Mirabela- O amargo sabor do destino - continuação-
E na casa de Fabricia, havia alguns dias que seus pais estavam desesperados sem saberem noticias da filha. Sua mãe, a senhora Paroquisa chorava todos os dias, já não conseguia mais se concentrar em seu trabalho no bar que mantinha com o espôso, o senhor Ananias. Este, estava preocupado, mas sua preocupação era consciente, afinal ele conhecia muito bem as atitudes da filha.
E enquanto a espôsa andava de um lado a outro sem parar, este mantinha-se quieto, sentado em seu canto.
- Você não se mexe! Nossa filha desaparecida há quase duas semanas e você nem para acionar a policia!
- Para que ocupar a policia com uma situação que já está quase solucionada?
- Como solucionada? ficou louco? A nossa filha desapareceu! acho que você não percebeu ainda a gravidade da situação!
O senhor Ananias levanta-se, põe o jornal que estava lendo em cima da mesa e dirige-se á mulher calmamente.
- A nossa filha não desapareceu, ela fugiu, é muito diferente! Nada me tira da cabeça de que ela foi ao encontro da tal da Mirabela e esta a seduziu para a vida miserável do crime juntamente com ela.
Ao ouvir aquilo, a mulher se irrita, afinal, para ela Fabricia não passava de uma mocinha inocente.
- Ananias, você tem noção do que está dizendo? está acusando nossa filha de criminosa, é isso? está querendo comparar a nossa filha com a bandida da Mirabela? Lave a sua boca antes de falar na minha filha!
- Não seja boba, Paroquisa! Fabricia andava muito alegrinha ultimamente. Eu tenho certeza de que ela está com aquela Mirabela. E digo mais: ela mesma pode ter se oferecido para entrar para a criminalidade. Mesmo sendo uma criminosa, Mirabela não pode levar a culpa sozinha, sei muito bem a filha que tenho.
- Eu desisto de falar com você Ananias! você parece que tem uma pedra no lugar do coração!