CHOVEU NA HORTA DO VIZINHO!

CHOVEU NA HORTA DO VIZINHO, NA MINHA NÃO!

Era um dia de sábado nublado, poucas horas após o almoço. Morávamos numa região montanhosa formada por várias chácaras, planteada de flores e lírios, em uma rua pouco distante que dava caminho á cidade grande onde a maioria dos moradores da cidade, nos finais de semana, se desvencilhavam à percorrer todas as chácaras da região à busca das mais linda flores para alegrarem suas vidas.

Meu vizinho, solteiro como eu, que também já a multo sonhava em encontrar uma esposa, estava sentado em sua rede se espreguiçando e conversando comigo de uma distância razoável quase que gritando um para o outro. Comentávamos sobre uma festa que iria acontecer na cidade nesta mesma noite. Estávamos propondo uma aposta para ver quem iria arrumar uma namorada primeiro nessa festa, chegamos até a apostar que, se eu ou ele, quem arrumasse uma namorada primeiro pagaria a conta da próxima vez que fôssemos a um barzinho que costumávamos freqüentar na mesma cidade. Quando, de repente, começou cair uma chuva muito grossa que nos obrigou a adentrar á casa dele e até parássemos de conversar por alguns instantes de tão forte e barulhenta que foi o pé d'água.

Logo se cessou a chuva e continuamos à conversar.

- Então está combinado?

- Disse meu amigo.

E eu lhe retruquei meio que inconseqüente-mente.

- Sim desde já! Afirmei.

- Foi um mal súbito, não deveria ter falado aquilo tão rápido para ele, sem pestanejar primeiro.

Ele abruptamente respondeu:

- Certo! Está valendo então, desde já.

Já estava me dirigindo à porta com a intenção de ir embora para minha casa quando - de repente, novamente, entra uma linda jovem no jardim de meu vizinho e lhe dirige a palvra perguntando se ele poderia atendê-la, porque ela estava com medo dos respingos que ainda caíam da chuva e queria comprar algumas flores para levar á sua mãezinha que estava doente e encontrando-se internada.

Logo meu amigo se prontificou e foi atender a jovem com maior satisfação. Deu aquela olhada para mim e afirmou categóricamente; Está valendo em! Eu lhe respondi com um sorriso meio maroto e sarcástico ao mesmo tempo que sim. Não poderia voltar atrás, até meio que como se duvidasse de isso poder acontecer pela timidêz que sempre nos acompanhara.

Ele então pediu para a jovem entrar e começou a lhe chavecar algumas palavras respeitosas e convidativas, tipo: Vamos sentar! quer beber algo? Como posso te ajudar? - Então ela gostou do trato de meu amigo e logo lhe soltou um sorriso alegrete. Ele também ficou à sorrir e então saiu rumo ao jardim levando aquela bela jovem com o intuito de colher-lhe as mais lindas flores, e eu fiquei á torcer para que tudo desse " ERRADO ", não queria perder a aposta claro ( Rsrs).

Então me manquei e fiquei só de longe fitando os acontecimentos e vi que as coisas não andavam bem pro meu lado. Para o meu desespero, reparei que estava rolando uma química entre os dois. Vi que eles estavam se entendendo muito bem, e já a tocara algumas vezes no rostinho lindo dela, que seus sorrisos já não eram de pessoas que acabaram de se conhecer, mas sim, como que já se conhecesse a algum tempo.

Algumas horas se passaram e meu amigo, de tanto chavecar a jovem, já estava pegando em sua mão e não demorou muito para que eles se beijassem. Então supus logo que havia perdido minha aposta e aceitei de bom grado, afinal, ele era meu melhor amigo, tinha que torcer por ele.

Depois que a jovem foi embora, cheia de flores, feliz da vida e com um convite para ir a mesma festa que nós dois também iria-mos, meu vizinho veio até mim todo contente tirar sarro da minha cara, dizendo que havia chovido na horta dele. Então não pude fazer nada, tive que engolir minha língua comprida e prometi, a mim mesmo, nunca mais fazer uma aposta prévia antes de chegar a hora certa.

Pois é! Chovei na horta do meu vizinho. Na minha não!

Continua.... Aguardem. rsrsrs

By Adauto......... Quando tem que acontecer, acontece. Rsrsrs

almadepoeta
Enviado por almadepoeta em 08/11/2010
Reeditado em 16/12/2010
Código do texto: T2604300
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