O REI OU HISTÓRIA ANTIGA ATUALIZADA
Chapeuzinho Vermelho foi até a Floresta da Tijuca para levar uma garrafa de pinga para sua avó, dona Maria Pé de Cana. Ia caminhando calmamente pela floresta, louca para ser agarrada pelo lobo mau, quando deu de cara com a Cinderela.
- Cinderela, foi bom te encontrar. Eu soube que o Rei vai dar uma festa e seria uma boa oportunidade para você arranjar um marido.
- Mas que rei, criatura? Estamos em plena democracia!
- O rei do jogo do bicho, garota! Ele tem um filho bonito e rico, mas incompetente para arranjar uma noiva. Por isso o rei resolveu fazer um pagode na casa de Noca e todo mundo vai a caráter. Você pode ir vestida com esses seus trapos e dizer que está usando um modelito do Joãozinho Trinta. Lembra quando ele fez aquele bloco dos esfarrapados, há alguns carnavais?
Cinderela ficou animadíssima com essa boa idéia e topou de imediato.
- Vou pedir à fada para transformar uma abóbora em carruagem - disse Cinderela.
- Você tá delirando, mulher! Vais pagar o maior mico se chegar de carruagem! Toma o Meier- Caxias que passa lá.
Ficou tudo acertado e na hora da festa a Cinderela chegou e arrasou, dançando a dança do tchan a noite toda!
Quando deu meia-noite ela saiu correndo para pegar o último ônibus e perdeu o seu sapatinho número 42 que usava no delicado pezinho.
O príncipe não teve tempo de saber de quem era aquele sapatinho de cristal que ela perdeu.
No dia seguinte contratou todos os capangas do pai, oferecendo-lhes uma soma enorme de dinheiro para que descobrissem quem era a dona do sapato, pois era com ela que ele iria se casar.
Os capangas pediram o auxílio da polícia que disse que só fazia o trabalho se o dinheiro fosse dividido, como era de costume.
Depois de muito trabalho, Cinderela foi encontrada. Quando ela tirou o tênis para experimentar o sapatinho de cristal o pobre emissário do rei caiu fulminado com o seu chulé.
- Venham, venham todos desinfetar esse pezinho que o príncipe tanto deseja.
Imediatamente trouxeram um balde d’água e uma caixa de Omo dupla ação e tudo ficou resolvido.
A madrasta de Cinderela e suas duas filhas estavam no Paraguai comprando umas muambas para venderem no camelódromo de Madureira e perderam a oportunidade de ir à festa. Quando chegaram ficaram furiosas e resolveram sair para espairecer.
Foram até a casa da Branca de Neve, que estava com os sete anões do orçamento, todos já de cabeça branca de tanto fazer conta para ver como se podia viver com o salário mínimo.
Branca de Neve estava conversando com uma bruxa sua amiga, tentando convencê-la a juntar aqueles sete anões no liquidificador e fazer uns dois homens normais: um para usar agora e o outro para mais tarde, mas a bruxa estava irredutível. - Já me aposentei e não estou a fim de mais trabalho - disse ela. Agora recebo pelo INSS e estou numa boa.
A madrasta, que precisava desencalhar as duas filhas, resolveu ir embora, dar um passeio na Av. Atlântica para ver se arranjava um gringo bêbado ou cego, que resolvesse encarar aqueles bagulhos que ela tinha como filhas.
Nada encontrando, resolveram comer um cachorro-quente na praia e voltar para sua mansão no morro do Macaco, onde defendem um ponto de distribuição de drogas.
Chapeuzinho Vermelho foi até a Floresta da Tijuca para levar uma garrafa de pinga para sua avó, dona Maria Pé de Cana. Ia caminhando calmamente pela floresta, louca para ser agarrada pelo lobo mau, quando deu de cara com a Cinderela.
- Cinderela, foi bom te encontrar. Eu soube que o Rei vai dar uma festa e seria uma boa oportunidade para você arranjar um marido.
- Mas que rei, criatura? Estamos em plena democracia!
- O rei do jogo do bicho, garota! Ele tem um filho bonito e rico, mas incompetente para arranjar uma noiva. Por isso o rei resolveu fazer um pagode na casa de Noca e todo mundo vai a caráter. Você pode ir vestida com esses seus trapos e dizer que está usando um modelito do Joãozinho Trinta. Lembra quando ele fez aquele bloco dos esfarrapados, há alguns carnavais?
Cinderela ficou animadíssima com essa boa idéia e topou de imediato.
- Vou pedir à fada para transformar uma abóbora em carruagem - disse Cinderela.
- Você tá delirando, mulher! Vais pagar o maior mico se chegar de carruagem! Toma o Meier- Caxias que passa lá.
Ficou tudo acertado e na hora da festa a Cinderela chegou e arrasou, dançando a dança do tchan a noite toda!
Quando deu meia-noite ela saiu correndo para pegar o último ônibus e perdeu o seu sapatinho número 42 que usava no delicado pezinho.
O príncipe não teve tempo de saber de quem era aquele sapatinho de cristal que ela perdeu.
No dia seguinte contratou todos os capangas do pai, oferecendo-lhes uma soma enorme de dinheiro para que descobrissem quem era a dona do sapato, pois era com ela que ele iria se casar.
Os capangas pediram o auxílio da polícia que disse que só fazia o trabalho se o dinheiro fosse dividido, como era de costume.
Depois de muito trabalho, Cinderela foi encontrada. Quando ela tirou o tênis para experimentar o sapatinho de cristal o pobre emissário do rei caiu fulminado com o seu chulé.
- Venham, venham todos desinfetar esse pezinho que o príncipe tanto deseja.
Imediatamente trouxeram um balde d’água e uma caixa de Omo dupla ação e tudo ficou resolvido.
A madrasta de Cinderela e suas duas filhas estavam no Paraguai comprando umas muambas para venderem no camelódromo de Madureira e perderam a oportunidade de ir à festa. Quando chegaram ficaram furiosas e resolveram sair para espairecer.
Foram até a casa da Branca de Neve, que estava com os sete anões do orçamento, todos já de cabeça branca de tanto fazer conta para ver como se podia viver com o salário mínimo.
Branca de Neve estava conversando com uma bruxa sua amiga, tentando convencê-la a juntar aqueles sete anões no liquidificador e fazer uns dois homens normais: um para usar agora e o outro para mais tarde, mas a bruxa estava irredutível. - Já me aposentei e não estou a fim de mais trabalho - disse ela. Agora recebo pelo INSS e estou numa boa.
A madrasta, que precisava desencalhar as duas filhas, resolveu ir embora, dar um passeio na Av. Atlântica para ver se arranjava um gringo bêbado ou cego, que resolvesse encarar aqueles bagulhos que ela tinha como filhas.
Nada encontrando, resolveram comer um cachorro-quente na praia e voltar para sua mansão no morro do Macaco, onde defendem um ponto de distribuição de drogas.