Mirabela- O amargo sabor do destino- continuação-
Meia hora depois, Fabricia estava diante de D.Vaggio. Quase desmaiada de tanto cansaço. Em sua frente o homem fumava o seu charuto, enquanto circulava encarando-a de leve.
Ele faz sinal com a cabeça para que o seu motorista se retire. E quando encontra-se a sós com ela, ela aperta-lhe com muita força as bochechas e em seguida dar um leve tapa em sua face.
- Escuta aqui, sua infeliz! Você acha mesmo que pode me fazer de idiota? Acha que está lidando com quem? com aquela gente miserável da sua cidadezinha é?
E afastando-se, ele volta novamente para cima dela, aplicando-lhe seguidos tapas no rosto e puxando-lhe os cabelos com muita força, diz: - Sua malandrinha metida a esperta, você nunca mais vai sair daqui! Será que você não entendeu ainda que aquele que descobre o esconderijo secreto do grande e poderoso D.Vaggio, nunca mais será livre? - E ele prossegue gritando muito alto- VOCÊ NÃO ENTENDEU AINDA? SUA BURRA!!!
D.Vaggio para por um momento ao ouvir o chamado de André, o motorista. Ele afasta-se e segue em direção á pequena sala em que este se encontra.
- O que quer, André? não percebeu que estou ocupado?
E falando muito baixo, André o adverte:
- Chefe! eu o aconselharia a pegar leve com a moça!
- O que é isso? está me dando ordens?
- Não senhor! Esta moça já mostrou que é perigosa! Se ela tentou fugir desta vez, tentará outras vezes. E se numa destas fugas, ela consegue chegar até a policia?
D.Vaggio permanece pensativo por alguns segundos. E amassando o seu charuto no cinzeiro, ele dirige-se novamente á André.
- O que você me aconselha?
- Ou o senhor finge-se de bonzinho e arrependido. Ou... o senhor.. dar um sumiço nela.. se é que o senhor me entende!!
D.Vaggio dar um leve e cordial tapinha no ombro de André.
- Sabe, rapaz! você está certo! Vai que dar um azar e esta pilantrinha consegue fugir. É isso mesmo! Primeiro eu a convenço a ficar por aqui, e depois.. Bom, depois eu vejo o que fazer com ela!