Horacio e Bento

E chega o dia de seu enforcamento, Horacio, o pior bandido de todo vilarejo, mas ele planeja uma fuga com seu companheiro de cela, Bento, o segundo pior. Os dois foram julgados e condenados a morte, mas se julgam inocentes. Afinal, qual não o julga.

- E ai, Horacio, como vamos fazer?

- Não sei Bento, não sei. Nada me vem, nenhuma idéia...

- Nos temos que sair daqui, podemos tentar cortar as grades, estourar, não sei, mas temos que sair daqui... me de sua mala, Horacio, vamos ver o que temos para no tirar dessa prisão... Uma lima!

- Muito pequena.

- Acido!

- Muito pouco.

- Uma granada!

- Muito barulhenta.

- Diamante!

- Nem vou responder.

Neste momento o mesmo tem uma idéia:

- Uma faca! De-me uma faca, Bento.

- Como é que é? vai dar uma facada nas grades?

- Cale a boca e me de logo a faca.

- Mas qual delas vai querer?

- Aquele punhal de cabo de couro de cobra, adornada com ouro.

- Justo ela, minha queridinha...

- Passa logo essa faca.

- Aqui está, mas o que vai fazer?

Horacio pega do punhal, este tinha uma ponta afiada e fina com o qual tenta usar como chave para abrir a fechadura da cela. Mas a ponta se quebra dentro.

Na mesma tarde, os carcereiros vieram abrir a cela, mas a chave não entrava de jeito nenhum e as grades eram tão resistentes que ninguém poderia a derrotar, então Horacio e Bento gabaram-se dizendo que não poderiam ser enforcados. Mas ganharam prisão perpetua.

Ana Júlia Marcato
Enviado por Ana Júlia Marcato em 02/01/2011
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