Mirabela- O amargo sabor do destino

D.Vaggio estava agora mais complacente com Fabricia. Mesmo não tendo descartado a idéia de assassiná-la, temia alguma reação surpresa da mesma. Passou então a tratá-la com mais paciência. Vivia pedindo-a que lhe fizesse umas massagens.

E enquanto Fabricia lhe fazia uma massagem nas costas tentava matar sua curiosidade.

- D.Vaggio, o senhor não tem medo que Mirabela e alguns daqueles que estão presos entreguem o seu esconderijo á policia?

Com um sorriso irônico, ele lhe responde: - Eles não seriam tão burros a este ponto, entregar á mim é entregarem a sí mesmos!

- Mas, e os que já estão presos? não têm nada a perder mesmo?

E virando-se lentamente para encará-la dentro dos olhos ele lhe responde:

- Menina, aprenda! ninguém ousa desafiar á mim! Se um deles me entregam, já sabem que pagarão com a própria vida. A familia D.Vaggio espalhada pelo mundo, não deixaria nenhum deles sair com vida!

- Mas, poderia ser uma denúncia anônima!

- Mesmo assim! uns pagariam pelos outros! A familia liquidaria com todos aqueles que de uma forma ou de outra se afastaram de mim!

- Mas, e se estes forem inocentes?

- Ainda assim! como vai-se saber quem foi o denunciante?!

Ele então levanta-se e vestindo o roupão de lã, continua:

- Fabricia, comigo ninguém leva a melhor! Todos os que tentaram me destruir, só se estreparam! E depois, eu sei quantas pessoas sabem deste meu esconderijo. Se a policia me descobre aqui, todos os que sabem deste esconderijo vão morrer!

E amarrando o roupão ao mesmo tempo que calçava os chinelos, ele continua:

- Inclusive você!

Ela abraçando-o pelas costas, muito melosa lhe diz:

- Eu? mas eu não faria isso! Por quê arrastar um vampiro para a luz do sol?

E dirigindo-se ao barzinho da sala, ele pega uma das garrafas de uisque e enquanto deposita uma porção na taça, encarava-a com um leve sorriso irônico.

greice
Enviado por greice em 23/01/2011
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