Mirabela- O amargo sabor do destino- continuação-
Os dias sempre pareciam cor de rosa para Mirabela e Santiago.
As noites eram como cristais a brilhar na vida dos dois. As tardes eram sublimes, o amor se excedia cada vez mais em seus corações.
Cada amanhecer era mais um sonho que se realizava, a alegria se fazia presente e ocupava um enorme espaço naquelas vidas dantes obscuras pelas marcas da dor.
O tempo lépido, ultrapassava todos os limites e barreiras. Ou quem sabe, talvez fôsse tão lento como o rumor dos oceanos.
Santiago e Mirabela estavam vivendo uma fábula, onde o amor reinava e a chama que inflamava em seus corações era apenas uma, ligando os dois aos delirios de uma paixão tão avassaladora. Onde o amor timidamente aproximava-se lento, suave e terno e encontrava refúgio em suas almas.
Restava nos dois a esperança, mesmo que fôsse apenas o resto, restos de esperanças que davam a impressão de transbordar muito além da penumbra dos oceanos.
E foi carregando consigo toda esta felicidade, que Santiago chegou em casa.
- Santiago, espere! A Lindamar esteve aqui!
Ele apenas olha para a mãe. Está tão feliz que parece bêbedo, mas por quê não considerá-lo realmente bêbedo? Afinal o que é a felicidade? senão um eterno estado de embriaguês!
E com um leve sorriso, ele balança lentamente a cabeça e segue subindo lentamente as escadas como que guiado pelo vento, dando a impressão de flutuar.