Missão de Guerra - Parte 02

Missão de Guerra

- Parte 02 -

A Reunião

Em meio à floresta brasileira, 1569, colônia Portuguesa. Depardieu observava a documentação que acabara de ler e se mantinha apático. O Guarda de Elite do soberano francês prezava, antes de tudo, a vida, porém encarava tal situação inconcebível. Ele teria de matar pessoas que se julgavam monstros ou permitir que eles continuassem a matar indiscriminadamente, e levando a outros a cometer o mesmo ato. E essa decisão não provinha apenas da ordem recebida em sua missão, mas do seu próprio senso. Ele não poderia deixar que uma praga se espalhasse pelo mundo, tornando todos em animais.

Eurico o observava.

– Ainda possuo homens sob meu comando nessa terra – disse. – e tentei verificar a autenticidade desse documento.

– Seria reconfortante se esse documento não existisse. – complementou Depardieu com o seu português pobre.

– Se tudo isso for real, – continuou Eurico. – é uma ameaça que pode contaminar todas as nações. Esse é o real sentido para o que se quer dizer com uma “praga”.

– É um pesadelo...

– Mas bate com tudo que já enfrentamos até aqui.

– O que me impede que eu rasgue em pedacinhos esses documentos.

– Então, – era Avaantã, aproximando-se. – você acredita...

Depardieu baixou a face.

– Não quero acreditar, mas...

– Se isso for verdade, – continuou Avaantã. – sabe o que significa?

Depardieu permaneceu calado.

– A sua rainha condenou o meu povo e o resto desse mundo...

Eurico observou ao redor, fitou os seus poucos homens e a tribo de Avaantã.

– Ainda temos chance de vencer. – concluiu.

O líder selvagem o olhou mais sério.

– Vim apenas avisar que os seus companheiros de armas também partiram em patrulha, porém não retornaram.

– “Comapanheiros de armas”? – era Depardieu.

Eurico sorriu.

– Tenho alguns conhecidos meus aventureiros que vieram juntamente comigo nessa expedição.

– De quem você está falando? – insistiu.

– São três guerreiros de extrema habilidade, tão preparados quanto você ou Avaantã. Os conheci em outras missões e os convidei para que participassem dessa. Eles são Sir Gregory Wright e sua esposa, e Sir Ray Brian Stephen.

– Ingleses?

– Nem tudo é perfeito...

– Aqui?

– Pois é...

- E você não vê problema?

– Já disse que a mulher é uma chinesa?

– O quê?

– Eles são de confiança e espero que retornem logo...

***

Os Ingleses

A fazenda estava destruída. Todos os escravos haviam sido mortos, o senhor do engenho e sua família também. As mulheres foram violentadas, algumas crianças, infelizmente, também tiveram o mesmo destino. Havia sangue por toda a parte. Corpos com suas peles arrancadas e penduradas de cabeça para baixo, com moscas e insetos se alimentando da carne morta, ornamentavam o campo. O cheiro de sangue era insuportável e a cena era desoladora. O ataque fatal havia acontecido há dois dias, a força de resistência montada não suportou mais a investida. O cheiro atraía a atenção de animais selvagens.

Lentamente, de meio aos escombros, uma pequena moça, filha do senhor do engenho, começou a sair de um buraco coberto por folhas. Estava deveras tonta, tentou caminhar um pouco, porém necessitou apoiar-se em um pedaço de madeira próximo. Seus olhos inchados observaram a fazenda, estava destruída. Seu corpo estava machucado, sua pouca roupa estava completamente rasgada, em farrapos, com parte de sua nudez à mostra. Pensou procurar pela família, talvez tivessem tido a mesma “sorte” e ainda estivessem vivos. De alguma forma, ela havia sido deixada para trás, sem que tomassem a sua vida. Tentou caminhar novamente, cambaleando e se apoiando, passou por entre as colunas de fumaça, seguiu em direção à casa do pai.

