A Busca do Árabe
O árabe se sentia muito confuso naquele momento. Al-Fahd tentava mais uma vez entender o que havia acontecido. Ele havia caminhado por tantos lugares, tantas regiões, que não sabia o que fazer naquele momento. Ele observava a todos à sua volta, todos aqueles cristãos, e percebia os demais guerreiros, via a confusão que se estabelecia na cabeça do jovem português, e, mais uma vez, tentava se recobrar do seu passado, apenas para forçá-lo seguir adiante...
“Há muito deixei a minha terra para trás. Vago pelos reinos há tanto tempo que pareço não lembrar mais de minha terra natal, nem de minha fé, nem das pessoas que amei, nem do que sonhei ou deixei de acreditar. Temo por minha família, do que aconteceu. E é por isso que eu continuo vagando. Saudoso daquilo que tanto amo, saudoso daqueles que não posso mais ver. E ainda sabedor de que a culpa é minha. Eu já lutei bastante nesta vida e criei muitos inimigos, diversos adversários, e paguei caro pelo meu orgulho e imprudência, ainda sinto falta da minha família...
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