O Espelho da Verdade -Parte II

O Espelho da Verdade -Parte 2

-Meu pai já foi Samurai, em Nagoya, e fugiu para nossa aldeia quando ele desobedeceu as ordens impiedosas do Xogum de Nagoya, e ele me ensinou todos os segredos da arte da esgrima. Ele era um dos maiores Samurais já vistos, um grande mestre!Ainda que ele me dissesse que eu não era bom aluno, que era displiscente, que não treinava o suficiente, por isto ele não me ensinou tanto quanto poderia.Muita gente na nossa aldeia não sabe, mas o verdadeiro nome dele é Osamu Nagyo.

-O grande Osamu Nagyo? Que maravilha! Todos pensavam que ele estava desaparecido, morto...

-Ele mudou o sobrenome dele quando chegou na aldeia,Kareni. Mas não temos tempo para isto agora,pois eles já estão chegando! Escondam-se todos, Kareni, você será a isca!

-Eu? Por quê eu?

-Não há tempo para discussões! Disse Minoko, desatando o obi e abrindo o kimono de Karemi,com tanta força que ele acabou rasgando, deixando os seios dela quase inteiramente à mostra,ela quis gritar, mas Minoko colocou a mão na boca dela, depois tirou.

-Mostre os seus seios, não os meus! Você me paga por essa!

-Eu vou ficar escondida aqui. Lá vem um soldado, distraia ele! E todas vocês, cada uma para um lado, espalhem-se e escondam-se! Disse Minoko.

Todas escondidas, o soldado chegou, procurando saber quem fora o responsável pelo acidente.

-Olá, Soldado! Meu kimono rasgou... o senhor pode me ajudar?

-Wooooooow! O soldado ficou completamente louco observando os seios de Karemi.

-Ai, eu estou com tanto calor, soldado! Acho que vou tirar esta roupa...

O soldado voou para cima dela, para agarrá-la, sem dizer palavra.

Ziiiiiiiiiiiiiiiiiiiim!

A lâmina da espada afiadíssima de Minoko voou em cima dele como um raio, e a cabeça dele rolou.O sangue jorrou quente qual fonte por minutos.

Só que então Minoko sentiu um braço forte segurando seu braço.

-A mocinha é habil com a espada, não é? Pois então eu vou enfiar minha espada dentro de você!

Minoko soltou um grito, era outro soldado, que chegara por trás e a descobriu. Ele a encoxou, e ela não gostou do que sentiu.

-Socorro! Ela gritou, e ele arrancou a espada da mão dela, arrancou dela o kimono dela e as roupas intímas, e tirou as roupas dele próprio. Já ia deitar-e em cima dela,quando então um chicote assoviou e lanhou as costas do soldado com violência, que urrou de dor !

Mas apesar da dor, ele não largara Minoko que se debatia, esperneava, gritava por socorro, sentia-se completamente indefesa!

O chicote assoviou de novo e tirou sangue das costas do soldado, que desta vez a largou.

-Largue ela, seu tarado!

Mas o soldado parecia de aço, e virou-se para ver quem o atingia.

-Ah, é sua namoradinha, é? Eu vou te matar, seu desgraçado! Vai sentir o fio da minha espada agora!

-Kinji! Ah, Kinji! Disse de olhos rasos, Minoko.

O chicote estalou outra vez, tirando sangue do peito do soldado, que caiu no chão, só que desta vez ele, que era um brutamontes bem maior que Kinji, conseguiu pegar a ponta do chicote, e o arrancou das mãos de Kinji, agora indefeso.

-Agora vou cortar sua cabeça, desgraçado!

Kinji assustou-se, estava indefeso.

-Eu não faria isto, seu estúpido! Vai aprender agora a nunca mais tentar estuprar uma mulher!!

O soldado viu Minoko nua, portando a espada samurai.

O duelo começou, e as espadas se entrecruzavam com violência e rapidez, tirando faíscas. Mas Minoko mostrava que era uma espadachim de primeira, e acabou por desarmar o soldado, arrancando sua mão fora de um só golpe.

-Agora, esta é por ter me agarrado!

E a espada dela voou, arrancando toda a genitália dele fora, que berrou de dor, caiu no chão e se encolheu todo, em uma poça de sangue.

-E esta é por querer matar o Kinji!

Desta vez a espada afundou no olho direito do soldado, e atravessou o crânio de fora a fora, rasgando todo o cérebro. O soldado morreu na hora.

Depois disto, Minoko deixou cair a espada de sua mão, e caiu de joelhos , chorando copiosamente.

Kinji a abracou com carinho, enxugou as lágrimas dela e disse;

-Minoko, eu escutei os gritos e o barulho do assalto, então voltei depressa para socorre-las!Mas eu não demorei, e não pude defendê-la direito, por favor, me perdoe!

Soluçando, ela respondeu:

-Ele... ele ia ...ia me invadir! Eu não pude... se eu fosse homem... eu... eu teria...droga! K...Kinji... voce foi bom demais, não há o que ser perdoado...você me salvou, eu...eu não poderia ter deixado de salvá-lo também!Só de pensar...pensar que ele poderia tê-lo matado...meu coração se apertou tanto...

-Obrigado, olha, não me importa o que quer que você seja, Minoko, eu te amo! Te amo de verdade!

-Kinji, oh, Kinji! Me desculpe...mas...mas eu juro...juro que se eu fosse mulher, o corresponderia...me desculpe por não poder...E ela chorou no ombro dele.

-Agora vamos, logo vão chegar outros soldados, eles já devem ter nos ouvido!

Ele a levou para outro canto da floresta, onde as outras se juntaram a eles.

-Vocês estão um pouco juntinhos demais para o meu gosto!

-Kogyo, por favor, não distorça as coisas. Ele acabou de me salvar...

-Ah, agora Kinji é o grande herói, o senhor Kinji é o máximo, todas nós devemos ser submissas a ele!Te salvou tanto que teve de ser salvo por você!

-Eh, Kogyo, além de ciumenta, voce é invejosa!O quê você fêz para ajudá-los, heim?

-Cale a boca, Namya!

-Não calo não! A Kareni viu tudo, ela me contou, ela foi a vítima, a Minoko está falando a verdade!

Minoko começou a chorar.

-Kogyo, você não está entendendo, você não sabe de nada, ela quase foi...foi...

Disse Fushiko, em apoio à amiga.

Aos soluços, cobrindo o rosto, com as mãos úmidas pelas lágrimas abundantes, Minoko completou o que Fushiko não teve coragem de dizer:

-Estuprada...eu quase fui...violada, violentada, você tem idéia do que é isto, Kogyo? Tem...tem...tem idéia? Voce não sabe o que é sentir a ameaça disto acontecer com você...não tem a mínima idéia!

Kogyo empalideceu, seu rosto desabou.

-Minoko...desculpe, me perdoe... eu... não tinha idéia...na hora eu fechei meus olhos e tampei meus ouvidos, não quis nem ver, nem saber, e você estava em apuros...se não fosse o Kinji...perdoa...

-A Kogyo é a namoradinha da Minoko, Kinji!Se quiser à ela, vai ter de disputá-la com a Kogyo! Sussurrou a fofoqueira Fushiko no ouvido de Kinji, que nem teve tempo de digerir a informação, pois Minoko desabou em cima dele, abracando-o e chorando convulsivamente. Ela estava traumatizada. Ele a abraçou também, com carinho, e procurou consolá-la.

