A Princesa Mestiça - Capitulo 21
Darién se desviou da massa de força elétrica e ela estilhaçou a porta da câmara central do castelo.
- Onde esta ela? - Esbravejou Victor quando viu o aposento atrás de si vazio.
Uma força poderosa clareou a câmera e atingiu o chão perto dos pés de Victor.
O som do sino avisando a invasão soou e um som maior se ouviu.
Lá fora haviam derrubado o sino, Darién não conteve o riso.
“Milord”. – A voz de Noal ecoou em sua mente.
“Noal”? - Respondeu divertido.
“Diana esta a salva”. – Avisou.
“Ótimo agora vá para junto dela”.
Noal ficou muda e Darién não conseguiu mais sentir a sua energia. O que aquela endiabrada estava aprontando?
- O que foi isso? – Questionou Victor.
Passos foram ouvidos e um embate violento havia começado do outro lado da câmara central. Os anciões do conselho sacavam as suas espadas para se defenderem do grande número de mestiços e elementares que chegavam invadindo o castelo ecoando grito de guerra.
O castelo estava sendo tomado.
Damon apareceu no ar e pairou devagar até encontrar o chão:
- Victor que prazer em reencontrá-lo. – Cumprimentou furioso.
- Há quanto tempo seu traidor.
- Qual foi mesmo a última vez?
- Acho que foi quando você me roubou Leah.
- Eu e Leah só nos envolvemos mais tarde, mas você sempre soube não é?
- Matarei os dois hoje e minha vingança será completa.
Ouve gritos e guardas surgiram como um clarão, a sala de repente ficou cheia.
Noal apareceu atrás deles e sorriu.
- Precisando de ajuda cavalheiros?
- Assim você me insulta. - Disse Damon.
Noal não deu ouvidos.
- Bom você está encrencado Victor. – Avisou Noal sorridente. - Só aqui neste aposento há três pessoas querendo te matar e por motivos diferentes. E lá fora há mais um bando de nós.
- Leah. - Disse Damon sorrindo divertido.
- Vou acabar com você por Ralph. - Tornou Noal agora séria.
- Por Diana. - Rebateu Darién.
- Ana. – Disse uma voz.
A voz de Diana soou atrás de Victor.
E lá estava ela.
Altiva, imperiosa, parecendo uma felina quando ameaçada.
Por um breve segundo ela fitou Darién e lhe deu uns dos seus mais breves sorrisos.
Darién não sabia se estava surpreso ou zangado por ela esta ali.
Kurt apareceu ao seu lado, com as mãos enfaixadas, acompanhados segundos depois por Caio.
Diana estava com a face machucada e com os pulsos enfaixados, estava pálida e seus olhos brilhavam furiosos.
“Você esta bem”? – Indagou Darién invadindo a mente dela.
Sabia que ela odiava aquilo, mas não se importou.
Diana revirou os olhos.
- Tentamos segurá-la, mas não foi fácil. – Desculpou-se Kurt.
- Eles nunca conseguiriam. – Disse Diana.
Ela se aproximou de Victor.
Moveu as mãos e com um estrondo rápido, uma onda de força invisível invadiu o salão, as paredes da câmara foram abaixo, apenas restando pó em seu lugar. Os vampiros que lutavam ao lado pararam assustados enquanto Diana não tirava os olhos de Victor.
- Quero que todos prestem bem atenção a esse rosto aqui. - Diana sorriu altiva. - Ao soberano de vocês. – Disse quase cuspindo nas palavras.
Diana se aproximou mais de Victor e o encarou nos olhos:
- O homem que matou o rei de vocês de forma baixa e covarde.
Alguns anciões pareceram surpresos e disseram palavras indignadas.
- O homem que traiu o próprio rei, o homem que os persuadiu a executar a sua rainha.
- Você não é rainha, é uma mestiça. - Rebateu um ancião.
Um mestiço que Diana não conhecia desarmou rapidamente o ancião e o fez se curvar no chão sem qualquer defesa.
- Tem razão. – Disse Diana. - E por escolha própria eu renunciei a minha coroa para viver ao lado do homem que eu amo e ao lado do meu pai.
O salão ficou em silêncio.
Diana olhou para o rosto chocado de Darién diante a declaração pública.
“Que por via das dúvidas é você”. – Disse mentalmente a Darién. – “Eu o amo e sempre amarei, não importa o que aconteça, não posso lutar contra isso”.
Darién sorriu e assentiu.
Diana não tinha dúvidas de que ele também a amava. Apesar de tudo que ela o fez passar.
Em seguida olhou nos olhos de seu pai, que tinha uma postura digna e os olhos brilhantes.
Seu pai era belo e Diana lhe sorriu quando viu os cabelos de prata longos e traçados pelo ombro másculo, pela primeira vez gostou de ser diferente e ao seu lado sentia-se finalmente em casa.