Ela entendia que essa batalha fora perdida, apesar de todas as medidas tomadas. Aqueles monstros continuavam se expandido e eram cada vez mais numerosos. Desde que essa doença chegou ao continente, o “status” da colônia mudou completamente: estavam em guerra contra um inimigo que não podiam vencer. O simples fato dela saber que muitos dos corpos dos militares, e outros homens livres como feitores, capatazes, padres, comerciantes e artesãos, refugiados naquela fazenda, além dos próprios escravos, logo se tornariam novos inimigos, a fazia tremer por dentro, precisava queimá-los o quanto antes.

Foram meses de resistência; porém, tudo em vão. A ajuda que chegou não fora suficiente ou veio tarde demais. Ela imaginava que a colônia havia retornado aos tempos feudais, com muros altos envolta das propriedades, com caminhos bem desmatados para que os habitantes das vilas pudessem fugir para dentro das fazendas. Mas o número de inimigos crescia avassaladoramente, todos antigos aliados transformados pela maldita doença.

Ela entrou na casa, último lugar de refúgio. Era aqui que ela estava antes de ser agarrada e trazida para fora para ser violentada. A porta de madeira maciça estava arrombada. Viu diversos corpos, incluindo os de crianças. Esses monstros não tinham limites, eram feras! Ele se lembrou que havia sido ferida, mordida por aqueles monstros, e também sabia o que isso significava. A infecção se alastraria em, no máximo, uma semana. Teria febre e dores, então morreria, para retornar como os monstros que fizeram isso com ela. O mesmo aconteceria com os já mortos à sua frente.

Adentrou um pouco mais a casa, seguiu para onde estava escondida com a sua mãe e irmãs. Abriu a porta do aposentos, só havia a imagem de corpos dilacerados e manchas de sangue pelas paredes. Ela não conseguia mais chorar, seus olhos estavam por demais inchados. Seu pai, mãe, irmãs e irmãos estavam todos mortos. Só não entendia porque ela havia sobrado. Sentiu vontade de vomitar, mas não havia o que colocar para fora. Voltou-se para casa, observou mais alguns corpos, um se mexeu. Ela aproximou-se para que pudesse ver melhor, era um criança negra, um menino, totalmente coberto por sangue, ainda estava vivo. Ela se aproximou, sentiu pena, não importava se era um escravo, estavam todos na mesma situação.

– Calma! – disse ela se ajoelhando ao lado do corpo da criança. – Vai ficar tudo bem. – mentiu.

Abraçou o menino, olhou para a situação desoladora da casa, o ergueu e seguiu para o seu antigo aposento. Cobriu-se com algumas roupas, envolveu a criança com mais alguns panos e pôs-se a retirar-se da casa. O cheiro repugnante, no interior do aposento, era mais forte. Fitou o corredor de saída da casa, percebeu outras manchas de sangue que não havia visto antes, seguiu para a saída.

Do lado fora, ainda com a criança nos braços, parou de caminhar. Seus olhos fitaram algo que fez seu corpo gelar e a respiração diminuir. Alguns dos corpos dos homens mortos há dois dias começavam a se mexer, não havia mais tempo de queimá-los.

– Ah, meu Deus...

– Bom dia, moça. – disse uma voz de repente, falando em um português fluente. – Eu sou Phillipe, um dos tripulantes da nave francesa que veio dominar essa colônia, e vim ver como estão as minhas crianças. Qual não é a minha surpresa ao encontrar uma bela jovem ainda viva e sem sinais de transformação ou passagem. Hoje é o meu dia de sorte...

A mulher permaneceu imóvel, sem pronunciar um única palavra.

– Vejo que é muda...

Apontou para os novos monstros.

– Sabe o que estou percebendo? Que, quanto mais elevado a infecção por essa bênção que antes eu chamava de praga, mais rápida é a transformação da vítima, estando a vítima morta ou não. Mas você continua inutilmente sã, sem qualquer sinal de uma evolução.

– Por favor...

O monstro sorriu.

– Qual é o seu nome?

– R... Rosa de Lisboa...

– Que nome conveniente... – o monstro se aproximou.

Ela tentou se afastar.

– Como você consegue ainda estar bem? Sem sinal algum?

– Afaste-se! – disse ela, mais por instinto do que por coragem.

– Olhe para a criança em seu colo, já está morta, logo se tornará como uma do meu rebanho...

Rosa observou a criança, seus olhos estavam fechado, estava se transformando. Ela abaixou-se lentamente, colocando o corpo do menino no chão.