-Ih, que clima...

-É, Namya, mas acontece que precisamos continuar viagem, eles podem nos achar de novo, e podem fazer isto a todas nós.

Finalmente recomposta, com o carinho de Kinji,Minoko se separou dele ,levantou-se e disse em tom enérgico, apesar da cabeça baixa e das lágrimas que ainda escorriam de seu rosto:

-Eu não vou deixar, Fushiko! Eu não vou deixar que eles tentem fazer isto mais com nenhuma de nós e com mais ninguém! Vou matá-los todos! Todos!

-Mas você já não matou o bandido, Minoko?

-Não basta, Karemi. Quero matar a todos! Todos eles! Voce pegou a espada daquele desgraçado, Kinji?

-Ela está comigo, mas eu não sei usá-la direito , sou péssimo espadachim!

-Eu te ensinarei. E ensinarei à todas vocês, vocês precisam saber se defender para poderem me ajudar.Ou na próxima vez poderemos estar todas estupradas e mortas!

-Mas matá-los só vai trazer mais gente atrás de nós, só leva a mais vingança, não leva a nada, Minoko...

-Já matamos dois, Fushiko, irão atrás de nós de qualquer jeito, já somos criminosas fugitivas!

Ninguém teve como discordar. Os olhos de Minoko estavam vermelhos e seu olhar exibia um ódio profundo, de assustar.

-Eles ainda hão de esperar por lá, e haverão de passar a noite lá, pois estão encrencados agora. Levarão tempo para consertar a carruagem. Passaremos o resto do dia aqui, e vou ensinar-lhes a arte da esgrima enquanto isto. Ao anoitecer, atacaremos.

-Ei, olhe um dos cavalos ali! Deve ter fugido na confusão !

-Que ótimo,Kinji, vamos ver se encontramos os outros.Se um escapou, os outros não devem estar longe!

-Puxa, Minoko, este tempo todo completamente nua na frente do Kinji, e você nem fica envergonhada..

Minoko corou na hora, e sua reação automática foi de tentar se cobrir com as mãos, mas pensou melhor e disse, ainda vermelha:

-Ah, agora deixa para lá, agora ele já viu tudo mesmo,o importante é que ele está sendo um bom moço e me respeitando apesar da minha nudez...

Kinji também corou, pois tentava disfarçar a todo custo a excitação que a visão de Minoko nua promovia em seu corpo e morria de mêdo que fosse pêgo em flagrante admirando o corpo dela.Ele imediatamente tirou o casaco de cima de seu kimono e deu à ela para se cobrir.

-Obrigada,Kinji-san!Não falei à vocês que ele é um bom moço?

-Háhá!Vamos ver isto hoje à noite, qual será que ele vai agarrar enquanto estivermos dormindo?Disse Fushiko, completando,em meio à risadinhas:-Tomara que seja eu !

-Fushiko! Isto é coisa que se diga, sua pervertida?

-Ih, gente, a Minoko está com ciúmes do Kinji, heim?Está caidinha por ele, heim?Brincadeirinha, sua boba,só para te provocar !

Minoko ficou vermelha, e furiosa:

-Fushiko, sua maldosa! Não é nada disto !

-Minoko, se você me trair com ele, eu te mato !

Agora era Kogyo quem estava com ciúmes.

Kinji não tinha onde pôr a cara...

E assim as horas se passaram. Como, depois de algum tempo estavam todos com fome, Minoko ainda aproveitou o treinamento para desenvolver o fôlego, o pensamento estratégico e a agilidade deles envolvendo todos em uma caçada atrás de um coelho gordo, que ela acabou por abater com sua espada, depois de muita correria de todos, procurando cercar o animalzinho assustado.

-Muito bem, agora, Kinji, é a sua vez de tirar a pele, retirar as entranhas e limpar o coelho por dentro, a cabeça eu já arranquei, procure também desmembra-lo com sua espada. Depois arranque a carne do osso e a parta em bifes. Eu acenderei a fogueira e prepararei o churrasco de coelho.

-Nossa, Minoko, todo o trabalho pesado para mim?

-Ah, mas que fracote! Que reclamão! Deixe de reclamar, voce é o homem aqui!Ainda se diz apaixonado por mim, mas nem tem disposição e boa vontade de me ajudar!

-Você de certa forma tambem o é, Minoko.

-Não discuta comigo! Eu estou neste corpo delicado, não há o que eu possa fazer, imbecil ! Obedeça às minhas ordens !

Minoko estava bem brava agora!

-Pouco mandona ela, não? Disse, entre risinhos Fushiko.

-Se ele for marido dela, coitado dele...

-Eu não vou deixar, Namya! Não mesmo ! Ela é meu namorado, quem vai se casar com ela sou eu!

-Eu, heim, Kogyo??? Estou te estranhando, que casamento mais esquisito este...

-Não achei graca da sua piadinha, Kareni. Ela é minha!

-Pode ficar com você , Kogyo. Eu é que não quero saber de ficar com outra mulher!

-É isto aí, Namya. Minha curiosidade É apenas saber como é que eles vão conseguir ter filhos, ihihihihihihihihihihihihi !

Disse Fushiko , rindo com gosto!

Um sonoro tapa na cara foi a resposta de Kogyo, e as duas começaram a brigar, se agarrando e rolando no chão, com unhadas, mordidas e mãos nos cabelos.

Kareni e Namya foram tentar apartar, e a briga acabou envolvendo-as tambem.

-Parem com isto vocês quatro! Temos de ser um grupo unido, não podemos brigar entre nós!

-Ah, deixe de ser chata, Minoko, voce nunca participou de uma briga de mulheres, venha e junte-se à festa, a briga é por sua causa mesmo!

-Como por minha causa, Fushiko?

-Estamos brigando por que a Kogyo quer casar e ter filhos com você, e não quer deixar você casar com o Kinji, que te ama!

-Escute, Fushiko !Eu não vou casar com ninguém! E que historia é esta de ter filhos? Esqueceram que eu não posso engravidar?Eu não vou ter filhos com ninguém, pois no meu íntimo mais íntimo ninguém entra, nem entrará, nunca ! E isto é problema meu, eu escolho quem eu quiser,se um dia eu quiser me casar com alguém!Deixem a minha vida em paz! Eu vou é acabar com esta briga já já !Chega de voces ficarem se metendo na minha vida!

Minoko estava roxa de vergonha!

-Convencida! Arrogante! Mandona!

-Cala a boca, Kareni!

-Ninguém cala minha boca, não ! Vem, Minoko, vem calar minha boca se puder, se você for mulher!

-Não sou , mas vou te ensinar uma lição mesmo assim! E Kinji, nem pense em tentar apartar ! Fica quieto no seu canto !

Minoko acabou se envolvendo na briga também. Kinji, absorto em seu trabalho manual observou o agito e pensou conigo mesmo:

“- Ah, estas meninas...quando vão aprender e amadurecer..”

Quando a briga estava no fim, restavam só Kareni e Minoko lutando entre si e discutindo, rolando pelo chão.

-Está vendo, sua idiota, você não calou minha boca!

-Ah, é, Kareni, pois eu vou calar voce já!

