O mago [ I ]
Mario é apenas um camponês, vive num recanto isolado do reino de Val, sua casa é de madeira barata e suas roupas são esfarrapadas, trabalha com o pai de sol a sol, não tendo descanso nem para subir no topo do rochedo Melvin, ele adora a visão, contudo faz algum tempo que ele não volta lá.
Seus pais são muito prestativos, e sua família é um pouco incomum, ele é filho único, algo raro na região, ele não liga, é mais amado que qualquer outro garoto. Contudo, por ser tão querido seus pais, eles têm muito cuidado com Mário, não o deixam sair por muito tempo sozinho, dizem que os seres negros voltaram a aparecer, dizem que o mundo não é mas um lugar seguro. No entanto Mário sempre consegue dar suas escapadas, e foi numa dessas que nossa historia começa.
Após um intervalo do campo para o almoço, Mário sai em disparada pela floresta em direção ao rochedo. Quando chega lá está ofegante, mas ele não reclama, a visão do topo é magnifica, da para enxergar sua aldeia.
Então ele escala ate o topo. Quando chagou, teve uma surpresa, lá já se encontrava uma pessoa, ele estava vestido numa túnica azul, não devia ter mais que quarenta anos, mas já trazia nas mãos um cajado branco, com uma espécie de faixa dourada circundando-o.
– olá Mário. – ele disse encarando o garoto – faz tempo que eu não te vejo!
Desconcertado, Mário o olha com desconfiança.
– você por acaso me conhece? – pergunta curioso.
– É claro meu jovem, apesar de não o ver já faz algum tempo! - responde o outro com entusiasmo.
Com um pouco mais de confiança Mário faz outra pergunta:
– Você por acaso é um mago?
O estranho sorri, bate o cajado no chão, fazendo farias faíscas elétricas surgirem, elas se juntam e formam a palavra “sim”.
– Sou sim, um mago tipo elétrico! – fala depois que a palavra desaparece. – gostou da minha demonstração?
– Você não precisava fazer isso, bastava apenas dizer, que eu acreditaria. – Mário respondeu resmungando, pois se assustou com a ação do mago.
O mago sorri novamente.
– você é realmente parecido com seu pai, sempre resmungando.
– De onde você conhece meu pai? Ele é apenas um homem do campo, nunca saiu da aldeia, como pode conhecer um mago?!
– Acho que você deve está cometendo um equivoco - o mago falou, pela primeira vez, ele perdia o sorriso – me diga uma coisa, por acaso você já esta pronto pra partir?
– Partir? Partir para onde?
– Droga, ele não contaram!
- Não contaram, não contaram o que?
– Olhe Mário, você tem que vim agora comigo, caso contrario seus pais adotivos estarão correndo um grande perigo.
– O que?! – Mário exclamou surpreso.
Mal Mário proferiu essas palavras, ouve um estrondo, depois uma cortina de fumaça subiu da aldeia, ele e o mago se voltaram. A fumaça vinha da casa do garoto.
– Droga, eles já chegaram! – o mago disse em tom serio.
Continua...