ÉRAMOS SEIS
ÉRAMOS SEIS
Éramos seis amigos, irreverentes. extrovertidos, solteiros,
Trabalhadores, honestos acima de tudo.
Éramos seis pensamentos divergentes, cada um teve sua vez...
Éramos seis...
O primeiro, meu irmão Luiz, que da vida nada quis, nasceu, cresceu
Amou, casou, teve filhos, a família perpetuou. Logo Deus o chamou, para dele, ter a arte de esculpir a madeira bruta...artista que era...
O segundo , o João, este, padeiro de profissão, sabia a massa trabalhar...e com arte, doce e fermento, muitas bocas a alimentar.
O terceiro, bom pedreiro, bom parceiro, no que podia ajudar, era pau pra toda obra...e já era popular.
O quarto, quem diria; para Padre foi estudar, nada contra, digo eu, sou suspeito em comentar.
O quinto, Benedito, este sim saiu-se bem ! Casou-se com Viúva, e foi morar lá em Belém...
O sexto...Adivinhem quem ? Sou eu que conta o Conto, não contando com ninguém...
Tem mais...
Em uma fase de nossas vidas, tudo assim aconteceu
Estávamos todos reunidos na casa do Padre, digo, do Alceu, este o nome de nosso quarto personagem, quando lá á porta bateu, uma cigana que em tróca de dinheiro, sua sorte ofereceu, em ler nossas mãos...e tal fato ocorreu.
Por uma obra do destino , a mão do primeiro a cigana leu...
Disse então suavemente, do que iria acontecer, falava pausada, em sua voz arroucada, ser da morte aviso seu...
A mão do quinto então leu, e falou alegremente que aconteceria com ele um acidente.(que tal fato ocorreu). O dito cujo atropelou numa rua a viúva que em seus braços desfaleceu, apaixonou-se dito cujo, que no caso não sou eu...Na hora e lugar seguinte , a mão do terceiro leu...imaginas seu destino? Com a cigana se escafedeu !
Depois foi a vez do quarto, dono da casa, cujo nome é Alfeu, falando á cigana que seria um erro seu, deixar ler sua mão, mas tal fato aconteceu...depois daquele dia, numa tarde ensolarada,saiu-se da vida fadada, transformou-se em guarda armada.
Chegando a vez do segundo, o João, quando a mão lhe segurava, dizia-lhe a cigana que em visão a si demostrada, quem ter fome, á sua porta bateria e pão não faltaria.
Dos seis, era minha hora chegada...estendendo minha mão, disse a cigana aos presentes, este sim, um homem bom...Carrega cruz no peito e tem Deus no coração. Conta contos diferentes
ele tem onde contar... e tem mais um,
que é pra publicar... Éramos Seis
Julio Piovesan