TRAIU A MÃE, REVELOU A PERSONAGEM DA ESPOSA
O sonho conta uma aventura que representa a predileção por atividades e correrias do dia-a-dia, deixando de lado os laços familiares com a mãe, isso para as raízes primárias do sonhador foi um ato de traição. Esse sonho, aqui narrado foi interpretado (tentativa), segundo os conceitos de Jung.
Esse sonho foi de uma pessoa que largou a família, perdendo o contato com sua mãe.
Estava gazeteando com uma bela moça. Sempre tive vontade de namorá-la quando solteiro. Havia em mim a consciência de ser casado, pai de família; homem com a vida arrumada, organizada e decidida. Em meio aquele agradável passeio comecei a olhar para a bela, com aquele olhar lascivo; imediatamente ela correspondeu com o seu jeito cativante e dócil, jeito de mulher querendo "amar"; abraçou-me de maneira leve e descontraída, típico da sua personalidade. Aqueles abraços eram prazerosos e provocadores naquele momento. Às vezes passava pela minha cabeça que estávamos passeando de motocicleta, ela no carona, com o seu corpo a provocar, insinuante... Ela começou a sussurrar nos meus ouvidos os seus encantos de fêmea. Aquilo era muito gostoso!
Havia em mim um sentimento de traição, o meu coração reclamava a honestidade do meu caráter. Estava traindo a pessoa que mais amo, com aquela aventura adolescente, vil e irresponsável.
Chegamos à casa da minha mãe, a paquera continuou mais intensa; agora com beijos escondidos e abraços ousados. Minha mãe começou a observar e notar o nosso envolvimento. Comecei a sentir vergonha da minha mãe. Ela começou a olhar e quis fazer observações corretivas, pois eu estava traindo minha esposa, que também ela amava. Mesmo constrangido continuei aquela aventura, vil e dolorido para a minha consciência.
Eu creio que Jung interpretaria esse (suposto) sonho da seguinte maneira:
O Sonhador foi dormir com o desejo enorme de telefonar para a sua mãe, mas envolveu-se com afazeres sem importância; dormiu com a consciência pesada, por esse desleixo a sua progenitora.
A pessoa que ele se envolveu, a bela jovem do sonho, foi às tarefas, sem valor emocional, mas que o fascinava, por isso perdeu seu tempo, não priorizando a relação com a mãe.
A consciência censurava o comportamento desleixado, com os laços maternais.
O sonhador sentia um traidor, traindo a pessoa que foi uma só carne com ele, e agora ele trocava o contato com a mãe por qualquer atividade empolgante que aparecesse.
O relacionamento filho e mãe ficaram cheirando adultério, por parte do filho. Adultério esse que o inconsciente tratou de cobrar e requerer reparos.