E Minoko a beijou na boca, em um beijo de língua profundo e demorado.

Karemi corou de vergonha,arregalou os olhos e se debateu em protesto, depois se entregou e se deixou levar pelo prazer, já que as mãos de Minoko a acariciavam como só um homem o faria. Mas Kogyo , que estava conversando com as outras, olhou para trás, viu e percebeu o que estava acontecendo!

-A Minoko está agarrando a Kareni! Larga ela seu infeliz! Infiel! Eu vou te dar uma surra!

Kogyo estava roxa de ciúmes, e só entao Kinji tambem percebeu e levantou-se do chão onde estava sentado.

Minoko largou Kareni, ainda tonta e doida para ir além com ela.

-Espere, Kogyo, eu posso explicar!

Splaaaaaaaaft! Um sonoro tapa a fez cair sentada. Sua bochecha direita estava ainda com as marcas roxas dos dedos de Kogyo, que bateu tão forte que sua mão doia.

-Minoko, mas como voce beija! Oooooooh!!!!!!!!!Ai, ai, acho que eu é quem estou apaixonada por você agora.... Disse Kareni, ainda deslumbrada.

-Cale a boca, desgraçada! Que bela amiga voce é! Tarada! Lésbica!

-Quem voce está chamando de lésbica tarada, Kogyo? Quem foi vista por toda a aldeia transando com a Minoko?

-Eu vou te bater outra vez!

-Gente, chega, parem de brigar. A Minoko já tem agora três corações com que se preocupar...

-Cale a boca, Kinji, a briga é por sua causa também!

-Eu não vou entrar nesta briga, Kogyo. Eu não bato em mulheres, seria covardia...

-Ah, é? Pois vai sim! Oh, se vai! Já que você não bate em mulheres, vai apanhar delas então!Entao vamos lá, meninas! Vamos aproveitar e dar uma surra nele também!

Kogyo, Kareni, Namya e Fushiko se atiraram furiosamente nele, que levou um surra daquelas.Na verdade, agora já não se tratava mais de uma briga de verdade, mas de pura diversão...

Só Minoko ficou de fora, pensando consigo: “Eu nunca vou entender as mulheres... e como aquela bruxa ainda pode querer que eu seja mulher? Vá lá se entender...”

Depois os ânimos se acalmaram, e todos se reuniram em volta da fogueira, conversando animadamente em volta da fogueira, pois o coelho já estava assado, e todos comeram à vontade.

Meia hora depois de se fartarem, Minoko disse:

-Agora sim, está na hora de atacarmos. Vamos bater neles com toda a energia!

-Vamooooos! Disseram todos ao mesmo tempo, alegremente.

-Certo! Eu , o Kinji, e a Kogyo vamos na frente, eu e ele com nossas espadas e ela com o chicote. Vamos desarmar alguns guardas e depois daremos as espadas para vocês, e aí voces entram com tudo! Então , vamos lá! Disse Minoko , estusiástica, esquecendo-se , no entanto da temeridade que era conduzir um grupo de mulheres mal treinadas para lutar com soldados experientes e fortes.Nem por um segundo ela se lembrou que não se aprende os segredos milenares do kendô(a esgrima japonesa) em apenas um dia!

Correndo silenciosamente pela floresta, eles logo chegaram ao lugar onde os guardas estavam, ainda tentando consertar a carruagem. Um mensageiro a pé mora mandado assim que a confusão começou e os cavalos se perderam , para que fossem providenciados outros cavalos.Porém,eles sabiam que isto poderia demorar ao menos mais um dia.Mas não iria demorar muito para os reparos terminarem, os soldados estavam com planos de prosseguir assim que os novos cavalos chegassem, pois a autoridade misteriosa que eles transportavam estava impaciente.

Os soldados ainda eram em dez, e dentre eles haviam dois arqueiros.

Kogyo estalou o chicote ruidosamente.

-Que barulho foi este? Foi a pergunta que os soldados fizeram entre si, apreensivos.

-Vão investigar seus idiotas! Como eu posso coletar impostos para o Xogum, se vocês não conseguem nem me defender, seus incompetentes! Andem logo, se temem por suas vidas, um Mestre Espadachim famoso como eu não tem que ficar se defendenco sózinho se tem soldados à sua disposição!

Os soldados engoliram em sêco. O Capitão deles disse ao Coletor de Impostos:

-Sim,senhor, Sua Eminência , Futubahashibara-dono! Vocês dois, vão investigar o que aconteceu!

Os dois soldados designados se embrenharam na mata. Sabendo que alguns colegas já tinham morrido em emboscadas, eles estavam temerosos agora.

Kinji e Minoko apareceram de seus esconderijos de repente, e suas espadas se afundaram nos ventres dos dois soldados, que caíram desacordados pela perda de sangue. Uma estocada no coração de cada um os matou de vez.

Pegaram as duas espadas e deram para Namya e Fushiko. Agora elas, Kinji, Minoko e Karemi já tinham espadas, só faltava uma para Kogyo.

Mais dois soldados vieram em socorro dos companheiros, e tiveram suas cabeças cortadas. Kogyo recebeu sua espada.

-Agora está tudo pronto, ainda temos seis soldados para matar. E somos em seis, então, é um para cada um. Vamos lá, então, atacar!

Todos seguiram o brado de Minoko e sairam da mata correndo e gritando seus gritos de guerra. A batalha começou.

As meninas tinham dificuldades para lutar, ao contrário de Minoko , que deu conta fácilmente do soldado do qual ela se encarregou, e ajudou Kinji, que estava em apuros.

O calor da luta recrudesceu, mas a agilidade das meninas se revelava preciosa, e, com a ajuda da habilidade de Minoko, que os acertava pelas costas enquanto elas distraíam os soldados com seus golpes primários,todos os soldados foram mortos.

-Muito bem, vocês mataram meus soldados, até mesmo meu valente Capitão foi derrotado.Você é muito habil para uma mulher, mas comigo a coisa não será fácil. Nada fácil, nada fácil mesmo! Disse o coletor de impostos se dirigindo a Minoko.

-Quem é voce? Pare de se esconder atrás deste manto, mostre sua cara, seu covarde! E outra coisa: eu não sou mulher!

- Ah, é mesmo? Eu sou o terrível, temível , famoso espadachim samurai Seisaro Futubahashibara! Tenho umas duzentas mortes em minhas costas, pelo menos, já perdi as contas...

- Minoko, não o enfrente! Ele é famoso mesmo, temido em todo o Japão! Você não pode com ele!

- Cale a boca, Kinji, deixe de ser covarde. Escute,Seisaro ou seja lá quem voce for, eu sou Narumeshi Nagyo, filho do famoso Mestre Samurai Osamu Nagyo! E sei tanta esgrima quanto você, não tenho medo de você!

- Filha, voce quer dizer?

- Não, filho. Uma bruxa transformou meu corpo em um corpo feminino, mas minha mente continua sendo masculina, e minhas habilidades também, e gosto de matar também! Um de seus soldados tentou me estuprar, matei o bandido, e agora vou matar a todos, inclusive você , por vingança!

