Sangue de Dragão - Cap. 14

--- Destino: Menizaia ---

Na enorme sala do Conselho uma reunião se realizava. Os membros do conselho e um grupo de inúmeros magos conversavam sobre as estratégias que deveriam ser tomadas no campo de batalha. Foram convocados principalmente Magos Pesquisadores, Magos de Cura, Magos Combatentes membros da Centúria, em sua maioria, e o mago Farmenis como o único Controlador de sangue de dragão presente na Ordem neste momento.

Todos os magos convocados estavam em silencio esperando as recomendações dos conselheiros, os magos seniores. Foi quando Lorde Borgus se ergueu e começou a falar:

---- Membros da Ordem da Magia. Chegou o momento que tanto esperavam, pois serão mandados para um grande serviço. Menizaia sofre com a ação das forças malévolas compostas pelas Bestas da Floresta e controladas pelo nosso maior inimigo na atualidade, O Renegado. Aquele que outrora fora um dos nossos mais proeminentes membros, se voltou, como todos sabem, contra nossa iluminada Ordem. Esse crime não tem perdão. Seu exército está perdendo terreno a cada dia, e será uma questão de tempo para que se renda, ou morra, perante nossas forças. Portanto, recebam as bênçãos desse digníssimo conselho para que tenham sucesso nesta empreitada. Lembrem-se, o nosso Soberano Imperador espera o melhor de vocês, e em reunião com este conselho, desejou sorte aos seus valorosos magos.

Muito bem senhores, honrem esta instituição e mostrem a força da Ordem da Magia aos nossos inimigos. Que a justiça e a razão prevaleçam. Estão dispensados.

---- Vida longa ao Imperador! Vida longa à Ordem da Magia! --- todos os presentes disseram ao mesmo tempo.

Os saíram para realizarem os preparativos para a viagem à região de Menizaia. Todos exceto Farmenis, que recebeu ordens de Lorde Borgus para que aguardasse.

---- Queria falar comigo mestre --- falou Farmenis.

---- O que foi aquilo que aconteceu na Ala da Detenção há dois dias?

---- Foi apenas uma briga entre o intempestuoso Azura e o meu sangue de dragão. Está tudo resolvido.

---- Ora meu querido pupilo --- Farmenis não gostou do tom de voz do lorde Borgus ---- não se faça de desentendido, você sabe do que estou falando. Quero saber o porquê do sangue de dragão ter liberado a Marca sem a sua interferência.

---- Não tenho uma resposta precisa para sua pergunta, mestre. Minha teoria é que......

---- Sua teoria Farmenis? --- interrompeu lorde Borgus ---- Que eu saiba, o processo de Junção foi realizado com sucesso. Portanto, é seu dever saber o que aconteceu com aquele garoto, afinal você é um mago controlador.

---- Eu sei. Mas a realidade é que esse fato é inédito. Preciso de mais tempo para estudá-lo melhor.

---- Você sabe o quanto é dispendioso para a Ordem adquirir a Fonte Draconiana, muitos membros da Centúria já morreram por isso. E você também sabe como é difícil para os Controladores encontrarem hospedeiros com o tipo de energia compatível para a junção.

---- Sei sim, mestre.

---- Você está prestes a partir para uma zona de conflito. Me garante que aquele episódio não ocorrerá de novo?

---- Me certificarei totalmente disso, mestre. O próprio recente membro da Centúria, Azura, pode oferecer respostas para isso.

---- Faça o que for preciso. Está dispensado e.... boa sorte em Menizaia --- disse lorde Borgus pousando a mão sobre o ombro de Farmenis.

O coração de Orogi batia forte. Seu nervoso era palpável. Ao mesmo tempo era tomado por uma leve excitação e medo. Medo da morte, da dor, do sofrimento, do que iria encontrar quando chegasse em Menizaia. Tudo que já ouviu falar sobre o que acontece nas guerras veio em sua mente. Olhava-se no espelho, estava vestido com uma roupa acolchoada de couro com mangas longas e botas. Estava vestido para a batalha.

Também pensou em Sarina. Queria que ela estivesse ali para te dar a mesma força que lhe deu no centro médico.

Neste momento o mestre Farmenis adentra o quarto abrindo a porta com força.

---- Está preparado?

---- N..não sei mestre.

---- Agora não há mais volta. Vamos, as tropas nos esperam. Coragem sangue de dragão, enfrentará sua primeira de muitas batalhas pela Ordem da Magia. E nós, magos, não admitimos covardes.