Uma longa história...- X e XI (capítulo duplo)

Chapter X - A lenda esquecida

- A história finalmente acabou.

"Correto dessa vez...porém preciso contar mais uma....a paz voltou ao mundo, e assim como tudo que é passado, esta lenda tambem foi esquecida. Diziam as histórias que quatro raças foram criadas. Diriam os deuses "que criaturas equivocadas!". Na verdade foram cinco. Todos os deuses teriam se juntado e criado a "perfeição", e se cada raça representava um elemento, esta seria o quinto elemento...pois controlava algo a mais: os raios. Os deuses temeram que uma criatura esbelta e poderosa se revoltasse contra eles, assim eles foram isolados, e foram chamados de os Duraenai, que significa excluído. dizem tambem que um duraenai poderoso ajudou a selar um grande mal conhecido por Ragnaros. Outra historia é de que eles andam disfarçados entre os humanos, avaliando a sociedade deles. Também não se sabe ao certo sua aparência. Consideramos o fato de que a "perfeição" ganhou um pouco de cada elemento. Não se sabe ao certo o que são e para que vieram. Não sabemos o que exatamente eram, mas graças a eles a tempestade de caos que assolava o mundo se foi. Pobres humanos..não distinguem as coisas "certas" dos mitos, e se perdem facilmente. Outra coisa que deve ser ressaltada: diz a história que o poder especial deles era justamente poder ter todos os poderes, a capacidade de aprender uma ampla quantidade de magias. Talvez por isso eles tenham sido isolados. O poder pode trazer a paz e a destruição, a alegria e a solidão, muitas, ou não, pode não trazer nada. Tudo depende de como o portador do poder o usa. Por terem confiado nos gigantes e terem sido traídos por seu coração que outrora fora bondoso, os deuses perderam a confiança em toda e qualquer criatura. Esse foi o único motivo pelo qual os Duraenai ganharam um nome com tal significado. Poucos viram, poucos Duraenai revelaram sua identidade, porém eles não tentaram se revoltar, continuaram gentis, e há seculos nao se vê uma dessas injustiçadas criaturas. Essa é a historia dos esquecidos e injustiçados excluídos, os Duraenai."

- Pobres criaturas...entendo em parte a dor deles..

- É, deve ser horrível...- responde Lilith, agora fitando o aprendiz que mal tirava os olhos dela para olhar as ilustrações da maga.

- O que o ancião fez após contar a história?

- Sumiu sem que percebessemos, e a fogueira se apagou.

- Interessante...por que ainda não anoiteceu?

- Aqui não existem dias e noites definidas...apenas existe o tempo púrpura, onde tudo pode acontecer. "Nome estranho" é o que tu me dirias...bem, penso eu ser "púrpura" porque vermelho seria muito quente e azul muito frio. Talvez devido a tudo poder acontecer que tenhamos as "quatro estações" dentro do reino.

- Entendo. Sabe...achei estranho o final da história...

- E o que vais fazer em relação a isso?

- Modificar...estamos em evolução contínua.

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Chapter XI - O verdadeiro final é apenas o começo.

- Como vai ficar o final?

- Do mesmo jeito...no final acrescento algo como "E eis as criações dos deuses, por vezes modestas a ponto de se dizeram meros animais, por vezes pretenciosas a ponto de crerem ser os senhores do mundo, a todo momento inseridos no duelo do bem e do mal e no conceito metafísico da vida e da morte. Tão pequenos em sua esfera negra agora coloridas por relevos, tão grandes em seu espírito...em seus lugares na história, no espaço e no tempo, no meio da uma história que ainda não parou de nos supreender. Apareceram divergências nas lendas, mas os sábios concordariam em dizer que isto nao é o fim. Não chega nem a saber o princípio do fim. Mas é talvez , o fim do princípio. Os fins justificam os meios pelos quais a história se desenrolou até onde estamos? Se são os deuses, ou os gigantes, ou os humanos, ou elfs, ou orcs, dwarfs, titans,ou os duraenai o ou os possuidores dessa resposta....e se existe realmente uma resposa...temo eu que seja meramente uma esquecida, épica e arcaica informação confidencial. Sore wa dake."

- Realmente muito bom , coisa fofa. As últimas palavras não são de sua língua, pelo que percebi.

- São em japonês.O japão é algo...incrível, indescritível...e essa é uma expressão que diz algo como "então é isso"...então, é isso o que posso fazer.

- Podes fazer mais...estás em processo de constante aprendizado e evolução e a um nível relativamente elevado ..você é a perfeição em forma de aprendiz, e esta foi a melhor forma para um mero aprendiz encontrar ao acaso e lapidar o fim de algo que não se sabe ser apenas uma lenda ou a mais pura verdade. Bom trabalho, raposa.- Responde Lilith , enquanto envolve Raitun em seus braços da forma mais aconchegante possível.

As palavras de reconhecimento, o calor daquela mulher e um abraço aconchegante. Tudo parecia ter roubado as palavras voltadas a qualquer agradecimento. Resolveu ele apenas se entregar ao braços daquela sacerdotisa élfica de beleza indescritível, mergulhando naquele naquele profundo sentimento misto de paz, alegria e inquietação. Se sentimentos não podem ser descritos com precisão por palavras, diria ele que aquela sensação não seria descrita nem pelos sentimentos. Com a sensação sentida pelo surpreendente aprendiz Raitun e a benção da grande Sacerdotisa Lilith, a história cresce e continua...o ciclo recomeça, desta vez, será completamente diferente do anterior. A noite finalmente cai sobre o casal e a maga espiã, e o incansável trio se rende ao cansaço, caindo assim os três em um sono tranquilo e profundo...mal sabiam eles que a morte usa uma poderosa e lendária foice.

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A longa história acaba por aqui...precisamos dar um pouco de suspense à coisa, não é?

E ai o leitor pergunta: "Por que o suspense"? Por dois motivos principais. Isso faz parte de algo beeeeem grande...vou lutar pra transformar isso no meu primeiro livro. E por que esse livro não tá dividido em "capítulos" como essa história. Ela é meio que uma lenda "à parte" que explica um pouco da história daquele mundo paralelo onde meu personagem foi cair. Eu poderia jogar lá "E ela contou sobre a origem daquele mundo", mas resolvi escrever isso. Acho que esses são os motivos principais. O recanto fica pra os contos e poesias, espero conseguir publicar isso dentro de um conjunto como livro, e poder dizer a quem tá lendo: "Lembra daquela história estranha que eu tanto falava? Consegui publicar!"