O Espelho da Verdade-Parte III

O Espelho da Verdade-Parte 3

Kinji já dormia pesadamente.

Minoko e Kogyo também.

Porém,Kogyo começou a sonhar que estava fazendo amor com Narumeshi,pois em seu sonho Minoko tinha milagrosamente voltado a ser homem.Ela começou a se excitar, e nem se deu conta que sonhando tinha se despido totalmente na realidade e até abaixado as calças de Kinji,achando que estas seriam de Narumeshi.Começou a beijar Kinji selvagemente,e sentou-se no colo dele e afundou seu corpo,sentindo-o inteiro dentro de si e,como por coincidência Kinji sonhava que fazia amor com Minoko,este excitou-se ainda mais e começou a correspondr com movimentos de vai e vem ; Kinji e Kogyo começaram a gemer e arfar e dizer os nomes das pessoas com quem sonhavam estar fazendo amor.Só que na verdade estavam fazendo um com o outro !

Logo Minoko acordou com o barulho, mas, ainda zonza, não entendia nada o que estava acontecendo,pois o quarto estava na escuridão total.

-Minoko!

-Narumeshi!

-Ah, Minoko!

-Aaaaihh, Narumeeeshiiii...

-Quê que é isto?Ei!Ei! Disse Minoko sentando-se na cama, de frente para os dois,que já se encontravam no auge da conjugação carnal.Repentinamente,Kinji jogou Kogyo para o lado, que "aterrisou" em cima de Namya, que se curvou de dor com o impacto.Porém,a queda foi tão rápida e repentina que Kogyo caiu com sua boca na boca de Namya,sufocando o grito dela.

Ao jogar Kogyo de lado,Kinji imediatamente agarrou Minoko, e a colocou sentada em seu colo.Ainda que vestida, Minoko corou de vergonha imediatamente e começou a se debater e espernear, enquanto Kinji práticamente engolia um dos seus seios.Ela conseguiu livrar suas mãos e começou a estapeá-lo furiosamente, gritando:

-Tarado ! Pervertido! Está tentando me estuprar, é?

E o encheu de tapas violentos sem piedade,um atrás do outro, e Kinji finalmente acordou.

Fushiko foi a última a acordar, levantou-se e acendeu uma vela.A cena era deprimente:

Minoko em cima de Kinji nú,ela com o kimono todo desgrelhado, e meio aberto, com os seios enormes para fora.Kinji cheio de hematomas no rosto.

Kogyo completamente nua,em cima de Namya,logo depois do beijo terminar, as duas ainda babando saliva uma da outra.

-Eh, mas vocês fizeram a festa, heim?Provocou Fushiko,enquanto esfregava as mãos e se desnudava.

-Eeeeee?Gritaram todas as outras garotas em uníssono,para logo depois completarem:

-Fushiko, eu te mato! A culpa é sua!

As quatro foram para cima dela, e a briga correu solta.

-Xiii...estão brigando outra vez!

Murmurou Kinji, começando a se vestir na cama.

-É por sua causa! Você me estuprou, seu tarado!

-Não acuse o Kinji sem provas,Kogyo!

-Sem provas,Minoko?Olhe aqui as provas, olha o tamanho da mancha branca no futon!E olhe em mim, estou toda melecada, coberta desta gosma nojenta que saiu dele, esta coisa horrorosa...e eu...eu estou sentindo como se alguma coisa estivesse dentro de mim, pulsando quente,aaaahn,ai que vergonha,ele me...

-Kinjiiiiii!O que você andou aprontando com a Kogyo?Você agarrou à ela, é?Responda, Kinjiiii...

-Não foi só a mim que ele agarrou, ou você já se esqueceu que ele estava tentando fazer amor com você?Beijou seus seios até cansar! Os bicos ficaram até mais compridos!Replicou Kogyo, morta de ciúmes.

-Kinjiiii...grrrrrr!Eu te mato, seu desgraçado, tarado, pervertido!Me agarrou e estuprou a Kogyo, e ainda tentou me estuprar, se aproveitou de mim,seu estúpido, tarado,animal,monstro!E ainda fala que gosta de mim, seu...seu...

E Minoko foi para cima dele com tudo,e acertou-lhe socos, pontapés, tapas e espancou-o sem dó, a ele que nem teve tempo para qualquer reação!

Logo Kogyo juntou-se à ela, e as duas massacraram Kinji,enquanto Fushiko foi calmamente deitar-se em cima de Namya, desnudou-a e, beijando-a intensamente, começou a fazer amor com ela.

Quando o dia amanheceu,Kinji estava todo arrebentado, destruído, com um olho roxo,nariz destroncado, sem vários dentes e coberto de hematomas por todos os lados!

As meninas todas emburradas, com excessão de Namya, encolhida num canto, super envergonhada e chorosa,todas de cara virada uma para a outra.

Mas, num outro quarto, em outro andar, muito distante, Kareni tinha passado por coisa muito pior:

Durante a madrugada ela dormia ,depois de ficar horas preocupada e amedrontada, porém o sono a tinha vencido finalmente.

Então, em meio a escuridão, dormindo de bruços, sentiu um enorme volume por sobre suas nádegas.Tentou levantar-se,mas sentiu um pêso gigantesco sobre seu quadril, arfando ruidosamente como um animal,quase esmagando-lhe as costas,dificultando sobremaneira sua respiração.

Ela tentava gritar, mas respirar já era tão difícil que ela sequer tinha força suficiente para falar, quanto mais gritar.

Então o pêso aliviou um pouco, e ela foi virada de frente para ele com selvageria.

Ela sentiu o roçar da barba espessa e o (mau) hálito que vinha daquela boca enorme,que fedia a sakhê.

-Ye..Yeasu...não,por favor, não, pare com isto...Yeasu,não,não,naaaaaaãoooo!Aaaaaaah!

Ela gritou, sentindo algo monstruoso entrando com uma fôrça descomunal, arrebentando-lhe suas carnes,socando dentro dela com tanta fôrça que ela podia sentir os ossos de sua bacia se separando.Fios de sangue lhe corriam pelas pernas.

-Aaaaaai!Aaiaiaiaiaiaiaaaaaaaaaai!Socorro!Socorrooooo!Yea....aaaaaaaai!

Berrava de dor Kareni, até que horas depois sendo sacudida e invadida sem parar, com violência selvagem e frenética, ele finalmente parou.Sentiu então um verdadeiro dilúvio quente enchendo seu ventre.

Agora o dia já amanhecera e os raios de sol entravam pela janela.Ela pode ver então Yeasu nu, com sua genitália de tamanho monstruoso, que mais parecia, ao ver dela, a de um cavalo, e ela ficou apavorada, gritando sem parar.

Ele sorriu um sorriso pervertido e cruel, e pegou-a pelos tornozelos, levantou seus quadris da cama,abriu suas pernas com tanta fôrça que parecia que seus músculos iam arrebentar, e recomeçou a fazer amor com ela,arrombando-a como se arromba um cofre,rasgando-a toda por dentro.Depois a colocou de quatro, e, inteiramente dentro dela, mas através de outro orifício, a levantou no ar ,rasgando -lhe as nádegas e destruíndo a musculatura anal,socando com uma força inacreditável!Ela berrava de dor, revirava os olhos, e seu rosto se inundou de lágrimas.Quando ele finalmente parou,levantou-se da cama, e ainda nú, saiu pela porta,deixando uma larga e fedorenta trilha gosmenta e amarelada para trás.sem falar absolutamente nada.

