham-se e sem entender nada, Mirabela franze a testa em sinal de dúvidas, depois volta-se para a mãe, curiosa.

- O que quer dizer, mãe? O que sempre soube?

- Eu sei que um tal D.Vaggio a sequestrou obrigando-lhe a trabalhar para ele, não foi? Sossega o teu coração, filha! Eu te abençôo e sei que o mal não pesa mais sobre tí!

Mirabela conserva-se pensativa, depois volta-se para a mãe acariciando-lhe os cabelos e conclui.

- O meu pai esteve aqui, não?

- Ele esteve sim! mas não foi ele quem me contou!

- mas, e então?

A senhora Albertina bate de leve na ponta da cama pedindo-a que sente-se ao seu lado.

- É melhor você se sentar, a conversa será longa!

Mirabela então, senta-se ao seu lado cheia de curiosidade. E ela prossegue com sua voz fraca e sacrificada..

...continua no próximo capítulo.

greice
Enviado por greice em 27/01/2011
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