- -O filho do Grande Osamu, que destino vergonhoso, virou uma mulherzinha...acho que tambem vou estuprá-la antes de matá-la, o Xogum, da qual sou vassalo leal, me encarregou de matar seu pai, o único que combateu comigo e sobreviveu, mas se não acho seu pai, pelo menos o filho já será uma otima aquisição. Acho até que nem vou matá-la, vou fazê-la minha escrava sexual, minha prostituta pessoal, e depois que eu encontrá-lo e cada vez que eu a violentar, vou rir do sofrimento do seu pai, pois vou ficar violentando-a na frente do seu pai!E outra, você daqui há pouco vai aprender, que sou mais velho e experiente que você, e que há coisas no kendô que só se aprende com a experiência,sem falar que o meu estilo,o estilo Ganryu,é muito superior ao estilo Nagyo,hehehehehe...

-Isso Nuncaaaaaaaa! Deixem-no comigo, ele é meu!

Minoko agora estava realmente furiosa, e atacou com tudo.

Mas de fato, Seisaro não era um espadachim qualquer, tinha realmente uma habilidade excepcional, e as espadas regiravam uivando no ar, para um lado e para outro, furiosamente, se entrechocando com violência, tirando faíscas.

Seisaro era um homem corpulento e atlético, muito musculoso, bem mais forte que Kinji, por exemplo, que tinha estatura mais baixa, e Minoko estava preocupada, pois sabia que logo iria se cansar, e isto poderia ser fatal. Mas lutava com todas as suas forças. Golpes à esquerda e direita, para cima e para baixo, e um golpe acertou sua coxa direita, tirando muito sangue.

Ela respondeu acertando o braço dele, que teve um corte profundo, e ele respondeu com um corte superficial no rosto que quase lhe acerta o olho.

A fúria do embate aumentou ainda mais, e chegou uma hora em que Minoko não conseguiu mais corresponder à velocidade dos golpes de Seisaro e caiu de joelhos no chão.Seisaro tinha razão, Minoko ainda tinha muito a aprender!

-Agora vou que você perdeu, vou estuprá-la,fique quietinha se não quiser morrer!Ahahahahahahahah!E ainda se acha grande espadachim!Não deu nem para começar!Riu-se o Coletor de Imostos, com cara de tarado,e desamarrando seu kimono de seda.

Mas se ouviu um assovio, e uma flexa acertou o ombro direito de Seisaro, que caiu encolhido de dor. Rápida, Minoko afundou sua espada na virilha de Seisaro, e a destruiu, rasgando tudo o que havia ali,e ele se contorcia, urrando de dor. A espada dele, porém ainda acertou as costas de Minoko, cortando só musculos, mas fazendo um ferimento muito doloroso, e ela gritou de dor e caiu para a frente.

Depois de algum tempo encolhido de dor, com as mãos na virilha, Seisaro jogou uma bomba de fumaça e sumiu. A trilha de sangue seguia floresta adentro.

Kinji socorreu Minoko, e as demais se reuniram em volta dela. Estava muito ferida.

Quando acordou do desmaio, Minoko notou que estava nos braços de Kinji.

-Onde ...onde está aquele, aquele desgraçado? Ai, aiaiai, aiaiaiaiai, como dói!

-Não fale, Minoko, você está muito fraca,perdeu muito sangue!

-Fra...fraca, eu achei que fosse ser violada até morrer... aquela besta é melhor que eu pensava, nunca...nunca vi ninguém lutar tão bem assim!

-E você quase virou vítima dele mesmo! Eu a salvei, acertei uma flexada nele bem na hora em que ele ia te agarrar!Vocês todas podiam estar como escravas sexuais dele, e eu morto,se eu não o tivesse acertado!

--Ah, Kinji! Voce é tão bom comigo...você o matou?

-Não, ele conseguiu fugir.Mas você o atingiu e ele fugiu, muito ferido, olha o rastro de sangue dele ali! Mas não vai mais estuprar à ninguém. Você cortou o você sabe o quê dele.

-Ah, mas você é um incompetente, Kinji-sempai, seu fraco! Deveria tê-lo matado,aproveitando-se que ele estava ferido! Ainda o deixou fugir pelo visto!

-Ele usou uma bomba de fumaça, ninguém conseguiu vê-lo, ele fugiu!

-E daí, Fushiko, vocês precisam procurá-lo e matá-lo, ele não deve ter ido muito longe!

-Não, Minoko, ele é muito mais hábil do que nós, ele iria nos matar a todos com facilidade. Voce é a única que pode enfrentá-lo um pouco mais, e ainda assim, perdeu para ele.Depois, ele é um vassalo poderoso e influente,se o matarmos seremos caçados pelo Japão inteiro!Aliás, agora já somos criminosos procurados! Agora se acalme, vou tratar seus ferimentos, vou cuidar de você direitinho!

-Você é tão carinhosa, Kogyo, obrigada! Você tem razão. Mas da próxima vez ele não escapa, pois eu vou treinar muito, para superá-lo!E tenho de treina-las mais também, pois vocês ainda estão muito ruins. Vamos dormir aqui,e amanhã prosseguiremos na nossa viagem. Agora já temos cavalos, vai ser bem melhor.!

O dia seguinte logo amanheceu, e Minoko agora já estava com os ferimentos tratados e curativos feitos. Mas não estava ainda em condições de cavalgar, então, foi na garupa , com Kinji conduzindo o cavalo. Ela abraçava suas costas e sentia prazer em sentir o calor do corpo dele, algo que ela relutava em aceitar que fosse verdade.

Então, no meio do caminho, ouviram um barulho de cachoeira perto, e resolveram parar. Todos estavam sujos e esfomeados e com sede, depois de meio dia de viagem no lombo dos cavalos. Se embrenharam na mata,e a cachoeira estava lá, e amarraram entao os cavalos, e desceram deles.

-Bom, Kinji, agora as mulheres vão tomar banho, e você não pode assistir. Seja bonzinho e vá caçar e preparar alguma comida para nós, enquanto nós tomarmos banho. Quando estivermos prontas, nos o chamaremos.Minoko, vá com ele.Depois que tomarmos banho, cada um de vocês dois, um por um, irá tomar banho, sózinho,claro.

Kinji e Minoko obedeceram às ordens de Fushiko, e afundaram-se na mata.

Logo as moças se desnudaram e entraram debaixo da cachoeira, e logo estavam brincando no rio.

-Lava minhas costas, Namya?

-Tudo bem, Fushiko.

-Huuum, está gostoso,você tem um toque tão gostoso,Namya! E Fushiko agarrou as mãos de Namya e as colocou sobre seus seios. Namya espantada, arregalou os olhos,e gritou:

-Fushiko, o que é isto?Está ficando louca?

-Se elas podem se beijar, por que nós não?Sabe, andei mudando de idéia, acho que vou virar lésbica!

-Haaaan! Eu, heim, estou te estranhando!Fushiko! Pare com...

Não houve tempo para terminar a frase, o beijo veio quente , profundo e demorado.

Kareni viu o que acontecia, e gritou:

-Ei, o que está acontecendo entre vocês duas?Desde quando estão namorando?

As duas ficaram roxas de vergonha e se separaram imediatamente.

-Só podia mesmo ser esta depravada da Fushiko, que deve ter agarrado a Namya!

-Quem você está chamando de depravada, Kogyo, sua vadia?

Respondeu,Fushiko, nervosa.

-Parem, parem, por favor...não briguem...se a Minoko nos vir, vai achar que é por minha causa!