Ela estava estatelada na cama, toda arrombada, descadeirada,com o corpo todo dolorido, coberta das cabeça aos pés daquele líquido nojento e fedorento,com hemorragia na virilha e na abertura anal, que não paravam de sangrar, e havia hematomas roxos e vermelhos por todo o corpo.Parecia ter levado uma surra descomunal.Ela bem que tinha tentado fugir, ou se defender, mas nada podia fazer contra a fôrça brutal daquele brutamontes gigantesco, e aquele pêso esmagador.Chorava desabaladamente, morta de vergonha,eis que a dor na alma era muito pior e difícil de suportar que a dor corporal, que já beirava ao insuportável.

Porém, com a perda de sangue, ela perdeu os sentidos e desmaiou.

Quando a criada entrou em seu quarto, chamou o médico da Coorte imediatamente.

Agora que era de manhã, porém,as outras meninas e Kinji foram tomar o café da manhã, na verdade um verdadeiro banquete,sem saber de nada do que tinha acontecido à Kareni.

Yeasu, levado pelos guardas ao seu quarto, dormia tranquilamente, e não acordaria antes da hora do almoço.

Ninguém estranhou a falta de Kareni, no entanto, encantados que estavam com a enorme variedade e riqueza do cardápio daquele café da manhã como nunca tinham visto antes, e conversavam entre si:

-Ah, a Kareni é que tem sorte!Vai casar com um homem, rico, poderoso...gente, eu nunca comi um tofú tão gostoso em minha vida !

-Fushiko, você vai engordar deste jeito!

-Eu, Minoko, e você, que já comeu três tigelas de arroz?

-Mas eu sou homem, preciso comer mais!

-Minoko, você pelo visto ainda não caiu em si, não é?Você já não é mais homem faz tempo!Se fosse, já estaria me namorando há muito!Não estaria se engraçando com aquele tarado do Kinji.

-Não me provoca,Kogyo.Você é que estava fazendo amor com ele, e o seduziu!

-Ele que me estuprou!Este monstro!

Kinji finalmente tomou coragem e se defendeu:

-Eu sonhei que estava fazendo amor com a Minoko.O tempo todo pensei nela.E aposto que você estava sonhando em fazer amor com ela também, não é?Afinal, foi você quem se despiu e subiu em cima de mim.

Minoko e Kogyo coraram de vergonha.

-É verdade...eu sonhei que a Minoko tinha virado o Narumeshi de novo e eu estava fazendo amor com ele...desculpe...

Kogyo admitira seu erro, e estava mais envergonhada do que nunca. Não tinha sido estuprada, tinha mesmo feito amor de verdade com Kinji, mas pensando em Narumeshi.

Aí é que Minoko se envergonhou mais ainda!Agora ela entendia o que tinha acontecido e que tinha batido em Kinji injustamente.

Ela levantou-se, de olhos baixos, e depois afastou-se um pouco da mesa, e então ajoelhou-se até encostar o nariz no chão, com as mãos encostadas no belo tapete que ornava o salão.

-Por favor,Kinji-san...me perdoa...eu fui injusta com você...foi um mal-entendido e não te dei tempo de se explicar...pro favor, por favor, eu te suplico, me perdoa...estou coberta de vergonha!

Grossas lágrimas corriam do rosto rubro de Minoko.

-Minoko-san, não precisa se humilhar, vamos,eu te perdôo sim, não fique assim,por favor...

Kinji também estava de olhos marejados,e levantou-se da mesa, e abriu os braços.

Naquele momento, a metade mulher da personalidade de Minoko falou mais alto, e ela sentiu um impulso incontrolável, e correu para ele e o abraçou com toda a fôrça.

Ela chorou muito nos ombros dele, e levantou a cabeça, e o olhar dela, a todos pareceu de intensa paixão, e o olhar dele para ela, e seus rostos começaram a se aproximar, eles fecharam os olhos e...

-Se vão se beijar, vão lá fora, aqui não é lugar de indecências!E aí,Kogyo,gostou de fazer amor com o Kinji?Como ele é na cama?Vai deixar os dois se beijarem?Porque não se junta a eles e vão fazer amor a três?

Diante da provocação de Fushiko,Minoko desvencilhou-se rápido, para decepção de Kinji,corada de vergonha;Kogyo, mais corada ainda,levantou-se da mesa.As duas viraram-se para Fushiko:

-Você vai apanhar ! Hoje você não escapa! Maldita!

Logo Kinji estava saboreando as delícias da cozinha fina japonesa, conversando com Namya,enquanto todas as outras brigavam entre is, rolando no chão, arranhando, puxando cabelos, mordendo,etc.

Quando terminaram, os criados convidaram a todos a uma sessão de arco e flexa.

Todos se trocaram, tiraram os kimonos de dormir e vestiram os de gala.Amas penteavam os cabelos das meninas no estilo tradicional japonês e aplicavam nelas a maquiagem branca tradicional, com batom vermelhíssimo.

E foram todos atirar flexas com os soldados.

Quando chegou a hora do almoço, Kareni não comparecera.As amas, ao serem perguntadas, informaram que ela estava doente.Yeasu já tomara o café da manhã e despachava em seu escritório como se nada tivesse acontecido aquela noite.

Todos foram visitar Kareni, sem saber pelo que ela passava.

Agora a situaçao estava crítica:Kareni não iria mais querer ficar ali, nem se casar mais com aquele monstro, e um batedor acabava de chegar ao escritório de Yeasu, com a mensagem de que a Expedição do Xogum estava chegando.Ao ouvir a descrição do batedor,Yeasu se deu conta de que estava abrigando criminosos em seu castelo, e tinha de decidir se prendia a todos, ou que providência deveria tomar

-Kareni-dono, seus amigos vieram visitá-la!

Disse a ama, com um sorriso torto, tentando disfarçar o horror que sentia, sem sucesso.

Kareni estava muda.

Ao entrarem no quarto, nossa trupe ficou espantada:Kareni estava pálida como cêra,permeada de manchas roxas pelo corpo, toda inchada.

-Kareni, o que aconteceu?Disse Kinji

-Feche a porta, Namya, por favor.

-Sim,Fushiko.

-Com licença, vou sair.Disse a ama,saindo apressada.Namya fechou a porta, e agora podiam conversar com calma.

Kareni estava imóvel, olhos esbgalhados, em estado de choque.Não falava nada, nem respondia.Kogyo pousou a cabeça em cima do coração dela, e percebeu que os batimentos estavam fracos.Seus olhos começaram a marejar:

-Gente, acho que ela está morrendo!

-Não é possível! Fushiko tirou o lençol de cima dela e o que viu a horrorizou:as pernas dela não fechavam mais, e a região da virilha, totalmente inchada, estava arrombada como se tivessem tentado colocar um poste inteiro dentro dela!

-Pelos Deuses! Ela foi estuprada !E após dizer isto,Fushiko começou a chorar.

-Temos que fazer alguma coisa para salvá-la! Minoko, você , que agora tem poderes mágicos, se você tentar, você não consegue?