– O que você vai fazer? – perguntou ela.

– Eu? Pretendia apenas esperar que minhas crianças viessem à vida, mas, com a sua inesperada e inexplicável imunidade à doença, forçou-me a mudar de planos. Vamos ver se consigo me divertir contigo e transformá-la enquanto minhas crianças se levantam...

– Não! – gritou ela.

O monstro a agarrou pelo pescoço.

– Venha cá!

Foi quando a mulher nada mais disse, porém o seu olhar fixou em um ponto aparentemente ermo da fazenda, às costas de Phillipe.

– Para onde você está olhando? – disse enquanto se virava. – Mas o que...

Phillipe soltou a mulher enquanto fitava três guerreiros distintos, cercados à sua retaguarda de outros guerreiros selvagens.

– Se importa de sair de perto da moça? – disse o primeiro guerreiro em português, porém com sotaque inglês. Suas vestimentas só podiam pertencer a um nobre. Ele portava uma espada completamente diferente de qualquer outra lâmina produzida na Europa, muito parecida com a espada daquela mulher com o rosto oriental, das terras longínquoas. Seu nome era Sir Gregory Wright.

– A gente quer ter uma palavrinha contigo. – disse o outro guerreiro, também na língua portuguesa, porém com um sotaque irreconhecível. Ele envergava uma armadura que rememorava aos guerreiros samurais, apesar do rosto lembrar unicamente um homem inglês. Todos o conheciam pelo nome de Sir Ray Stephen.

– Nossa! – disse a mulher oriental para os dois guerreiros, Lien era o seu nome. – Vocês estão ficando cada vez melhores em suas poses.

– Espero que os filhos de vocês não puxem o humor da mãe... – disse Sir Ray.

– Espero...

Phillipe afastou-se da moça enquanto via os selvagens levando fogo aos corpos que começavam a se mexer. Gritos de monstros sendo queimados em seu nascituro começavam a ser escutados.

– Quem vocês pensam que são, seus tolos? – gritou o monstro. – Por que interrompem o nascimento de minhas crianças? Querem saber? Pouco me importa! Irei matá-los e torná-los parte do meu rebanho!

Phillipe os fitou com ódio, mostrando os dentes afiados e as garras no lugar das unhas.

– Vocês sabem o poder que eu tenho? – gritou. – Sabem? Eu sou um ser superior! Estou criando a minha família! Voltei da morte para isso! Eu vou destruir as suas...

Um punhal cravou-se no rosto do monstro.

– Aí, – disse Lien em português, desfazendo a pose de arremesso enquanto Sir Ray avançava para atacá-lo com a sua katana. – eu sei que você acha que a sua família está grande e tal, mas essa história de família já foi longe demais! Nós seguimos o seu rastro de destruição até aqui e eliminamos todos os corpos!

O monstro golpeou Sir Ray com força, antes que este pudesse desferir o seu ataque, ainda tentando tirar o punhal do rosto. O samurai foi jogado há alguns metros. Sir Gregory avançou em seguida com a sua espada chinesa.

– Nossa! – continuou Lien. – Quando o mundo parar de rodar dentro da cabeça de Sir Ray, ele vai ficar muito injuriado!

– Vocês mataram os meus filhos! Vocês irão pagar caro! – falou, já sem o punhal cravado.

– Você e seus filhos são apenas parte do nosso trabalho!. – disse Sir Gregory desferindo o seu primeiro ataque. – O filho bastardo da rainha será o próximo!

O monstro segurou a lâmina com as mãos.

– Bem que você poderia se render agora... – disse.

O monstro abriu um sorriso irônico.

– Isso não vai acontecer. – mostrou os dentes para mordê-lo e contaminá-lo. – Você é inglês, não é?

Mais um punhal cravou no pescoço do monstro, o irritando ainda mais.

– Opa! – disse Lien passando a espada na alltura do braço que segurava o seu esposo, quase o arrancando. – Carne humana não serve para esse tipo de fim!

Sir Gregory correu a espada na mão do monstro e golpeou novamente, na altura do tórax, porém nenhum dos três golpes pareceu surtir muito efeito. O soco seguinte de Phillipe arremessou Sir Gregory para longe.

