AINDA BEM QUE FUI TE LEVAR FLORES!

Eu tinha 26 anos, trabalhava em uma floricultura que herdara de minha família. Sempre tivemos um sítio perto da cidade e nossas vidas todas, foram plantando e vendendo flores.

Adorava meu trabalho porque sempre tive um lado romântico e gostava muito de dar flores as namoradas que conseguia conquistar. - que, diga-se de passagem, não foram muitas -. Nunca fui um homem muito afeiçoado (bonito), mas dava pro gasto, até que me achavam simpático. Também nas minhas horas vagas, gostava de pintar quadro de flores e presenteava minhas beldades com eles e, alguns outros, até vendia na loja.

Certo dia, um de meus entregadores de flores, que trabalhava na parte da tarde, não apareceu e eu havia feito uma venda para um rapaz, quase da minha idade, que me pediu para entregar flores à uma moça que dizia ele ser muito bonita, e que morava perto da loja onde eu trabalhava; Mas! Como já estava meio tarde, ele me fez uma observação: Queria que ela recebesse as flores naquele mesmo dia, até as seis da tarde, porque era aniversário dela no dia seguinte e ele queria fazer uma surpresa antecipado, pensando assim poder conquistá-la.

Como já eram quase quatro horas da tarde e meu funcionário ainda não havia aparecido, resolvi fechar a loja mais cedo e ir pessoalmente entregar as flores para a moça.

Ao trancar a loja e sair rumo a casa dela, acabei encontrando com meu funcionário que me explicou o motivo ao qual não havia aparecido e se propôs a entregar as flores que eu estava levando. Mas! Como eu já havia fechado a loja e, - confesso - já estava até curioso para saber como era aquela moça, resolvi então terminar o serviço e ir entregar as flores à ela.

Chegando lá, apertei a campanhia umas três vezes e nada, depois insisti mais uma vez e nada de novo, quando já estava quase indo embora, vi que a maçaneta da porte se mexeu e alguém lá dentro gritou! - Quem é? - Então eu respondi: - São flores para a senhorita Cris. Então, logo a moça resolveu abrir a porta e receber as flores. Só que; Para meu espanto, ela estava toda enrolada em uma toalha de banho com o cabelo preso e tomei um susto, mas confesso foi a coisa mais linda que já havia visto em toda minha vida, fiquei pasmo e alucinado.

Ela então me perguntou quem havia mandado as flores e eu à disse que não sabia, mas que tinha um bilhete no pé das rosas e que ela poderia olhar. Ela então leu, deu um sorriso meio sarcástico e falou: Há! É do Jurandir, eu já lhe disse que não quero nada com ele, mas ele insiste em me chavecar, deixa quieto, mas obrigado mesmo assim.

Já estava me despedindo quando ela me chamou e pediu para esperar um pouco, adentrou novamente a sua casa, desfilando como a uma princesa bem delicada e saiu com uma gorjeta de cinco reais para me entregar, logo disse que não precisava, então ela me chamou de orgulhoso, porque não quis aceitar o dinheiro, dei um sorriso sem graça e agradeci novamente e disse-lhe que não era entregador, que era o proprietário da floricultura e que o entregador havia faltado, por isso eu estava ali entregando as flores e não podia aceitar a gorjeta. Então ela entendeu e guardou o dinheiro. Logo em seguida olhou para mim e achou graça, disse que já havia me visto na floricultura algumas vezes, mas só queria ter certeza de se tratar de mim mesmo. Fiquei meio encabulado e sorri, então dei os parabéns para ela, antecipado, e já me estava indo embora quando de repente! Do nada, ela se vira pra mim e diz: Eu sempre que passo em frente a sua floricultura olho la dentro pra ver se você está lá. - E continuou-, Você não acha muita coincidência estar aqui agora, em frente a minha casa, perto do meu aniversário me entregando essas flores? Será que não é o destino? Confesso que fiquei meio sem jeito, pensei que ela poderia estar achando que eu inventei toda a estória só para vê-la, mas disse a ela que estava lhe contando realmente a verdade, do jeitinho que havia acontecido, mas que se fosse o destino que tivesse me colocado diante de tanta beldade eu iria agradecer a ele pelo resto de minha vida. Então Cris gostou do que falei e resolveu me surpreender mais uma vez e me convidou para ir ao seu aniversário no dia seguinte. Eu fiquei sem saber o que dizer, estava meio nervoso, não sabia se falava sim ou não. Mas, como havia me encantado de mais com ela também, aceitei. Combinamos o horário e fui embora meio embasbacado e alegre da vida ao mesmo tempo.

No outro dia, como de combinado e exatamente no horário marcado, fui ao encontro de Cris em sua casa, onde seria a reunião de seus amigos para comemorarem seu aniversário de 28 anos. Logo que cheguei fui recebido por ela na porta, claro! Levando as mais lindas flores que eu mesmo às colhi no meu sítio. Rsrs. Ela me convidou para entrar e tratou logo de me apresentar alguns amigos seus. No começo fiquei meio cabreiro, procurando o rapaz que havia me pedido para entregar flores à ela, mas para minha surpresa e alegria, ela não o havia convidado, isso me deixou mais confiante e a vontade.

Então a festa durou a noite toda, como deveria de ser. Depois que os convidados foram-se indo, um a um, acabei ficando sozinho com Cris e nós ficamos conversando por mais algumas horas. Acabamos que nos entendemos muito bem e logo, mais uns meses à frente estávamos comemorando outra festa, só que desta vez, mais cheia de gente e para outro afim, o de comemorarem nosso casamento.

Assim vivemos felizes para sempre.

By Adauto......... Há! Como o amor é bonito quando acontece De repente; rsrsr

OBS! Desculpe-me a todos (de novo). Mas o vermezinho da escrita me viciou, não consigo parar de escrever.

almadepoeta
Enviado por almadepoeta em 15/11/2010
Reeditado em 04/01/2011
Código do texto: T2616270
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