Mirabela- O amargo sabor do destino - continuação -
Fabricia não havia percebido ainda, que caíra na " teia " de D.Vaggio. Ela havia descoberto o esconderijo do homem mais perigoso da região e ia pagar caro por isso. D.Vaggio não a deixaria mais sair dalí. E depois da longa conversa, entre uma discussão e outra que teve com ele, ela dirige-se a porta de saida.
- Bem! Eu vou indo, logo estarei de volta!
O homem apressa o passo e a agarra pelo braço.
- Espere! onde pensa que vai?
- Para casa, ora essa!!
- Nada disso! Eu acho que fui bem claro agora há pouco. Você é surda, ou se finge de surda?
- Não estou entendendo!
D.Vaggio puxa-lhe a bolsa jogando-a por sobre a mesa.
- Eu disse que você não vai mais sair daqui, fui claro agora?
- Eu sei que o senhor vai me contratar, mas eu preciso ir em casa avisar meus pais. Os coroas vão ficar loucos se eu não retornar!
- Escuta aqui, garota!! está pensando que isso aqui é o quê? uma colônia de férias? E dando voltas em tôrno dela, ele continua: - Você está no meu esconderijo! Você acabou de descobrir o esconderijo do grande D.Vaggio e acha mesmo que sou idiota de deixá-la voltar á superfície e me entregar de mão beijada para a policia?
Ela se desespera, e abrindo a bolsa tenta pegar o celular.
- Espere um pouco, vou pelo menos avisar e...
Muito irritado, D.Vaggio arranca-lhe o telefone da mão, espatifando-o com o pé.
- Você é burra ou o quê? Esqueceu que estamos há vinte metros abaixo da terra? Que a comunicação daqui com o mundo lá fora é absolutamente impossivel? E mesmo que não fôsse, eu não admito qualquer tipo de aparelho telefônico aqui, seja celular ou não!!
Fabricia chora ao ver seu aparelho de celular destruido no chão.
- Oh não!! Meu querido telefone, o senhor o destruiu!
- Você não vai mais precisar dele! e agora, venha tirar minhas botas!
Ele senta-se estendendo as pernas, enquanto que ela ajoelhada descalçava-lhe as botas aos prantos. E ele passava-lhe algumas instruções:
- Você terá de hoje em diante, total liberdade, apenas para circular aqui pela redondeza. Isso inclui: a casa de Ana e de alguns vizinhos distantes que moram dentro do mato. Eles não são muito amistosos, mas, se fôr simpática, acabará conquistando a amizade deles.
Ele então pede-a que vá aquecer água para escaldar-lhe os pés, e enquanto isso continua com suas instruções:
- Preste atenção: Se você tentar me enganar usando da malandragem que pensa que tem... Ele então abre uma gaveta e puxa uma arma de dentro apontando para ela que treme ao vê-la. -..Eu mato você e toda a sua raça!! portanto, nem pense em fugir!!
E quando ela vai se dirigindo em direção a cozinha para preparar o escalda-pés, D.Vaggio levanta-se e se coloca em sua frente, levantando-lhe o queixo com o cabo da arma, fazendo-a encarar-lhe.
- Eu não estou brincando!