O Duelo (T894)
Estava ali diante de um jovem que ferira sua honra diante de sua mulher, era petulante dentro de sua juventude, talvez não conhecesse sua reputação, já tinha ferido e até matado por muito menos, não tinha ninguém que o vencesse em um duelo.
Escolheram as armas, e para sua surpresa o jovem escolhera a espada, pois os outros todos escolhiam a arma, talvez por saberem que ele era um exímio espadachim, ou simplesmente porque um tiro é muito mais rápido que uma espada, mas o jovem mostrava além de sua petulância uma coragem que ja teve em sua juventude.
Com a espada em riste sauda o rapaz, e também recebe a saudação, investe com muita fúria para cima do jovem, ao primeiro golpe o rapaz se esquiva com muita destreza mostrando que dominava a arte da espada, outra investida e numa rapidez nunca vista ele se esquiva novamente e desfere um golpe que atinge seu braço rasgando a manga de sua vestimenta e fazendo um pequeno corte, que começa a sangrar. Olha com muita raiva para o jovem, que agora olhava com um ar ainda mais arrogante, como se estivesse saboreando aquele golpe tão certeiro.
Investe contra o rapaz, golpe sobre golpe, tentava embaixo, encima, do lado, e a cada golpe o jovem se esquivava, e mais um golpe, agora no rosto, uma cicatriz que poderia ficar para o resto de sua vida, o ódio agora estava estampado em seus olhos, ele nunca tinha sido ferido em um duelo, mas o jovem era muito rápido, nunca havia visto nada igual.
Vai com toda sua fúria para cima dele quando tenta atingir o rapaz este se esquiva e de repente sente a lâmina fria entrando em sua barriga, que dor, algo estranho, cai ajoelhado diante dele, levanta a cabeça e vê nos olhos do rapaz a satisfação do que estava acontecendo, e antes de cair sem vida entende o que uma vez disseram a ele, que muitas vezes a violência não é a melhor maneira de resolvermos nossos problemas, pois um dia seremos vítimas dela também.
Alexandre Brussolo (08/08/2010)