– Você está me irritando, mulher!

– Mas eu sequer fiz muitas piadinhas infames ainda. – retrucou ela colocando a sua espada chinesa em riste e arremessando outro punhal e cravando na altura do peito. – Está pelo menos fazendo cócegas? Cheguei à conclusão que essa doença impedem que vocês sintam dor!

– Maldição! – gritou ele. – Quer mulher impertinente! Toda mulher é assim na China?

– Na verdade, minha criação é muito diferente!

A criatura avançou contra ela, tentando matá-la. Foi quando a espada de Sir Ray cortou as costas de Phillipe, quase o cortando no meio.

O monstro gritou pela primeira vez.

– Isso dói!

Sir Gregory veio logo em seguida, golpeando com a sua espada, no mesmo lugar.

– Vai se acostumando!

– Cala a boca!

Só foi possível ver o corpo de Sir Gregory sendo arremessado ao ar e cainda perto da casa onde Rosa ainda se encontrava. Foi impossível continuar acordado.

– Você não entendem mesmo, não é? – disse enquanto se defendia de mais um ataque de Sir Ray com a sua katana. – eu sou mais que um simples homems!

Desferiu um novo ataque, Sir Ray desviou-se.

– Eu tenho o poder de um deus! – segurou a katana com as mãos. – Um deus!

Segurou o pescoço de Sir Ray.

– E você é o quê? Um japonês? Um inglês? Um louco?

O monstro gritou em seguida, arremessando-o contra as madeiras de sustentação da casa, caiu perto de Sir Gregory. Olhou para Lien, esta armou-se

– Sabia que você é uma moça bem atraente? Gostei mesmo de sua aparência. Dá até vontade de esquecer os meus filhos com esses selvagens e levar você e a Rosa para o meio da floresta para que eu possa me divertir em paz.

– Pensei que apenas eu faria piadas de mau-gosto...

***

Uma Pequena Conversa

– Há muitos para derrotar? – era Depardieu.

– O fato é que estamos em uma guerra não declarada. – respondeu Eurico. – Quem vier pelo mar, será atacado ferozmente, enquanto parte dos tripulantes encontram-se em terra, espalhando a praga, dominando o território e angariando forças para investir contra o resto do mundo. – respirou pesadamente. – As fazendas e povoados próximos estão cientes da “guerra”, lutando contra a praga, recebendo a nossa ajuda.

– E o que vocês têm feito?

– Seguimos os difíceis rastros daqueles monstros que aqui se encontram, eliminando os corpos e tentando eliminar os focos da praga.

– Um dos navios já foi à pique.

– Temos que eliminar os tripulantes enviados à terra e investir contra o navio antes que ele parta.

– Nós – concluiu Depardieu. – não temos que enviar algum tipo de aviso para os países europeus.

– Já enviei pedido de ajuda...

– Como você fez isso?

– Tenho meios para manter-me seguro, meu caro. Desta forma, deixei avisado de que, se meu retorno não se ocasionasse dentro de 60 dias, irmãos de armas de minha confiança deveriam ser avisados.

– E quando você presumi que eles venham a estar nestas terras?

– Tarde demais...

– Ajuda desnecessária! – concluiu Avantã. – Vocês trouxeram este problema, mas já se mostraram incapazes de resolvê-los, Por fim, eu e meu povo resolveremos tudo.

– Ora, vamos, Avantã! – era Eurico.

– Não sei se vocês podem me ajudar.

– Você já disse isso antes.

– Os que restaram dos seus homens e os meus já estão pronto para partir novamente.

– Vamos esperar os outros.

– Espero que essa espera seja produtiva.

– Ela será, Avaantã.

***

O Fim da Luta

Europa, Porto de Lisboa, Portugal. Meses atrás.

– Acho que isso não vai dar certo, Eurico. – disse Sir Ray olhando para o oceano.

– Por quê? – insistia Dom Paulo Eurico.

– Como assim? Por que não acompanhá-lo numa viagem, juntamente com Sir Gregory e Lien, para um outro continente ainda mais distante da minha terra natal? Não é possível, tenho os meus próprios problemas para cuidar.

– Como o quê?