Contrastando com a choradeira das outras mulheres, consternadas com o estado terminal de Kareni, ainda que estivesse chocada e pensando que se um dia fosse estuprada poderia ficar naquele estado, ela decidiu firmemente a tentar!

Ela colocou suas mãos sobre o ventre de Kareni, concentrou-se e desejou curá-la, canalizando sua magia para que doasse um pouco de sua energia de vida para sua amiga.Uma aura azul saiu de seu corpo e envolveu o corpo de Kareni.

Minoko então pegou uma faca, fêz um corte superficial no dedo, e colocou o sangue dela em contato com um dos ferimentos de sua amiga.Sua magia começou a fluir por dentro do corpo de Karemi,que começou a levitar,e aos olhos impressionados de todos, ela começou lentamente a se recuperar.

Quando viram os ferimentos se fechando e os inchaços e manchas começando a sumir, todos suspiraram aliviados.

-Para terminar a cura...

Disse Minoko,beijando a boca de Kareni, que súbitamente voltou à consciência, de olhos arregalados.

-Eeeeee?Minoko!

-Não é justo! A primeira mulher a ser beijada por ela deveria ser eu !Reclamou Kogyo.

-Sem comentários...

-Fica quieto, Kinji! E saia daqui que o negócio agora é entre mulheres! Depois que ela estiver vestida a gente te chama!

-Tudo bem,Fushiko, estou acostumado a ser rejeitado mesmo...

E Kinji saiu pela porta, desolado.

-O que te aconteceu, Kareni, me conta!Quem te fêz uma barbaridade destas?

-Oh, Minoko...E ela a abraçou forte, e desandou a chorar convulsivamente.

Minutos depois, já mais forte e curada,Karemi finalmente contou em detalhes todo o acontecido.

-Mas que monstro! Que desgraçado, que, que...

Minoko estava indignada, ainda mais que as outras garotas.

-Eu...eu pensei que ia morrer...nunca vi nada tão selvagem,tão bruto, tão animal na minha vida, gente, aquilo não foi sexo, foi tortura!Eu...eu não vou perdoá-lo nunca !Nunca!

-Você tem razão, Kareni,isto foi uma tentativa de assassinato, e você teria morrido mesmo,se eu não tivesse te curado com a minha magia.

-Han?Minoko, você fêz isto por mim?

-Sim, eu fiz, você é minha amiga querida, não é?

-Ah, mas entâo..você tem todo o direito de me beijar! Você eu deixo! Nâo sou mais noiva daquele porco nojento,agora vou ser sua noiva !

-Eeeeeee?Gritaram espantadas Minoko e Kogyo, a segunda ainda mais enciumada!

E Kareni se jogou para cima de Minoko e lhe deu um beijo apaixonado !

-Vamos aproveitar,Namya?

-Não, Fushiko, não, pare..pare!

E outro beijo rolou.

-Parem vocês quatro ! Que droga! Agora fico eu, segurando vela! Eu também quero beijar a Minoko, sai daí,Kareni !

-Desculpem interromper, mas...

-Cala a boca,Kinji! Gritaram as cinco juntas.

Só que não era o Kinji.Quando viram a figura enorme e volumosa na porta do quarto,se assustaram!

-Sua Excelência?Elas disseram, assustadas.

Sim, era Yeasu, não Kinji, quem estava ali.E tinha escutado tudo!

-Eu sei que minha querida Kareni-san nunca irá me perdoar pela estupidez que fiz, e sei agora que ela não quer mais ser a minha esposa.Mas,acabei de falar com um emissário do Xogum, e ele me disse que uma expedição especial punitiva está chegando aqui para prender todos vocês, então, o mínimo que posso fazer por minha amada é permitir a fuga de vocês!Agora vão, depressa,meus homens vão tentar barrar a expediçâo,mas corram.Se um dia precisarem de minha ajuda, estarei pronto a ajudá-los.Na porta dos fundos do Castelo tem quatro cavalos descansados e sacolas com muita comida, água e roupas limpas, agora andem, andem que eles já estão chegando !

Minoko pegou na mão de Kareni, e todas as outras correram com elas, e no corredor, encontraram-se com Kinji.Todos foram em desabalada carreira para os fundos do Castelo,onde montaram nos cavalos e fugiram o mais velozmente que puderam.

Não deu nem quinze minutos depois, a Expedição punitiva chegou, e o Suserano colocou seus samurais para lutarem com os do Xogum, atrasando-os considerávelmente.

Agora nossa trupe já ia longe na estrada,galopando como o vento.Atravessaram um rio raso com os cavalos, e logo se viram nos terrenos alagados de um arrozal.

-Ora, ora, agora sim, estamos perdidos no meio do Nada!Vai saber onde fica esta fazenda !

-Pelo menos os Samurais não nos acharão,Minoko!

-É, mas no meio desta água toda, não poderemos por os cavalos a descansar,Fushiko!

-Onde tem uma fazenda, deve ter um fazendeiro, deve ter uma casa por aí, e podemos pedir abrigo a ele.

-Ah, sei, para o fazendeiro querer casar comigo também?Nem morta !Disse Kareni.

Então viram uma pequena estradinha um pouco acima.

-Vamos entrar naquela estrada !E Kinji,quer ficar quieto aí atrás na garupa, pára de ficar encoxando, ou vai levar uma surra, entendeu?Ordenou Minoko,corada de vergonha, fazendo o cavalo subir a rampa para a estrada.Kinji também estava envergonhado.

Finalmente, na estrada, viram uma garota sendo atacada por três lavradores,tentando agarrá-la.

Minoko não teve dúvidas:empinou seu cavalo, jogando Kinji no chão e foi com tudo para cima dos homens, ameaçando espezinhá-los com os cascos de sua montaria, que relinchou forte.

-Larguem ela, seus malditos !

Assustados, os três saíram correndo,e a garota, com o kimono todo rasgado, meio aberto, mostrando os seios, foi ao chão,assustada.

-Vocês???

-Ei, você não é a filha do estalajeiro,que nos serviu no jantar outro dia?Foi a resposta de Minoko, à garota, que se levantou do chão.

Todos desceram dos cavalos.

-Isto mesmo, Chitose.Eu fugi de casa.Meu pai tentou me vender para um dos Samurais que procurava por vocês.Eu agora também estou sendo procurada, pois matei um dos Samurais do Xogum!

-Eeee?Você matou um Samaurai do Xogun, Chitose-san?Mas eles são exímios esgrimistas!

-Pois é, Fushiko, mas o desgraçado tentou me passar a mão boba, então peguei o machado de rachar lenha, e o peguei por trás, e rachei a cabeça dele!Agora os outros me perseguem!

-Mas como conseguiu escapar,Chitose -san?

-Não ponha -san na frente do meu nome,senhor Kinji,você nem me conhece e já se acha meu amigo?Eu aproveitei que o emissário chegou na estalagem dizendo que tinha acabado de voltar do Castelo do Suserano e que vocês estavam lá, então foram correndo para lá e eu corri o quanto pude, com um dos cavalos de vocês, mas aqueles três ordinários me viram, me pararam , roubaram o cavalo e já iam me estuprar, quando vocês chegaram !Obrigada por me salvar,Minoko-san!

-De nada ! Bom, já que você também é proscrita agora, junte-se a nós!