-Ah, já entendi...a Namya gostou do beijo e quer mais, deve ter se apaixonado pela Fushiko, por isto está defendendo ela!

-Ai,Kareni, não...fale assim de mim, fico tão envergonhada...Fushiko, desculpe,mas...o que ela disse é verdade!Disse Namya, toda envergonhada, e atirou-se num beijo ainda mais lascivo para cima de Fushiko, que foi pêga de surprêsa!

-Eeeeeee?Gritaram as outras duas, espantadas.

Mas ao ver que Fushiko, depois da surprêsa,correspondeu ardentemente ao beijo, e que as duas já estavam começando com as mãos bobas para cima uma da outra,Kareni resolveu intervir e dar um basta naquilo:

-Vamos ter de separar as pombinhas apaixonadas...vem, Kogyo, me ajuda aqui.

As duas agarraram as outras duas que se beijavam e as arrancaram uma da outra, e as jogaram na água.

-Que pouca vergonha!Nunca pensei que vocês fossem promíscuas assim !

-Eh,Kareni, quê que foi agora?Está com inveja?Ou seriam ciúmes?

-Vê se você se enxerga, Fushiko!Eu não quero nada com mulher não!Eu, heim?

-Pois eu estou sem homem há um tempão, e não gosto de baixinhos como o Kinji, que já gosta da Minoko, aliás,então,vou de mulher mesmo!Namya, aceita namorar comigo?

-Eeeeee?

Namya colocou as mãos no rosto, vermelhíssima de tanta vergonha, e saiu correndo!

As outras moças ficaram espantadas!

-Você pediu a Namya em namoro?Você não tem vergonha não, Fushiko?

-Eu, vergonha,Kogyo?Ora, se você quer namorar a Minoko, porquê eu não posso namorar a Namya?

-Porque isto é uma pouca vergonha, oras!Mulher namorar com mulher!Onde já se viu isto, está louca?E depois,a Minoko está com a mente do Narumeshi nela, ela é homem por dentro, então é diferente!Já a Namya não é assim! Ela é completamente mulher !

-Ah, sei, até onde estou vendo o amor dela pelo Kinji, a Minoko está ficando cada vez mais mulher,qualquer uma percebe que é a parte feminina que a está dominando,daqui há pouco não haverá mais um traço de homem nela!

-Não é verdade,Fushiko, você é que é maldosa!Se você insistir, eu vou te massacrar!

Kareni decidiu intervir novamente:

-Chega, chega, gente, vamos parar de brigar, cada uma num canto da lagoa, vai !

As três viraram os rostos uma para a outra,emburradas.

Dali há pouco se ouviu um grito, e um tropel em meio à uma nuvem de folhas secas vindo da floresta.

As meninas se levantaram correndo,se perguntando o que era aquilo.

Então a explicação veio à galope:Namya estava correndo feito louca, nua,e um enorme javali a perseguia, e atrás dele corriam, esbaforidos, Kinji e Minoko, com arco e flexa nas mãos, tentando acertá-lo.

Estava instalada a confusão!

As meninas começaram a correr também, e corre para cá, corre para lá, Namya foi atropelada pelo suíno selvagem e jogada longe, mas ao aterrizar....

-Mmmmm...uuuhmmmmm!

-Que foi?Que foi?

-Sai de cima dela, Namya, você a está sufocando!

Disse Kareni.

Namya olhou para baixo:tinha aterrizado em cima de Minoko,com a virilha e o que havia debaixo dela enterradas fundo na boca de Minoko, que sufocada, não conseguia respirar!

-Aaaaaah!Namya saltou num átimo, ajoelhou-se e enterrou as mão na cara, de tanta vergonha!

Mas não havia tempo!Lá vinha o javali outra vez, à galope, e todos saíram correndo!

Acabaram todos subindo numa árvore, e só então Kinji acertou uma flexa certeira no coração do monstro, que caiu morto!

-Uff! Finalmente !Vamos ter carne de porco no almoço hoje !

-É isto aí, Kinji! E você como é o cozinheiro-mor, vai ter todo o trabalho, não é?

Kinji, em resposta à Fushiko, resmungou qualquer coisa baixinho.

-Como é que é?Está reclamando do quê, seu inútil?

-Eu escutei o que ele disse, e concordo com ele, Fushiko,você é uma folgada?Porquê não trabalha um pouquinho?

-Ora, a pombinha defendendo o pombinho..que paixão...trabalha você, oras,já que quer defender seu marido inútil!

Minoko corou na hora:

-Ele não é meu marido!Pára com isto!

-É sim, Fushiko,você não pode falar nada dela, já que você e a Namya estão namorando!Se eu e a Kareni não tivéssemos parado vocês duas, sabe-se lá até quando vocês não estariam fazendo amor juntas na cachoeira !

Fushiko e Namya coraram imediatamente, ficaram roxas de vergonha.Namya começou a chorar, e deu as costas para todo mundo.

-Pare de fazer fofocas, Kogyo!O que você tem com a minha vida, heim?Eu me apaixonei pela Namya sim, e daí?Eu admito, admito mesmo, está bem?Eu não era assim, mas agora que descobri que é bom ser assim, agora sou!

-Depravada !Gritou Minoko.

-Eu, depravada?Não foi você quem acabou de sentir o gostinho mais íntimo da Namya?Pelo visto, deve ter adorado!

Namya se envergonhou mais ainda, tanto que pegou um monte de folhas e se cobriu, para que ninguém a visse, e chorava de vergonha aos berros.Nem conseguia se defender !

Mas Minoko também corou muito, mas conseguiu responder:

-Ora, sua, sua...aquilo foi um acidente, como ousa, sua...

Kinji interviu e a segurou para ela não bater em Fushiko:

-Pare,Minoko-san, não responda às provocações dela, ela é maldosa, fofoqueira e gosta de armar escândalo !Olha, porque todos nós não limpamos o javali e assamos ele juntos?

-Eeeee?Disseram todas juntas, menos Namya, que ainda estava escondida de vergonha.

A mulherada voou em pêso em cima de Kinji,que levou outra surra daquelas. Pior, depois de apanhar, ainda teve de fazer todo o serviço pesado sózinho e cozinhar para as emburradas, que depois de brigarem feio uma com a outra,ficaram também de cara virada uma para a outra.Só depois que o cheirinho de carne assada tomou conta do ambiente, elas começaram a pedir desculpas uma à outra e comer.

Depois disto, todos se trocaram, e prepararam e devoraram o javali.

Depois de descansar um pouco, todos pegaram estrada de novo. Estavam a caminho de Kyoto !

Mas o que eles não sabiam é que a esta hora, o Coletor de Impostos já estava no castelo do Xogum ao qual servia,estando ele naquele momento numa entrevista com o poderoso soberano!

Agora a situação da trupe se complicara.Eles tinham matado vários soldados, e pior, humilhado um alto vassalo,e o Xogum concordara em ceder uma tropa de samurais, numa expedição punitiva à nossa trupe, e agora eles seriam caçados cruelmente, como animais!

Sem saber da entrevista do Coletor de Impostos com o Xogum ,para caçá-los como animais,nossa trupe prosseguia a trote manso, com tranquilidade.

Mas isto não iria durar muito. Repentinamente se ouviu um tropel vindo da floresta.