– O Japão, sempre em desavenças...

– Você nunca me pareceu levar muito jeito para ser um japonês, Ray.

– Fiz promessas para o meu sensei, tenho que cumprir.

– Venha conosco, será proveitoso para você.

– Já encarei perigos demais longe da minha terra, e...

– Seria uma honra se viesse comigo.

– Do que está falando?

– Pode parecer meio estranho, mas você faz-me lembrar que precisamos viver à altura de nosso potencial, e tudo mais. Além de guerreiro, transpira um caráter que vi fazer falta a muitos cristãos. Consegue me entender?

– Sim...

– Venha conosco nessa missão, tenho certeza que não irá se arrepender.

– Está bem, mas – continuou Ray agora olhando para os demais companheiros de Dom Eurico, além de Sir Gregory. Fitou um general espanhol e um aventureiro árabe. – olha que bando esquisito acompanha você em suas viagens.

– Não estou querendo muito de você nessa missão. Tanto o árabe quanto o espanhol virão apenas se perceberem algum problema ou se eu não retornar.

– Por que eu, assim de repente?

– Não foi de repente. Sempre está faltando algo ou alguém. Estou sendo tão franco quanto você poderia ser.

Ray coçou a cabeça.

– Tudo bem, vamos colocar dessa forma: sou um homem rico, governante de uma cidade. O que você quer e não tem?

– Está me comprando?

– Negociando...

Hoje. Terras selvagens. Colônia portuguesa. Brasil.

Sir Ray foi arremessando contra as madeiras de sustentação da casa, seu corpo bateu em um pilar rodopiando em seguida, caindo perto de Sir Gregory. Tentou colocar-se de pé, apoiando-se em um dos joelhos, observou a jovem moça ao qual vieram salvar. Esta correu para longe.

– Não tomo uma decisão que preste desde que saí do Japão, juro por...

– E então, mulher? – era Philipe. – Entrega o seu corpo por bem ou por mal?

Lien baixou as suas armas.

– E depois, Philipe?

– Cansou-me de chamar-me de “monstro“? Não me chame de nada além daquilo que eu sou para você: o seu senhor.

– Um poder de um “deus”. Retornou dos mortos. E o que isso trouxe a você?

– Bom, eu acabo de derrotar seus dois companheiros e não estou vendo sua espada em riste, sequer uma piadinha de mal-gosto.

– Você não me entendeu.

– Porque você é uma tola.

– Um poder de um deus e a única coisa que faz é crescer o seu rebanho para entregá-lo ao seu senhor.

– Não me provoque...

– Não estou.

– Então, o quê?

– Só estou esperando que, sinceramente, isso doa muito, seu animal!

Phillipe teve apenas um segundo ao olhar para trás e perceber a espada de Sir Ray rasgando as suas costas, lugar onde ele era vulnerável. O seu gritoi veio em seguida.

Lien preparou mais um dos seus punhais e levantou a sua espada. A katana de Sir Ray o cortou novamente.

– Desgraçado! – gritou ele enquanto girava para acertá-lo.

Mais um punhal cravou em suas costas, seguido de um forte golpe de Lien. O monstro cambaleou.

– Não...

Foi quando ele fitou Sir Gregory de pé.

– Sim... – disse o inglês.

O golpe seguinte fez com que o monstro caísse desacordado.

– Bom, – disse Lien. – fizemos quase tudo certinho.

Os demais selvagens já haviam feito a sua parte.

– Queimem o corpo antes que o monstro desperte. – ordenou Sir Gregory. – E retornemos para a aldeia.

Continua...

****************************************************

Quer conhecer mais e ler outros textos da Tríplice Book? Então acesse: http://triplicebook.blogspot.com/

Boa Leitura!

****************************************************

"Contos da Era Heróica" são contos anteriores à trilogia "Os Confins da Terra", clareando dessa forma um pouco mais o contexto da história e onde cada personagem se encaixa.

Neste caso, veremos um pouco mais das aventuras vividas pelo senhor Depardieu, Eurico, Avaantã, Lien, Sir Gregory e Sir Ray.

****************************************************

J M Silveira
Enviado por J M Silveira em 25/10/2010
Código do texto: T2577026