-Para onde vão,Minoko?

-Sei lá, Kyoto, Osaka, Nagasaki,quem sabe até Sapporo?Onde o vento nos levar!

-Então, aceito o convite !

Todos, menos Kinji, a abraçaram.

-Agora precisamos encontrar um lugar para descansar os cavalos!

-Eu sei de um lugar,Kareni! Eu conheço toda esta região !Vamos por ali!Disse Chitose, montando na garupa do cavalo dela.

-Vamos, Kinji, anda, sobe logo na garupa,vem.

-Opa!

-Na do cavalo, imbecil, não na minha, que não sou égua não! Está pensando o quê?Quer levar um tapa?

-Desculpe, Minoko.

E tomaram um atalho lateral numa bifurcação da estrada logo a frente, seguindo para o leste.

Finalmente chegaram a um casebre no meio de um capinzal,há beira de um riacho,bem no meio do nada.Desceram dos cavalos,e os amarraram com cordas longas a um poste de amarração,aonde eles puderam beber a água do riacho, comer capim e até se deitar e enfim descansar.

-Uh! Isto está caindo aos pedaços!

-Era do velho lavrador Yushi Nadenawa,que Buda o tenha recebido em sua graça,Minoko!Ele era freguês lá da Taverna e amigo do meu pai, e morreu de velhice ,coitado.

-Entendi,Chitose.Vamos nos sentar no chão e descansar, então.

-De jeito nenhum! Este chão está imundo! Pegue aquela vassoura velha e limpe esta imundície primeiro!

-Ah, tenha dó,Kogyo, eu não vou varrer não.Eu sou homem, esqueceu?Não sei varrer!

-Eeeee?Homem?

-Explica para a Chitose, Fushiko, você que adora fofocas!Disse Minoko.

Fushiko contou tudo a ela.

-Ah, entendi.Mas eu não acho que você aja de maneira muito masculina, Minoko.Até trejeitos de mulher, com as mãos e braços você tem,para não falar que anda rebolando nos tamancos!

-O quê que é, Chitose?Quer me provocar, é?Está pensando que sou o quê?

-Eu não quero brigar com você.Apenas acho que você tem um corpo de mulher, e uma mente que está ficando cada vez mais feminina.A Fushiko me disse que você até já se penteia e faz sua maquiagem melhor que ela mesma!

-Fushiiiikoooo!Sua linguaruda !O que você anda espalhando mais de calúnias sobre mim?

-Eu, Minoko, nada..só a verdade!E acho que a Chitose tem razão, você rebola as mãos e o traseiro, até mais que a gente, é muito esquisito!O Kinji é que adora ficar vendo...

Kinji corou de vergonha na hora!

-Fushiko, pára de falar bobagens e continua varrendo aí que eu quero sentar logo!

-No colo de quem?

-Fushikoooo! Eu te mato, sua ordinária !

-Parem de brigar, gente, por favor. Olha, daqui a pouco vou servir o almoço, teremos de racionar a comida, por que não se sabe ainda quando poderemos comer de novo!

Kareni tinha razão.Estavam distantes de qualquer cidade, e mesmo que encontrassem uma, não iriam ter dinheiro.

Finalmente começaram a comer, e enquanto alguns dormiram dentro do casebre, outros dormiram ao lado dos cavalos, na sombra de uma grande árvore.

Repentinamente os cavalos se levantaram, assustados e começaram a relinchar e forçar as cordas.Todos acordaram.

-O que será agora?

-Eu não sei, Namya, vou subir no alto daquele morrinho para ver se alguém se aproxima.

Kogyo olhou lá de cima, e deu o alarme:

-São os Samurais !E eles vem vindo à galope ! Vamos correr !

Mas não eram só eles que estavam chegando:uma gigantesca tempestade com trovões, raios e relâmpagos assustadores estava chegando da mesma direção, ao mesmo tempo!

Todos montaram nos cavalos e saíram à galope, atravessaram o riacho e trataram de fugir à toda velocidade!

Os cavalos da nossa trupe estavam mais descansados, portanto mais velozes,mais ainda por estarem assustados com a tempestade, porém, as nuvens negras e seus raios eram mais velozes que qualquer cavalo e os alcançaram fácilmente.O capinzal era alto, e não se enxergava nada, e toda a trupe acabou se separando e perdendo-se.

Um raio caiu perto de Namya, que conduzia Chitose na garupa.O cavalo delas assustou-se, parou e empinou,relinchando, e as duas caíram ao chão,por pouco não sendo pisoteadas pela sua montaria, que disparou e desapareceu no meio do mato.

-E agora,Chitose?Eles vão nos alcançar!

-Nós não podemos vê-los , mas eles também não podem!Vamos correr, vamos !

-Aaai, estou encharcada, cheia de lama!

-Tire as roupas! Eu também vou tirar ! Assim podemos correr mais depressa!

-Eu?Ficar pelada?E se eles me virem assim?Podem me estuprar !

-Isto não é hora de ter vergonha,Namya !Vestidas ou peladas, estuprariam a gente do mesmo jeito!E Chitose, já nua, rasgou as roupas de Namya, que começou a chorar, desesperada, sem saber o que fazer.

-Pára de choradeira!E não perca sua espada por nada! Eu vou usar este arco e flexas que encontrei no casebre, e você tem sua espada, temos como nos defender! Além disto, se nós nos espalhamos, os Samurais também se espalharam, e eles vão ter dificuldades para lutar com aquelas roupas e armaduras pesadas.Agora chega de conversa, e vamos !

Chitose e Namya, a chorona, de mãos dadas saíram correndo em zigue-zague pelo capinzal.

Em outro local daquele matagal enorme, estava Fushiko,galopando, quando seu cavalo tropeçou num buraco e capotou para a frente, jogando-a longe.Ela caiu de costas no chão, com um grito de dor.Começou a se levantar devagar, e quando viu,ao mesmo tempo que um trovão, com seu relâmpago, ribombou, clareando por instantes um pouco do que havia a sua frente, ela viu um Samurai em seu cavalo, empinando!

Ela imediatamente pegou sua espada, e ficou em posição de luta.

O Samurai estava munido de uma grande lança, de ponta afiada,e a apontou para a menina.O sorriso dele era diabólico, por entre os trovões.

Ele bateu com os pés na barriga do cavalo, que começou a correr, mas Fushiko era ágil, e desviou-se da lança, e com um golpe rápido, cortou a lança,colocando-se por trás do cavalo.

A montaria do Samurai logo girou nos calcanhares, mas Fushiko foi mais rápida, e num salto, acertou a espada entre as dobras da armadura, na altura da axila, atravessando-lhe o coração.O Samurai caiu do cavalo, morto.

Ela pegou um arco e flexa que era do Samurai e começou a correr.

Do outro lado, outro Samurai tinha encurralado Kareni junto a uma pedra enorme.O cavalo dela tinha recebido uma flexada no peito e morreu.Ela estava apavorada, ao ver o Samurai descer do cavalo, e ,de espada na mão, dizer:

-Eu vou te prender, e você vai ser estuprada por todos os meus amigos, e por mim,e vamos todos nos deliciar com você até o o dia amanhecer!

-Nâo ! Não!Pára! Pára! Outra vez não! Por favor, pára !Aaaaaaaaah!