Os cavalos empinaram, assustados, e todos tiveram muito trabalho para acalmá-los.

Então uma horda de animais atravessou a estradinha correndo, de cervos a coelhos, incluindo até uma alcatéia inteira de lobos e vários ursos bem grandes!

-O que está acontecendo por aqui?

-Eu não sei, Kogyo, para assustar até animais ferozes, alguma coisa tem!

-Tem sim,Namya! O olhar de todos eles é de puro pânico!Será algum monstro?

-Não, Fushiko, à não ser que ele seja o responsável por aqueles clarões e raios saindo da floresta!

Uma gargalhada sinistra se ouviu bem de perto, e ela parecia ecoar por toda a mata.

-Eu conheco esta risada! É a bruxa! A bruxa que me transformou em mulher! Só pode ser ela!

-Ah, não, você está certa, Minoko, só ela ri assim!

-É sim, Kareni, é ela mesma! Furyushiro, sua idiota! Você voltou! Disse Minoko.

Suspensa no ar, a um metro do solo, envolta por uma esfera de luz e energia amarelada e brilhante, com um sorriso desdentado e maléfico no rosto, e soltando raios pelas mãos,lá estava a terrível bruxa novamente!

-Voltei, Minoko! Gostou da minha entrada triunfal? Foi apenas uma pequena demostração do meu poder!

-Já não basta o que fêz comigo? O que você quer mais? Pensa que é fácil aguentar tudo pelo que estou passando?

-Vim apenas ver o seu progresso como mulher, Minoko! E vejo que você está de fato fazendo muitos progressos mesmo! Bom, para aquela que uma vez disse que não faria amor com ninguém nunca e agora,toda enamorada com o rapz aí,pelo visto você já está quase abrindo as pernas para ele!

Minoko corou de vergonha, assim como Kinji.

-Deixa de ser maldosa, Furyushiro!Como você sabe destas coisas?

-Eu, Fushiko? Como, se sou uma Bruxa? Eu sou cruel mesmo, e gosto disto!Eu sei pela minha bola de cristal, da qual venho observando vocês!

-Chega, minha senhora! Eu amo a Minoko, e vou defendê-la com a minha vida , se necessário!

-Olha, seu fraquelo, não fale estas coisas, não me provoque, eu tambem posso transformá-lo em mulher!

-Não me importa, seja homem ou mulher, continuarei amando-a!

-É mesmo? Ama mesmo? Vamos ver então! Desçam do cavalo.

-Nós ficaremos aqui mesmo.

-Minoko, eu mandei vocês descerem do cavalo!Fui clara? Disse a Bruxa, fazendo Minoko e Kinji levitar e jogando-os ao chão.

-Agora sim, está melhor. Agora observem mais um dos meus poderes: Ratzabukorirrin Kalavawatazanana Teturananana Kalana!

E a bruxa idosa começou de repente a rejuvenescer, mais e mais, até chegar ao corpo que tinha aos vinte anos, e ficou nua. Era agora uma ruiva de olhos azuis estonteante, com seios enormes, firmes, e nádegas enormes, redondas firmes, pernas longas e bem torneadas, grossas, enfim um corpo super sexy e provocante. De seus lábios carnudos soou uma voz grave e sensualíssima:

-Kinji, você está sob o meu encanto agora,e vai fazer amor comigo agora mesmo e eu vou te dar o beijo da morte! Você irá se deitar comigo até morrer!Venha a mim, meu escravo!

Kinji estava de olhos vidrados , fora de si , pelo encantamento. Nunca tinha ficado com tanta vontade de fazer amor assim na vida antes !

-Pare com isto! Não vou deixar você matá-lo, ele é meu amigo e vou defendê-lo de uma prostituta como você!

-É mesmo, Minoko?Eu acho que você não vai conseguir!

Ria-se a bruxa, enquanto Kinji se aproximava cada vez mais dela.

Todas as meninas ficaram impressionadas em como a bruxa tinha controle sobre ele. E ele se aproximava mais e mais da Bruxa, cujos caninos começaram a crescer,e ela passava a língua pelos lábios , sensualmente, uma língua bifurcada, serpentina.

-Ela vai te matar, Kinji, acorda! Acorda, vamos!

Gritava Minoko, em desespêro, mas ele continuava mudo, e caminhando lentamente para junto da bruxa.

As meninas tentaram pará-lo, mas foram escorraçadas com violência.Minoko colocou-se na frente dele, de braços abertos, e tentou abraçá-lo, mas foi jogada para o lado.

Minoko, entao tomou uma decisão arriscada: desembainhou a espada e atacou, varando a bruxa de fora a fora, na altura do estômago. Furyushiro urrou de dor. O sangue que saía era púrpura, não parecia sangue humano.

O encanto se desfêz, Kinji acordou e o corpo da bruxa voltou ao normal.

-Você...você vai me pagar caro por isto, desgraçada! Tome isto !

E uma revoada de raios veio em direção a Minoko, que, instintivamente, pegou o Espelho da Verdade e o colocou na frente do rosto. Os raios atingiram o espelho em cheio!

-Oh, não ! O Espelho ! Agora ele absorveu a energia de magia negra que lhe joguei! Não olhe no espelho, não olhe! Disse Furyoshiro, desesperada.

-Ah, é? Pois eu vou olhar sim! E Minoko olhou, e os raios sairam do espelho, a envolveram e começaram a dançar em volta dela, e ela sentiu o enorme poder mágico dentro de si sendo absorvido por seu corpo.

-Por que você não olha também, bruxa velha? Veja a sua velhice, veja a sua feiúra!

-Não, não, não posso olhar! Eu não posso olhaaaaaaaar! Minoko, sua desgraçada, eu ainda vou me vingar! Me aguarde ! Me aguarde! Eu vou voltaaar! E a bruxa desapareceu tão rápidamente quanto apareceu.Só então os raios e faíscas pararam de emanar do corpo de Minoko.

-Puxa, Minoko, o que aconteceu com a bruxa?E com você?

-Ela não pôde suportar a própria feiúra dela, Fushiko. O Espelho absorveu o poder dos raios, e agora, eu também posso soltar raios e fazer objetos e pessoas levitarem!

-Ooooh, Minoko, agora você ficou poderosa, heim?

-Mais ou menos, Kareni. Ela me forneceu apenas uma pequena parte do poder dela, porém,ela é muito mais poderosa do que eu.

-Mas se ela te jogar raios outra vez, o espelho pode absorver mais poder!

-Não, Namya, acho que o poder de absorção do espelho chegou ao máximo. Se ele receber outro impacto, poderá ser destruido. De qualquer forma, ela não irá cair no mesmo truque novamente. Mas um dia terei de enfrentá-la de uma vez por todas, mesmo.

-Será que agora você pode se transformar em homem novamente?

-Duvido, Kinji. Aquele foi um feitiço, e eu precisaria ter acesso ao livro de feitiços dela para isto!

-Olha! Inacreditável, para quem te conheceu desde menino,te ver agora tão poderoso...

-Pois é, Kogyo, a vida é assim,estas coisas acontecem. Mas é muito bom sentir todo este poder dentro de mim!Então,vamos continuar a viagem?

Montaram nos cavalos e retomaram o galope.

Foi quando avistaram, ao longe,uma cidadela, e na entrada, uma taverna.

