O pequeno garoto
Estava voltando do trabalho, passava por uma rua da qual nunca tinha ido, não sei explicar, mas naquele dia resolvir ir por outro caminho para minha casa.
O vento estava forte, batia com força em minhas costar e fazia com que meus pelinhos dos braços se arrepiansem de segundo em segundo. Rindo de mim mesmo por aquela sensação, pude observar um garoto, não conseguia observar sua face, apenas via seu corpo magro deitado no chão. Deitado no chão?, foi só ai que me dei conta e sai correndo em sua direção. Eu o virei para que eu pudesse olhar seu rosto, quando minhas mãos pousaram sobre seu pequeno e magro corpo ele tremeu, não sei até hoje o porque.Ele continuou imovel, como se estivesse forçando-se a não virar.
- Deixe-me ver-te pequeno menino. -disse com calma.
Então ele deixou-se virar, pude então, comtemplar aquela face angelical e aquela expressão de força. 'como um menino tão imponente pode expressar tal força?' -pensei.
- Como é teu nome?
- Gabriel. - respondeu com um tom cansado.
- Que fazes aqui?
- Não sei, tu me acordastes, não sei oque houve antes disto.
- Onde tu moras? quem são teus pais? qual teu sobrenome?
Ele continou calado, de olhos feichados...
- Responda-me pequeno menino.- insisti
- Não sei dizer-te.
- Como não sabes ?
- Apenas não sei.- respondeu, mas dessa vez, sem expressao alguma.
Estava confusa, e preocupada. Como um menino daqueles havia parado ali? naquela ventania toda...E onde estariam os pais daquela criança? - interrompendo o bla bla bla da minha cabeça, o menino disse:
- Tens sorte Clara. - fiquei estupefata, como ele sabia meu nome? eu não mencionara em momento algum.
- Sorte? Como sabes meu nome ?
- Sei de muita coisa. Tens sorte ! foi a única pessoa a me ajudar. Sabe, nesse momento vieram muitas pessoas aqui...umas me chutaram, outras tentaram me virar apenas por curiosidade...umas ficaram comentando e outras fingiram que não me viram.
Não sabia oque dizer, então deixei que ele terminasse.
- Estou contente que tenha cido tu a me ajudar...venho observando-te a muito tempo, e tu, somente tu, tem um bom coração perante milhões de pessoas. - então ele beijou-me na testa e levantou-se.
- Espere, - falei com pressa. - Quem es tu? e de onde viestes?
Ele riu e então, desapareceu naquela escuridão.