FUUUUUUU!

Uma flexa certeira acertou o coração do Samurai pelas costas, que tombou morto.

-Está tudo bem com você?

-Chitose ! Chitoooseeee! Kareni abraçou a amiga, e não parava de chorar.

Mas as coisas não iam bem para Minoko e Kinji, que dividiam outro cavalo.

Cercados por quatro Samurais munidos de arco e flexas, não tinham, ao menos em teoria, como escapar.Minoko , no entanto estava disposta a lutar até a morte,Kinji, também.

Kinji estava nervoso!

Sempre fora um fraco, um covarde a vida toda, que nunca aprendeu, nem nunca gostou de lutar a vida toda.Agora, além de se desviar de sua missão especial, estava ao lado da mulher que amava, e que tinha de proteger, ele sentia que tinha de proteger, e desconfiava que se ele e ela se rendessem, ele seria morto, e ela ,estuprada em série e presa,para morrer na prisão, ou mesmo servir de escrava sexual dos guardas da prisão pelo resto da vida.E isto, ele pensava, não podia acontecer! Era preferível que ela morresse,do que um destino tão cruel,e ele tinha certeza de que ela também pensava desta maneira.Era preciso, pela primeira vez na vida,tomar uma atitude de homem, e dar a sua vida para tentar preservar a dela.Mesmo com todo o medo e nervoso da situação,ele resolveu soltar sua voz:

-Minoko, querida,eu vou defende-la!Para trás, fique atrás de mim que eu a protegerei e a defenderei até a morte!

-Agora não é hora de piadas,Kinji-sempai! Fica quieto, eu luto muito melhor que você.Depois, que estória ridícula é esta de me defender, proteger,de "querida"?Quem disse que você tem alguma coisa comigo?Esquece que eu sou homem?Só o corpo é de mulher!E vê se não me atrapalha !

-Mas, Minoko!Eu te amo!

-Grrrr...você está me atrapalhando,Kinjiiiii!

-Os dois namoradinhos já terminaram de brigar?Pois agora vão morrer!Homens, preparar, apontar, e...

Fuuuuuuuuuu!

Dois deles tombaram mortos no chão.

-Quem fez isto?Quem matou meus homens?O Samurai e seu companheiro estavam preocupados, pois as flexas tinham vindo de trás.

Foi a deixa para Minoko saltar e, ainda no ar, cortar a cabeça de um deles, que caiu no chão, morto por este momento de distração.

Chitose e Kareni apareceram.

Ao ver Chitose , com o arco na mão, Minoko disse:

-Olha, amiga, você chegou na hora certa ! Me poupou um trabalhão!

-Ei, vocês aí, ficam conversando como se já tivesse acabado tudo, mas eu ainda estou aqui!.E você aí com esta espada, que matou meu amigo,você se acha muito valente, não é?Então, porque não duela comigo até o inferno?Aliás,eu estou reconhecendo a você,não está lembrada de mim, Seisaro, o Coletor de Impostos?

Disse o Samurai restante, vendo-se cercado.

-Ah, já me lembrei!Então você quer me enfrentar,Seisaro-sempai?Já que está pedindo para morrer, deixem ele comigo, pessoal! Disse Minoko.

-Ah,morrer...você cometeu um erro muito grave, mocinha, pois eu sou um mestre do estilo Ganryu,então,quem morrerá é você, porque já lutei contigo e já estou ciente de seu estilo, e o seu é um estilo novato, não tem comparação com o meu,que tem séculos de tradição!Você teve muita sorte daquela vez,ainda que eu estivesse apenas brincando, não lutando para valer,mas você vai pagar caro pelo que me fez!Disse o Samurai, sacando uma espada enorme, reta,a maior que Minoko já vira.

Mas nossa heroína não se assustou.Tomou das mãos de Kinji a espada dele, e passou a ficar com uma espada em cada mão.

-Huum, você acha que dá conta de lutar no estilo Musashi, com duas espadas?Esta é que eu quero só ver ,seu atrevimento vai custar sua vida !

-Cala a boca e luta, velhote !

Foi então que as espadas começaram a regirar e assoviar seu canto da morte.

A cada golpe do seu oponente, Minoko cruzava as espadas para deter o golpe dele, e rápidamente tentava um contragolpe, mas a enorme espada parecia aparar tudo.

Na verdade, ela funcionava com um escudo,impenetrável,e a rapidez dos golpes faziam com que o samurai parecesse ter mãos nas costas, e estava cada vez mais difícil apará-los.Na verdade as espadas de Minoko eram espadas comuns, sem muita tradição,e sem muito esmero na forja.

Mas nossa heroína lutava bravamente, com sua agilidade,enquando o samurai ficava práticamente parado.Ela percebeu então, aterrada, que até agora ele só estava brincando com ela,e não estava lutando para valer, enquanto ela já estava desesperada, caindo em si que o uso de sua prodigiosa agilidade só a estava fazendo gastar energia e ficar cansada, e que logo não aguentaria mais acompanhar a velocidade alucinante da lâmina gigantesca, que desta vez passou a menos de um centímetro do seu nariz.

Este ela conseguiu aparar, mas o segundo, frações de segundo depois, rasgou os músculos do seu braço, e espirrou muito sangue.O terceiro, logo em seguida, quebrou as lâminas de suas duas espadas, que se partiram em pedaços.Se ela não tivesse saltado ágilmente para trás, agora estaria morta!

Caída no chão,desarmada,era evidente que ela tinha perdido a luta.

A Espada quase tocou sua ponta entre os seios de Minoko.

-Garota, você tem muito que aprender ainda !Você não é páreo para mim.Não é ainda uma adversária digna, mas,se eu matá-la agora, você não terá a oportunidade de aprender.Procure pela rounin Mutsumi Kanoshima, ela é a minha melhor discípula e vai poder te ensinar técnicas que farão com que você tenha condições mínimas de me enfrentar um dia.Não seria honrado da minha parte matar uma oponente assim tão fraca.Siga para o Norte, ela não deve estar longe.Eu vou despistar os meus homens por enquanto para lhe dar o tempo que precisa, mas é melhor aprender depressa,porque a nossa próxima luta só terminará mesmo no inferno.Agora, com licença, tenho de ir.Ah, sim,nem pensem em tentar me matar com flexas,primeiro que sou capaz de interceptar flexas no ar com minha espada, e segundo, se me matarem, não poderemos ter um novo encontro,e a amiguinha de vocês ficará desonrada, se é que ela tem alguma honra...sayonará!

-Ei, espere ai, seu..seu...

Mas o homem sumiu no meio do matagal.

Minoko estava absolutamente humilhada.Perdeu a luta, e dependeu da piedade daquele Samurai arrogante para viver.Era insuportável tamanha desonra!Começou a chorar como bebê.

Kinji se sentiu pior ainda, um inútil, fracassado,que no fim, não ajudou em nada, acabou, apesar de ter se sentido compelido a reagir,só assistindo.Era impotente para defender sua amada, e ele começou a achar que não era mais merecedor dela.Ele se aproveitou que Chitose e Kareni abraçavam Minoko, tentando consolá-la, e sumiu nomeio do capinzal , desapareceu.Ele queria isto mesmo, sumir, desaparecer, fugir de sua mediocridade,de sua vergonha, de sua auto-piedade,de sua covardia.

