Um lugar além... ( Texto Corrigido )

- que ilusão, ou melhor, dizendo que decepção, como eu pude me enganar por tanto tempo, como eu pude um dia pensar que. . Como eu fui burro, Porque acreditei nisso a minha vida toda? Era obvio! Estava na minha cara, era só abrir os olhos pra realidade. Não posso crer que fui tão burro! Era meu maior sonho, era a minha maior vontade, o meu desejo mais forte.

Anos depois de mais velho, depois daquela adolescência rebelde, pensando que podia mudar o mundo e fazer do meu jeito, eu estava diante de uma ilusão, de algo que jamais pudera ser real, no fundo eu sabia, mas passei a vida intera acreditar que era possível. Eu não fui o único, muita gente acreditou e ainda acredita tantas coisas feitas pra um dia poder chegar lá, quanto tempo perdido com mentiras, quantos sorrisos inúteis e amores desperdiçados. Pedir coisas pra uma estrela onde estão com a cabeça? Pássaros azuis podiam porque eu não? Pássaros azuis existem realmente?

Quando percebi era tarde demais, já havia cometido todas as loucuras de uma vida moderna.

Eu estava feliz, mas não estava era estranho faltava uma coisa faltava aquele lugar...

Quando pensei que tudo aquilo era ciência, era ação e reação, fiquei estático, desiludido, havia perdido todas as esperanças. Estava perdido, sozinho, longe de tudo e de todos.

. Então o pequeno menininho, que já se achava um grande homem, deixou de acreditar em sonhos, em fantasias bobas, em coisas do tipo "filmes da Disney". Já estava crescido, ainda estava chorando por todo o tempo talvez perdido. Que maldição era essa que coisa o impedirá de chegar aquele lugar tão maravilhoso. Foi quando se lembrou que há muito tempo havia se esquecido de coisas como sua família e seus amigos, vivia o tempo todo naquele mundo que não existia, vivia no mundo da lua, colocava a culpa nos outros por decepcioná-lo, mas não enxergava o que realmente estava procurando.

O menino então decidiu encarar aquele mundo tão estranho e tão horrendo, cheio de ambição e confrontos, ele não sabia o que era competir, sobreviver para poder viver. Voltou a falar com os amigos a tanto esquecidos, voltou para casa de seus pais e a dormir no quarto com seus irmãos, tornou-se uma pessoa melhor com o tempo, procurou fazer o bem pra cada pessoa que a fez sofrer.

E então na véspera de seu aniversário a grande surpresa (que não era a festa), ninguém, ninguém mesmo estava lá, apenas ele, o bolo, as bexigas, o tic-tac do relógio, a música ao longe, e mais nada.

O garoto então se revoltou completamente, destruirá tudo o que podia ver na sua frente, o bolo estava para casa, assim como pessoas estão para o metro, por todos os lados, quando não conseguiu mais o garoto caiu ao chão, logo se pôs a chorar como uma criança, o relógio marcava a meia-noite, ele havia completado mais um ano.

O garoto pesou em suicídio já que havia perdido todas as esperanças ele voltou, corrigiu os erros, mas parecia que ninguém o havia perdoado, quando o garoto estava prestes a se esfaquear no coração um raio estoura no céu, com o susto ele solta a faca, já era tarde, tão tarde que já era cedo outra vez, o sol nascerá, sol e chuva. Ele se lembrou ação e reação é apenas ciência, escutou uma música tocando longe, mas não era em sua casa, era mais alta e mais longe, havia também vozes o chamando, ele seguiu até encontrar de novo o lugar de onde estava antes, o lugar de onde se cansou, e então lá estava ele entre os dois lugares que mais odiara na vida, mais a sensação que ele estava sentindo era diferente, o lugar parecia estar diferente, mais vivo. Ele então atravessou em rumo às vozes. Estava sorrindo, havia se encontrado, perto de tudo e de todos em um lugar além do arco-íris...

Dante Rivero
Enviado por Dante Rivero em 21/10/2010
Reeditado em 22/10/2010
Código do texto: T2570372
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