-Finalmente vou poder tomar um banho decente!

-Isto mesmo, Minoko, e boa comida também!

-Olha,Kogyo,só de não ter de engolir a comida que o Kinji faz...já é um alívio!

-Ah, é, então não cozinho mais para você, sua ingrata!Disse, despeitado, Kinji.

Chegaram na taverna, amarraram os cavalos na frente e entraram.Mas logo de cara viram, de costas para eles,vários samurais numa mesa, tomando sakhê.

Todos ficaram apreensivos, podia ser encrenca. Então tentaram agir discretamente, e sentaram-se numa mesa atrás da dos guerreiros do Xogum.

-Vamos pedir o quê?Disse a esfomeada Kareni.

-Ih, esqueci, não levamos dinheiro para nossa viagem,e era para a gente ter roubado dinheiro do Seisaro e acabamos nos esquecendo também...mas como nosso amigo Kinji-sempai é alguém tão nobre, deve ter algum com ele, não é, Kinjiiii...?

Ele amedrontou-se com o olhar cobrador de Minoko, e só então notou que todas as meninas olhavam para ele,esperando uma resposta positiva, ou ele sabia, que se não tivesse, iria apanhar !

Ouviu-se então um sonoro ronco-vinha dos estômagos de todos !

Kinji corou de vergonha!

-Ihhh, não estou gostando desta cara....Kinjiii...

-Calma, Minoko, calma...

-Me dá sua moedeira, Kinji, agora !Passa tudo !

Kinji, diante da intimação intimidante de Minoko, deu-lhe a moedeira.Minoko desamarrou a cordinha e olhou.

-A Minoko está se comportando com o Kinji como se fossem marido e mulher, não acham?

-Fushiko, cala esta boca!Fica quieta e não fale bobeiras,fofoqueira!Não é nada disto,entendeu?

Fushiko e as outras meninas, com excessão de Kogyo, enciumada e emburrada, caíram na risadinha.

-Rrrrrr..fiquem quietas !Rosnou Minoko.

-Eu queria saber o que o Kinji tem que eu não tenho!

-Não é nada disto,Kogyo, pára com isto! Não é nada disto que você está pensando !

-Não mesmo, é pior, gente...

-Fushiko!Quer levar uma surra em público, pombas!Heim?Eeeeeeeeh, só isto?Kinji, seu idiota, eu te mato, o que tem aqui não dá nem para a gente tomar chá!Você não tem vergonha na cara, seu estúpido?

Kinji cruzou os braços na frente do rosto, e afastou seu corpo, já que estava sentado ao lado de Minoko.

-E agora, seu imbecil, como vamos fazer para comer, dormir, tomar banho?Mas que fracote, que medroso, pobre,incompetente...e ainda se diz homem?

-Minoko, pára de humilhar ele, ele já está quase chorando, coitado!Isto não vai levar a nada...

Murmurou a tímida Namya.

-Ah, é?E qual a solução então?

-Vender os cavalos, querida...

Murmurou Kinji, amedrontado.

-Vender os cavalos?Está ficando louco, Kinji-san?E depois?Vamos ter de viajar a pé?Eu vou te bater, eu juro que vou !

-Ihhh...a Minoko está de mau humor hoje ! Olha, eu acho que ele tem razão, ou a gente vende os cavalos, ou então se prostitui, porque ninguém vai querer dar emprego para um bando de forasteiras...

-Isto nunca !Kinji, vá vender os cavalos! Agora !

-Minoko, acho melhor eu ir, uma moça bonita tem mais chances...

Disse Fushiko.

Ela foi até o estalajeiro, no balcão, subiu o vestido e sussurrou no ouvido dele.Dali há pouco, ela foi com ele e mostrou os cavalos, e depois voltou.

-Pronto, ele disse que, em troca dos cavalos,podemos ficar duas noites aqui, e comer e tomar banho de graça. Só que ele só tem um quarto disponível, e só um futon largo , é pegar ou largar!

-Eeeeeeh?Eu, ficar no mesmo quarto que ele?Teremos de dormir todas com ele no mesmo leito?

-Isto mesmo, Minoko, mas se quiser, eu durmo do lado dele e você fica na pontinha...

-Fushiko....

-Ah, dorme em cima dele então...

-Eu te mato!Ordinária ! Sem vergonha !

-Ahahahahahahaha!Olha o ciúmes dela, quem diria, o Narumeshi virando mulher e querendo dormir com um homem, tão machão que ele era...

-Eu...eu...eu te mato, desgraçada! Minoko agora estava furiosa com Fushiko, que adorava provocá-la !

-Parem com esta barulheira,que senão vamos chamar a atenção dos samurais,gente !Olhem, a moça que serve vem vindo !

Interviu Kareni.

Elas pararam com a briga imediatamente.A fome falou mais alto.

-Bom dia !Meu nome é Chitose,o que vão querer pedir?

-Eu vou querer um teppan de carne com bastante tempurá!

-Eu vou querer uma generosa porção de sashimi !E uma porção dupla de arroz!

-E eu um porco assado !E muito sakhê!

-Eu vou...

-Desculpem, não temos nada disto. O prato de hoje é arroz com curry.Disse Chitose.

-Eeeeeh?Só isto?

-Por favor não reclame, Fushiko-san.Você pensa que não vi você beijando meu pai na boca para convencê-lo a lhe comprar os cavalos?E ainda deixou ele fazer mão boba pelo seu corpo todo, que eu vi!É isto ou vocês passam fome!

Chitose era outra que estava de muito mau humor. Ela era filha do estalajeiro e morria de ciúmes dele, a ponto de, depois de sua mãe falecer depois de ter ficado gravemente enferma,nunca ter deixado o pai namorar a ninguém.

Todos olharam feio para Fushiko, que corou de vergonha,que nem respondeu e pediu desculpas a todos.Então todos concordaram em comer arroz com curry.

Logo todos estavam bem alimentados.Agora iriam subir para descansar, mas...

Como iriam fazer para dormir com Kinji?Quem iria dormir ao lado dele?

Entretanto, não houve tempo para subir as escadas.Uma voz grave soou:

-Senhorita, por favor,gostaria de conhecê-la.

Kareni levou um susto!Era um dos Samurais !

-Si...sim, senhor, senhor...

-Yeasu.Kadokawa Yeasu, humilde vassalo do Xogun de Nagoya.Eu preciso urgentemente lhe dizer uma coisa:

-E...é?

-Por favor me desculpe se estou intimidando a senhorita.Mas o que tenho a lhe dizer é muito sério...

Kareni tremeu nas bases, o que seria?

-Quero lhe dizer que estou apaixonado pela senhorita!Seus cabelos curtos, seus olhos de um púrpura imperial,são majestosos,a sua formosura não tem limites!Quero me casar com você!

Disse Yeasu,cofiando sua enorme barba negra que ia até a pança descomunal.Só de olhar, Kareni já o achou muito velho, muito obeso e sobretudo muito, muito feio!

Quando ele terminou de falar,ela quase desmaiou, e ele interceptou seu corpo delicado antes que fosse ao chão!

-Senhorita, senhorita, aconteceu alguma coisas?O que foi?Disse alguma coisa de errado?Senhorita! Por favor, pelo menos me diga seu nome!

-Ka...Kareni...tudo...tudo bem...agora!

