Casa de Swing - Parte I

Ele já havia dito na hora do almoço que nosso encontro à noite não rolaria. Por quê? Trabalho. Já tinha separado uma roupa mais interessante para ir trabalhar. Desisti. Coloquei uma bermuda social preta, sapatos brancos altos e uma camisa branca com um cinto. Quando estava chegando no hospital recebi um SMS. "Vamos aprontar hoje?" Liguei, pedindo explicações e confirmado: nos encontraríamos à noite. Mais tarde vi que o meu celular notificava outra mensagem, que dizia "vai ter mais gente conosco". Liguei, de novo, pedindo esclarecimentos. Ele riu, dizendo que estava brincando e eu respirei mais aliviada.

Só que tudo deu errado. As coisas pareciam conspirar contra a minha vontade de vê-lo, contra a minha saudade, meu tesão. Treinamento corrido, muita gente, muita pergunta, UTI bombando, taxista lerdo, uma estação de metrô gigante.

Enfim, entrei no carro. Dei um beijo em sua boca e começamos a tentar ver o lugar que iríamos. De cara ele solta o que queria fazer naquela noite. Ri, fugi do assunto e fingi que aquela pergunta não era para mim. Não tinha gostado da ideia, tampouco da animação dele. Logo ele perguntou o que eu queria comer _quiches, palmito e shitake. No primeiro chopp já sentia minha boca formigar. No segundo, piorou. Saímos de lá e no carro ele veio com o mesmo papo: casa de swing. Eu, em pé a tarde toda em cima de um sapato alto nada confortável, queria tomar um banho, deitar, relaxar, dormir um pouco. Insistiu e começamos a conversar. A ideia, naquele momento, parecia mais interessante... Resolvido. Alameda dos Pamaris, 160.

Vazio, e em plena terça-feira isso parece óbvio. Fui ao banheiro e, na hora que estava lavando aos mãos, vi uma loira que parou na pia ao lado. Linda, linda, linda. Até acho que foi essa que ele paquerou mais tarde. Ela ficou olhando o "aparelho" de fio dental, tentando ver por onde tirava. Expliquei a alavanca que retirava o fio e ela agradeceu, sorrindo. Na hora pensei "hoje não saio daqui sem beijar uma mulher". Também lembrei da história de duas amigas, Jana e Pequena, no banheiro e o fato de ela ser loira me fez lembrar a Jana, loiríssima. Se fosse ela, eu poderia beijá-la aqui, no meio do banheiro? Sentá-la aqui?

Saí, procurando o meu gatxeeeenho, querendo mostrar a loira do banheiro pra ele poder jogar alguma cantada, passar a mão, tentar alguma coisa, mas ela saiu do outro lado, nos labirintos. Fomos dar uma volta e já sentia as mãos na minha bunda no meio daqueles corredores apertados. Espiamos através de algumas treliças e demos de cara com uma sala coletiva, com alguns casais ali. E aí? Sentamos, entramos em uma cabine, paramos para olhar?

Entramos em uma cabine e ele fechou a porta. Só pude ouvir uma mulher do outro lado reclamando que tínhamos entrado sozinhos. Depois alguém (ou a mesma mulher) perguntando se podia entrar. Dissemos que não, que por enquanto não podiam. Se a saudade e a vontade já estavam à flor da pele, só aumentou com todo aquele clima que é criado neste tipo de ambiente. Não conseguia ver quem, quantos estavam atrás da treliça, mas percebia que tinha gente olhando e comentando. Sentei e ele me segurou pelos cabelos, me fazendo chupar aquele pau, que cada vez mais ganhava volume. Eu queria dar logo pra ele, aproveitar enquanto tinha gente olhando, queria que todo mundo nos olhasse... nos livramos das roupas e eu observava aquele homem, com aquela boxer que eu adoro. Que tesão, que tesão, que tesão! Mal podia esperar para ter aquele pau dentro de mim, fodendo. E tive.

- continua...

Jaquee
Enviado por Jaquee em 15/11/2010
Código do texto: T2615928
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