Sangue de Dragão - Cap. 19

--- A Magia dos Defensores é Liberada ---

Yrta estava de pé olhando a sua volta com atenção. O sangue de dragão com o qual estava lutando se esgueirou pela mata. O elfo sabia que ele estava esperando o momento certo para atacar. O ataque poderia vir de qualquer lado. Os sangue de dragão são bons em emboscada.

---- Não vou perder meu tempo com você, maldito. A magia dos meus olhos élficos desvendará seu esconderijo.

Os olhos de Yrta se modificaram. Suas pupilas aumentaram de tamanho e as árvores a plantas ficaram translúcidas. Era a Visão Penetrante, um dos poderes oculares dos elfos. O sangue de dragão foi facilmente descoberto atrás de uma árvore, agachado e pronto para agir.

---- Sinta a magia de Greenmória --- disse Yrta. Sua espada começou a fumegar, não de calor, mas de frio, um poderoso frio que congelou a grama próxima. Com um movimento rápido, Yrta tocou o solo com a ponta da espada.

---- ESPINHOS DE GELO!

A magia de Yrta formou um caminho de gelo pontiagudo que se estendeu velozmente até a árvore onde estava escondido seu oponente. A plante foi totalmente congelada, cada uma de suas folhas virou cristal de gelo.

Percebendo o perigo, o sangue de dragão saltou a tempo de não ter virado um bloco de gelo junto com a árvore. Mas para sua surpresa, a árvore se estilhaçou completamente e o elfo surgiu a sua frente, pronto para desferir um corte mortal.

Num ponto próximo dali um segundo elfo tem seus braços e pernas cortados pelas garras do sangue de dragão, que também sangra bastante na barriga, costas e braços. A luta entre os dois é feroz e acontecia a curta distância.

Aproveitando um bom momento, o elfo consegue afastar o sangue de dragão com um chute lateral. Percebendo a oportunidade, ele arremessa a espada no ar e junta as mãos num forte estalo, evocando sua magia.

---- ESPADA FANTASMA!

Ainda no ar, a lâmina da espada brilha, mostrando algumas runas desenhadas, e se divide em duas. Agarrando o cabo de uma delas, o elfo parte para o combate enquanto a outra espada o segue por cima. Com um gesto de mão, a espada que estava flutuando aumenta a velocidade e chega primeiro ao sangue de dragão.

Esquivando por um triz, o sangue de dragão tem seu peito cortado profundamente pela lâmina voadora. Passando por ele, a espada finca-se numa árvore. Urrando de dor, o garoto coloca a mão sobre o corte no peito, que sangrava muito. Esse leve descuido foi suficiente para a aproximação do seu guerreiro élfico.

---- Essa técnica mágica não apenas duplica minha espada, mas também a torna muito mais afiada. Agora é o seu fim demônio!

A aura que cobria o corpo de Orogi foi sumindo aos poucos até desaparecer por completo. Gunta resolve testar seu oponente e parte para o embate.

O experiente Licantropo lutava com extrema perícia marcial. Para cada golpe que Orogi desferia, recebia dois em troca que atingiam várias partes do seu corpo, inclusive seu rosto. Apesar da velocidade de Orogi, seu esforço era inútil, e por mais que tentasse sua fúria não conseguia se sobrepujar à técnica de luta de Gunta. Até que chegou o inevitável.

Gunta encurralou Orogi entre duas imensas raízes de uma árvore. Sabendo por experiência própria que os sangue de dragão possuem uma grande resistência física, Gunta desferiu, em meio a tentativas vãs de Orogi em acertá-lo, três poderosos golpes no pequeno garoto, fazendo-o quase desacordar. Orogi estava de joelhos, ofegante.

---- Juro pelos Espíritos da Natureza que gostaria que nosso encontro fosse de outra forma, pequenino. Tanto você como eu somos vítimas do ódio e indiferença dos magos. De forma rápida e indolor o libertarei da sua maldição. Que os deuses tenham piedade de nós, adeus.

Gunta extraiu suas garras mais ainda e desferiu o golpe fatal.

MiloSantos
Enviado por MiloSantos em 29/12/2010
Código do texto: T2697333
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