-.Então Kareni-san, não queres casar comigo?

Claro que Kareni não queria, mas a tentação era grande, pois estava na cara que o homem era rico e tinha destacada posição social.

-SuseranoKadokawa, meu senhor,nós vamos tomar mais saquê no quarto, o senhor não quer ir conosco?

-Não me interrompa! Ou eu corto sua cabeça!Suma!

Disse Yeasu, para seu comandado.

-Sim, senhor!

E o jovem samurai saiu correndo, subindo as escadas.

-Su...Suserano?

-Ah, desculpe, Kareni-san,não tinha te falado, sou o Senhor deste Feudo,e comando esta pequena cidade.Os outros homens são meus vassalos.

Agora o queixo, não apenas de Kareni, mas de todos,caiu!E não é que o sujeito era não apenas, rico, mas poderoso e influente?

-Pu...puxa...estou lisonjeada...eu..eu estou tão envergonhada,sou tão humilde, eu não sei nem o que responder ao senhor...eu não tenho nível para me casar com um nobre como o senhor, tão poderoso,nem dote eu tenho...

-Isto não importa!Eu farei de você a Grande Dama!Ah, até o Imperador vai ter inveja de mim, casado com a mulher mais bonita de todo o Japão!Farei de você uma moça fina, educada, com uma vida rica, cheia de luxos!

Kareni se envergonhou ainda mais, estava quase roxa de tanta vergonha, tinha vontade de fugir, sair correndo!

Já tinha gente na trupe morrendo de inveja,e outras queriam que ela topasse.

-Mas...mas não podemos casar assim tão rápido...eu..eu fui expulsa da minha família, estou proscrita, sou uma rounin,eu...não posso comparecer a frente dos meus pais,que nem dote tem a lhe ofereçer,sempre quis casar, mas ter um longo noivado primeiro...o senhor sabe..a tradição...

-Então está decidido! Você de agora em diante é minha noiva!E vai se casar comigo!Pode me chamar daqui para a frente, de Yeasu-kun!

-Eeeeeee?Foi o coro que se ouviu!Ninguém podia acreditar !

-E...eu estou muito...muito honrada...Yeasu-kun...

-Então você irá para o meu castelo comigo, para termos nossa noite de núpcias !

-Eeeeeeeee?Kareni ficou ainda mais envergonhada!

-Mas...mas...eu...sou pura...eu queria me manter casta até o casamento...Yeasu-kun, por favor, por favor, tenha paciência, por favor espere...

Kareni mentiu.Ela já não era mais virgem há muito tempo!

E estava metida numa bela encrenca agora.Pois uma hora Yeasu iria querer fazer amor com ela e fácilmente descobriria a mentira!A aí, sua vida correria sério perigo.

Mas Yeasu estava tão apaixonado e deslumbrado naquele momento, que cederia ao que ela quisesse, e ela sentiu isto e decidiu se aproveitar da situação, assim que ele concordou em esperar.

-Yeasu-kun!Eu tenho uma condição!

-Qual é?Qual é?Ai, Yeasu-kun, vindo de sua boquinha tão delicada, soa tão bonito...ai,ai...

-Se vai me ajudar, quero que ajude meus amigos também!Leve a todos nós a seu Castelo para dormirmos lá hoje !

-Imediatamente,Kareni-san...Homens, venham cá! Esta é oficialmente a minha noiva,Kareni,e os amigos dela agora serão meus amigos privilegiados! O Sakhê está suspenso! Vamos voltar para o Castelo agora!Preparem os cavalos, a carruagem e as tochas !

Kareni agora se sentia toda-poderosa!

Mal sabia ela que estava brincando com o perigo...

Mas como foram intimados, o resto da trupe seguiu com o novo casalzinho, na espaçosa carruagem.

Chitose estava morrendo de inveja! Ela sempre quisera ser rica,e depois que soubera que Yeasu enviuvou, sempre tentou seduzi-lo e agradá-lo para tentar casar com ele, mas nunca conseguiu.

Ao chegar no castelo, suntuoso, enorme,com uma multidão de quartos,nossos amigos ficaram embasbacados com o luxo e o tamanho do lugar, e a quantidade de guardas-era uma verdadeira fortaleza.Kareni recebeu um quarto só dela,enorme, enquanto os outros, denotando a diferença de tratamento,tiveram de se espremer num quartinho, e nenhum guarda se importou de por um homem junto com tantas mulheres num quarto pequeno.Havia um só futon grande para dormir, e eles que se virassem!

-Que sorte tem a Kareni, noiva de um homem tão poderoso!

-Não sei não,Fushiko, ele é tão poderoso quanto feio!Eu quero só ver se a Kareni vai ter coragem de se deitar com aquele monstro!

-Ah, você está com inveja,Kogyo!Você só tem a Minoko, e ainda tem de dividi-la com o Kinji!

-Não me irrite, Fushiko, não me irrite, por favor!

-Fushiko,Kogyo, vocês querem ficar quietas, que eu quero dormir?

-Cala a boca, Minoko! Disseram as duas, a ponto de brigarem novamente.

-Acalmem-se, acalmem-se por favor, ou vamos chamar a atenção dos guardas !Disse Namya.

-Ei, olhem, o Kinji já dormiu, o folgado!Quem vai dormir do lado dele?Uma tem de ir do lado esquerdo, outra do direito!Disse Fushiko.

Ninguém queria se deitar do lado dele.

-Vamos tirar no palito, então.As duas que tirarem os dois maiores palitos, dormem ao lado dele!

-Fushiko, esta idéia não vai dar certo!

-Vai sim, se não a gente não dorme hoje, Namya.

Fushiko pegou alguns palitos do bolso do seu kimono e colocou num saquinho de amarrar, misturou tudo e depois pediu para cada uma tirar um palito de olhos fechados.

Dali há pouco, compararam seus palitos.

-Eeeee?Disse Minoko.

-Ai, não! Reclamou Kogyo.

-Está feito:Kogyo deita do lado esquerdo, Minoko do lado direito.Disse Fushiko, que suspirou aliviada, como as demais que pegaram palitos curtos.

-Fushiko, se este idiota me agarrar, eu te mato! Disseram as duas infelizes sorteadas!

Deitaram-se então.Estavam todas cansadíssimas.Minoko, no entanto, já planejava um jeito de escapar dali.Ela sabia que a notícia dos seus crimes um dia chegaria aos ouvidos do Suserano,e então,eles poderiam ser capturados e mortos fácilmente.Ela absolutamente não se senita segura ali.

Na verdade, nem a solitária Kareni, temendo que seu "noivo" invadisse seu quarto durante a noite e tentasse fazer amor com ela.Ela também não sabia qual seria seu destino, ela tinha nojo daquele homem barbudo, feio ,obeso, velho,ele era tudo o que ela odiava num homem, e não podia nem pensar em ficar com ele.Mas estava sendo obrigada, ela sentia, pois não tinha coragem de enfrentar aquele homem, que se fosse recusado, poderia fácilmente matá-la.Ela, como os demais da trupe, se sentia uma presidiária ali, condenada a fazer amor e ter filhos com,e suportar beijos daquele homem nojento e asqueiroso.

(Por continuar)

Cristiano Camargo
Enviado por Cristiano Camargo em 07/12/2010
Código do texto: T2657533
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