Uma vez recomposta,Minoko se levantou, ainda de olhos vermelhos e cabeça baixa e disse as suas amigas:

-Vamos procurar pela Fushiko ,pela Kogyo e pela Namya.Depois então remos sair deste maldito capinzal e vamos procurar pela tal de Mutsumi.Eu juro que vou matar aquele homem, eu juro !Agora vamos...

O clima era tal que nem notaram a falta de Kinji.

Continuaram caminhando pela chuva torrencial, até que foram encontrando uma a uma suas companheiras.Finalmente a chuva acabou e conseguiram sair do capinzal.

Agora havia um rio,de águas limpas, onde puderam tomar banho.

As poucas que ainda tinham roupas a vestir,estavam com estas em completa ruína, tão rasgadas que estavam sem condições de uso.Teriam de ficar nuas mesmo, por enquanto,mas precisavam arranjar novas roupas com urgência.O grande problema:não havia mais dinheiro!

Sim, mais nenhuma moedinha que seja.Nada.Estavam no zero absoluto.

-Como faremos agora,Minoko?Não temos como comprar roupas, comer, os cavalos se perderam no capinzal,e estamos no meio do nada!

-Não sei, Namya, eu realmente não sei !

-Teremos então duas escolhas:ou roubamos, ou nos prostituímos.Nós já somos criminosas procuradas mesmo, então...

-Não podemos nos desonrar e nos rebaixar desta maneira,Fushiko.

-Ora, dane-se seu orgulho, Minoko! Não estamos preocupadas com honra aqui! Estamos com fome! Com fome, entende?

Disse Fushiko, e não deu dez segundos os estômagos de todas elas roncou alto:

-Roooooonc!

-Acho que vou desmaiar de tanta fome...Disse Chitose, já meio desfalescida.

A lua cheia brilhava no céu, entre as estrêlas, pois já era noite.Só então, Namya subiu o barranco do rio e viu, ao longe, uma pequena aldeia.

-Tem uma aldeia ali a diante ! Acho que dá para chegar lá em poucas horas!

-Em poucas horas já teremos morrido de fome,Namya...

-Não desista assim tão fácil,Kareni!Está pertinho!

-É, e vamos chegar lá peladas, sem ter onde dormir, sem ter o que comer, vamos fazer o quê?

-Aliás, agora que vi...onde está o Kinji?

-Deve ter fugido, o covarde...

-Não seja tão maldosa com ele, Minoko, ele é um bom homem, e te ama!

-Um inútil, isto sim,Namya! Disseram Kogyo e Minoko juntas, ao mesmo tempo.

Namya suspirou, não tinha jeito mesmo!

-Então vamos lá na cidade mesmo.Já que vocês são orgulhosas, eu me prostituo para vocês!

-Não precisa, Fushiko. Não agora. Ainda temos nossas armas, podemos tentar trocá-las por roupas e comida.

-Você é tão romântica,Namya...estas armas são velhas, não valem nada!

-Alguma coisa devem valer, Fushiko !

-Tuo bem, que se dane! Se vocês vão ficar paradas feito idiotas aqui na beira do rio para morrer de fome, eu vou na cidade!Disse Fushiko, e subiu o barranco e foi em direção das luzes da cidade.

Vendo que não havia outra maneira, quase todas as restantes resolveram ir também, a duras penas, quase desmaiando de fome,caminhando como bêbadas, tamanha a tremedeira e fraqueza.Só Chitose ficou pra trás.

Ao chegarem na aldeia,começaram a vagar pelas ruas. Todas as portas e janelas fechadas.Todavia, depois de algum tempo,acharam uma casa ainda aberta,e a luz das velas bruleava lá dentro.Da janela vinha um aroma irresistível de guisado caseiro.Uma menininha, de uns seis anos de idade, saiu pela porta para alcançar um gatinho fujão.E ela viu o bando de moças peladas trôpegamente caminhando pela rua deserta, até que uma delas desmaiou.Outra,com o braço ensanguentado, com um ferimento que já começava a se infeccionar, também tombou.E as outras já reviravam os olhos,mal se aguentando em pé.

A menininha assustada, soltou um grito:

-Aaaaaaah!

-Arumi, o que foi, filha?

Foi a voz que saiu de dentro da casa.

-Mamãe, tem gente morrendo na rua !

A mãe de Arumi foi para fora ver o que era.Ao se deparar com aquele bando de mulheres, caídas no chão, mortas de fome,a ponto de já parecerem estar agonizando,ela não teve dúvidas:Arrastou com dificuldade uma a uma todas para dentro.

Como o ronco do estômago delas estava muito alto, ela não pestanejou em dar guisado para elas,depois de acordá-las com água na cara.

A primeira a acordar foi Fushiko.

Ainda tonta, recebeu a tigela de guisado e,sem dizer palavra, comeu tudo com uma rapidez impressionante.A pequena Arumi tratou de cozinhar mais guisado, pois só o que fizeram para elas não seria o suficiente para aquele bando de gente.

Uma à uma nossas heroínas foram acordando, e comendo, e cada uma repetiu várias vezes o prato,sem parar.Enfim saciadas e melhor dispostas,a mãe de Arumi começou a interrogá-las:

-Muito bem,agora que estão salvas, por favor digam seus nomes e como foram parar nesta situaçâo deprimente.

Fushiko, a fuxiqueira, tratou de ser a primeira a contar, e contou tudo o que tinha acontecido com elas até então.

-Bom, agora que vocês se apresentaram, eu vou me apresentar:meu nome é Shinobu Aiwa,e esta é a minha filhinha Arumi.Eu sou ferreira.Como todo mundo estranha uma mulher que fabrica armas,vou logo contando que meu pai era ferreiro e meu marido,que está morto há anos,também era.Como eu era filha única, tive de herdar o negócio do meu pai.Eu já ajudava meu marido na arte da forja antes de ele morrer,então já sabia bem como fazer as coisas.Com o dinheiro das minhas armas,consegui criar sózinha a minha filha.Agora,vocês tem uma estória e tanto, para mulheres tão jovens, recèm saidas da adolescência, não?Mas eu acho a causa de vocês justa,especialmente a da Minoko e a da Kareni, que sofreram muito.Então, resolvi ajudá-las.Estou precisando aumentar a produção, pois o Suserano deste feudo me fez uma encomenda de novas armas para seus samurais.Então, vocês irão me ajudar aqui, a partir de amanhã.Poderão permanecer como hóspedes da minha casa por algum tempo, mas pagarão a comida que receberão com o trabalho duro de vocês.Não quero saber de preguiça ou corpo mole aqui, entenderam?Eu vou treiná-las nas tarefas mais simples e repetitivas e vocês vão trabalhar pesado.Se eu gostar de vocês, eu as deixarei vocês fabricarem suas próprias espadas novas e as darei de presente a vocês.Quanto à samurai rounin Mutsumi,eua conheço,e ensinarei onde ela está e como encontrá-la.Ela esteve aqui comigo para fazer a manutenção numa das espadas dela,e fiquei de entregar à ela quando ficar pronta,então mandarei a Minoko e mais uma acompanhante irem lá entregar a espada para ela.Ah, ela tem uma discípula, já, uma menininha de dez anos muito esperta chamada Rei.Não se enganem, a pequena Rei já é uma espadachim formidável, e aposto que consegue vencer até a Minoko, diria até com facilidade.É uma criança, sim,mas depois de três anos de treinamento duro esta garotinha tem uma habilidade e um talento inacreditáveis, parece até que já nasceu com uma espada na mão!Ah, e antes que perguntem, a Rei não é filha natural da Mutsumi ,foi adotada por ela,parece que ela perdeu os pais muito cedo, não sei a estória direito.

-Muito obrigada, Shinobu-dono,por nos salvar e ser tão generosa conosco!

-De nada, Minoko, vejo que você é muito educada!

-Não caia nas graças dela,s Shinobu-dono.Ela na verdade é um homem que brigou com uma bruxa, que o transformou em mulher, mas a mente dela ainda é de homem,por isto, não duvido que ela tente alguma coisa de pervertido com a senhora.

-Entendi,Fushiko.Mas, gente, vamos parar com esta estória de senhora.Eu tenho apenas vinte e nove anos de idade, sou muito jovem para ser chamada assim.

-Amigas, temos de agradecer à Shinobu adequadamente, ela salvou nossas vidas !

Disse Namya, e todas se perfilaram lado a lado, na frente de sua salvadora, e se ajoelharam e se inclinaram para a frente e para baixo, com os braços esticados e mãos juntas e disseram, de cabeça baixa:

-Muito obrigada, Shinobu-dono !

-Ora, o que é isto, meninas, não precisam de toda esta formalidade!Já disse, me chamem de Shinobu, apenas,e agora, como não cabem todas vocês aqui na casa, vamos lá no fundo, na forjaria,que vou fazer camas de palha para vocês poderem dormir.Por favor desculpem as acomodações tão modestas,mas não sou rica, então não posso acomodá-las com dignidade.

Dito isto, elas a seguiram até o fundo, onde havia, ao lado da forjaria bem equipada,uma estrebaria, com a palha para o cavalo e teria ao lado dele que elas teriam de dormir.Não podiam reclamar do mau cheiro, insetos e outros animais nada agradáveis, pois, tinham sido salvas, e era melhor que ficar ao relento, no meio da rua, sujeitas a todo tido de infortúnios e atrocidades.

Mal caíram em suas camas de palha, e dormiram profundamente, de tão cansadas que estavam !

No dia seguinte, ainda antes me amanhecer, Minoko acordou com o cavalo comendo pertinho do rosto dela.Ela se levantou, ainda estava escuro,e mal deu um passo, pisou em fezes de cavalo.

-Maldição! Sussurrou baixinho.

Ela olhou para Kogyo, que até roncava,e aproximou-se dela.

Minoko a beijou na boca e começou a percorrer o copo dela com as mãos, no que Kogyo acordou, espantada.

Splaaaft!

-Ai ai, porque me bateu, Kogyo?Este tapa doeu!

-Está ficando louca?Tire suas mãos de mim!

-Mas você sempre diz que me ama, e sempre sente ciúmes de mim!

-Você devia ter me beijado antes ! Todo este tempo, eu ,louca para fazer amor com você e você nem me olhava, nem se esgueirava para mim!Tudo por causa daquele idiota do Kinji! E não pense que me esqueci que você me traiu com a Kareni, viu?

-Ah, entendi, você está enciumada! Então , vamos aproveitar que está todo mundo dormindo e fazer amor, oras !

-Uma proposta nada romântica, não?Bem coisa do Narumeshi mesmo !Agora eu não quero mais,você não me quis quando eu te quis, porque vou querê-la agora?

Minoko deitou-se em cima dela,surrurrando-lhe no ouvido:

-Por que te amo, sua boba!E te quero, te quero agora!

E começou a beijá-la novamente, não só a boca, mas percorrendo o corpo todo , de cima a baixo e depois chegando na boca.Extasiada de alegria, até comovida, Kogyo deixou-se levar pelas carícias masculinas que aquelas mãos femininas lhe faziam.

-Ahaaaam!

As duas deram um pulo, tamanho o susto! Era a Shinobu, com uma vela, que acabara de chegar e presenciar a cena.

-Vou deixar claro uma coisa para as duas namoradinhas:aqui nesta casa é proibido fazer coisas indecentes.Se eu ver isto novamente, expulsarei a todas daqui, entenderam?Aqui é uma casa de respeito, e vocês devem respeitar a quem gentilmente lhes dá abrigo!Bem que a Fushiko me avisou que você era pervertida!

Coradas de vergonha, as duas pediram desculpas imediatamente.As demais, com a barulheira, acordaram rápidamente.

Arumi chegou com uma bandeja com bolinhos de arroz recheados para todas, e água fresca.Todas comeram e beberam, então Shinobu, que fora para dentro da casa enquanto elas comiam, trouxe nos braços uma porção de kimonos curtos, que iam até um pouco acima dos joelhos, e roupas de baixo,além de bandagens para enrolar nos seios,e assim segurá-los;para que todas tivessem roupas para vestir, já que todas chegaram nuas e dormiram nuas.

Todas se vestiram.Finalmente o galo cantou e o dia amanheceu.

-Muito bem, gente, agora acabaram as amabilidades.Vou ensinar-lhes os trabalhos que vão fazer, então prestem atenção.Vamos começar acendendo o forno da forja, certo?

-Sim,Shinobu-dono!

Por enquanto o tempo era de paz.Mas no Castelo do Xogum chegara a notícia de que a expedição punitiva fora derrotada, e ,com excessão do samurai que liderava os demais,todos tinham morrido, e de modo covarde, muitos pegos de surprêsa, e pelas costas.O Xogum ficou indignado, e ordenou outra expedição, só que agora só com os seus melhores Samurais, os mais famosos.Eles logo saíam do castelo, para localizar as bandidas,que era como eles se referiam as nossas heroínas,e desta vez não para capturar, mas para matar.O Xogum também ordenou que fossem pregados cartazes de procuradas, com uma polpuda recompensa para quem as matasse, por todos os feudos próximos.

Então uma nova tempestade se avizinhava para nossa trupe,e não lhes dariam trégua desta vez!

Agora as garotas trabalhavam para ganhar a vida. Shinobu era uma patroa exigente e perfeccionista, e elas sofreram na mão dela para aprender este novo ofício, bastante pesado para uma mulher.

Mas os dias iam se passando e elas iam aprendendo muito.Então, era finalmente chegado o dia de Minoko conhecer a lendária Mutsumi.A própria Shinobu resolveu ir com ela, e , numa demonstração de confiança, deixou Namya na chefia da loja de armas enquanto ela não voltava.Porém, a viagem era curta;menos de meio dia de caminhada.

-Porque não vamos à cavalo,Shinobu-sama?

-Porque um cavalo é caro, e se acontecer alguma coisa com ele, vou ter de trabalhar muito para comprar outro.Depois, não é um cavalo, é uma égua, e ela está prenhe, se você não percebeu ainda.Dentro de uns dias, o potrinho vai nascer.

-Ah, entendi.E como é esta Mutsumi?

-Como você faz perguntas,heim,Minoko?Ela é uma mulher muito séria,brava, pavio curto, fica nervosa fácilmente, eé uma espadachim realmente incrível, nunca vi ninguém com uma habilidade assim.Mas acho que com o tempo, a Rei, a aprendiz dela,irá superá-la.

-Será que ela vai aceitar uma nova discípula?

-Como eu vou saber, Minoko?Sinceramente,não tenho idéia!Mas acho difícil, já que ela já tem a aprendiz dela.Depois você é adulta, não acredito que vá conseguir aprender tão bem quanto uma criança o faria.Mas não posso falar por ela.Quando chegarmos lá, veremos o que ela diz, eu também a conheço pouco, mas posso garantir que ela é uma pessoa honesta.

-Entendi. E ela é bonita?

-Ahaaam, se vai me pedir para descrever o corpo dela, esqueça!Isto não interessa, ela é uma boa pessoa, só isto importa.

Finalmente chegaram no alto de um morro escarpado, onde havia um laguinho,cercado de morrinhos baixos.

Do nada, uma menininha, aparentando uns dez anos, vestindo um kimono curto,apareceu, armada de uma espada:

-Alto lá !

-Rei! Não está me reconhecendo?Sou eu, a Shinobu, a fabricante de armas!Viemos trazer a espada da sua mestra de volta !

-Shinobu-sama! Que bom! Mas, e ela?Ela eu não conheço!

-Ah, esta aqui é a Minoko,uma amiga minha.

-Tudo bem.Venham comigo, vou levá-las até a Mestra.

Elas a acompanharam.Mutsumi estava tomando banho no laguinho.Ao vê-las, ela se levantou calmamente, ainda nua, e sacudiu a cabeleira negra, para depois amarrá-la e prende-la num rabo de cavalo.

Ela era alta, mais alta que Minoko ou qualquer de suas companheiras.Atlética, com braços e pernas bastante musculosas,seios enormes, nádegas generosas e rosto sério, olhar penetrante como o de uma ave de rapina.Era um rosto bonito, comprido, estreito,com boca pequena e lábios carnudos e sensuais.

Mirando o olhar na virilha dela,Minoko tinha pensamentos pervertidos:

"-Nesta floresta negra eu quero me perder!É enorme!"

Elegante e educadamente, ela cumprimentou as duas com o cumprimento típico japonês,dobrando as costas.

Elas responderam com o mesmo movimento.Ela se sentou no chão, de pernas cruzadas, a pequena Rei atrás dela, do lado esquerdo.De frente para elas se sentaram no chão, também de pernas cruzadas,Shinobu e Minoko.

-Entregue a espada, Minoko! Anda!Sussurrou Shinobu.

Minoko então tirou das costas a espada, com bainha e tudo, e com os braços e mãos esticadas, a ofereceu.Mutsumi pegou a espada e a agradeceu educadamente.

Mutsumi pegou um saco de moedas que estava em um embornal ao seu lado, e entregou a Shinobu, como pagamento,ao que a ferreira agradeceu.A samurai então se levantou, e de costas para suas convidadas, retirou a espada da bainha e examinou a lâmina cuidadosamente, depois exclamou:

-Muito bom trabalho, Shinobu! Não, devo dizer, escelente trabalho !Ficou nova em folha!Muito obrigada!

-De nada, Mutsumi-sempai.

-Muito bem, agora me apresente sua amiga, que ainda não conheço.

Shinobu contou a ela toda a história de Minoko, inclusive sua transformação em mulher.

-Huuum, eu bem que desconfiei! Disse Mutsumi, olhando bem nos olhos de Minoko, cujas mãos tremiam de tanta vontade de tocar os seios e a virilha dela, e se continham à duras penas.Mas Mutsumi continuou a falar:

-Desconfiei logo que ela chegou, pois o olhar dela era estranho, diferente, e depois, quando ela começou a ficar fitando demoradamente em certas partes do meu corpo, desconfiei mais ainda,pois ela me olhou como se fosse um homem me olhando!Eu já tinha ouvido falar dela,agora, está sendo interessante conhecê-la.Agora, se o seu interesse é ir para a cama comigo,tem que provar que merece, primeiro!E eu não facilito nada, não é, Shinobu-kun?

Ao olhar safado de Mutsumi, Shinobu corou de vergonha até os cabelos !Não tinha mais onde pôr a cara !

-Ah, para quê esta vergonha toda, se você já se deitou comigo?Afinal, fui eu quem a seduzi, não é mesmo?O tom de voz de Mutsumi era sensual e provocante.Shinobu engoliu em sêco, ainda mais envergonhada.

-Ahaaam..mudando de assunto, a Minoko tem um negócio a lhe propor!

Disse finalmente, Shinobu, depois de se conter com dificuldade.Na verdade, a vontade dela era de se atirar nos braços da Samurai, e se deliciar novamente com os carinhos dela.

-Muito bem, e que negócio seria este, Minoko, estou escutando.

-Gostaria de lhe servir como discípula,Mutsumi-sempai.Sob recomendação de seu antigo Mestre, Seisaro Futubahashibara.

-Seisaro-sensei?Aquele cão dos infernos, sem vergonha, ordinário, que me estuprou?Aquele assassino sem vergonha, safado,filho de uma égua?

Minoko ficou espantada. Agora era que estava achando que não ia conseguir mesmo.

Shinobu então a ajudou, contando sobre o combate em que Minoko perdeu para Seisaro, e por muito pouco não perde a vida.

-Huuum...que ordinário...aquele desgraçado !Bom, como você já sabe, eu já tenho uma discípula, a Rei-san aqui do meu lado, por isto não posso treiná-la. Porém,como você e suas companheiras precisam de treinamento urgente e estão em apuros, a Rei pode ser uma excelente Mestra para vocês, e se vocês conseguirem vencê-la, eu prometo que complemento com o que ela ainda não sabe, para completar o treinamento de vocês.Com isto, em não muito tempo, você , principalmente, poderá derrotar o Seisaro-sensei.

-Eeeeee?Eu vou ter de chamar uma criança de -sensei?

-Sim, Minoko, é pegar ou largar.Rei, por favor, pegue sua espada, dê uma para nossa visita, e dê uma demonstração para ela acreditar. Mas por favor, não a mate, está certo?Vá devagar e seja gentil, que ela ainda é uma principiante!

-Sim, Mutsumi-sensei !

Minoko estava soltando fumacinha pelas orelhas pela arrogância de Mutsumi,mas aceitou o desafio.

A luta ia começar.As duas armadas, se encararam.Rei parecia uma criança, era uma criança, mas seu olhar era de adulta, feroz e orgulhoso, auto-confiante ao extremo.Ela fazia jus à sua fama.Seu sorriso era malandro,esperto, seu olhar, afiado como uma águia, sua pose, de esgrimista profissional, impecável.

Minoko nunca pensou que um dia lutaria com uma criança.E olhando assim, era fácil subestimar sua oponente.

-Pode começar,Minoko-san.Eu deixo.

-Ora, sua atrevida!Pirralha!É Minoko-sempai para você! Mais respeito para com as mais velhas !

-Ahahahahahahahahahahah!

A menininha ria-se dela.Na verdade gargalhava.Shinobu tampou os olhos com as mãos, não queria nem ver.Mutsumi observava,séria.

Zliiiiim!

(Por continuar)

Cristiano Camargo
Enviado por Cristiano Camargo em 07/12/2010
Código do texto: T2657574
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